Resumo: Emil era jovem quando se alistou, a idade mínima em Tidos era 16 anos, mas apenas para jovens que tinham boas notas. Tinham a possibilidade de terminar os estudos na academia militar, e essa foi a escolha de Emil. Seu irmão era um soldado aposentado de 25 anos, perdera a perna esquerda na guerra e recusou usar uma prótese mecânica e continuar servindo, agora mancava e trabalhava como secretário, bebendo aos fins de semana e batendo na mulher sempre que podia. Seu pai dizia que o homem era uma vergonha para a família, com tradição militar desde a formação do Estado Novo, como era chamado o governo atual de Tidos. Emil fora convocado para a guerra, assim que o caso do ataque terrorista acontecera. O Líder Ermet chamava pelos homens que poderiam defender seu país, defender sua honra e acabar com o verdadeiro inimigo em sua casa. A União Internacional concedeu a Tidos e países aliados a Intervir no estado de Biblos, como uma forma de acabar com as células terroristas operantes no país. Emil estava disposto a lutar. Estava no auge de seus 20 anos, noivo de uma linda garota jovem que faria qualquer homem se humilhar por sua atenção. Tinha as melhores notas na academia e era o melhor em combate. Alguns acreditavam que logo se tornaria um soldado de Elite, mas todos diziam que anos eram necessários para um homem se tornar apropriado para o teste. Emil estava pronto desde que se alistou.
Após dois anos em combate sua noiva cancelou o noivado, dizia que seus pais queriam se mudar para outro país, longe da guerra, e não queria abandoná-los, então chamou Emil para ir com ela, mas ele jamais abandonaria sua missão, seu país. Após o drama só lhe restou suas obrigações com o estado, o pai morrera de câncer, lhe dizendo até o fim que devia cumprir com sua palavra, apesar de Emil achar que já fazia isso. O irmão parara de responder após o terceiro ano em guerra. Emil só tinha a guerra agora. Já não era a primeira vez que se candidatava para o teste, até que o aceitaram. Voltou para Tidos para mesas de experimentos, onde lhe injetavam seringas com líquidos de diferentes cores, dizendo que assim se tornaria um soldado melhor. Testes foram feitos com seu sangue, testes físicos, exames. Até que sua força aumentou, sua velocidade, até mesmo seus sentidos. Era um soldado de Elite agora. Voltou para a guerra com um uniforme novo, diferente, mais parecia uma armadura de cavaleiro. Era da Compania Dourada de Tidos. Derrubava tanques sem quaisquer esforço, matava soldados, como se segurassem facas. Era uma verdadeira máquina de combate. Mas não era imortal. Em uma missão teve de escolher entre concluir o objetivo ou salvar seus companheiro. Como um verdadeiro tolo escolheu fazer os dois. Mas acabou falhando em ambos. Foi encurralado pelos inimigos, e uma explosão matou todos sob o comando de Emil. Acordou após meses, estava em Tidos novamente, com faixas por todo o corpo. Havia perdido parte de seu corpo, não apenas um braço, mas parte de seu tórax. Os médicos conseguiram mantê-lo vivo, tempo suficiente para o governo investir uma fortuna em próteses para o seu melhor soldado. Sua reabilitação foi difícil. Queria voltar para a guerra, mas mal conseguia controlar o braço mecânico. O olho que lhe restara ainda enxergava melhor que o olho mecânico. Após um ano conseguia andar, correr, se exercitar, até mesmo levantar um carro com muito esforço. Mas ainda não conseguia brandir um sabre como antes. Estava anoitecendo quando todos os noticiários notificaram o caos no parlamento. Quando os noticiários falavam sobre vazamentos de dados, quando os noticiários falavam sobre algo intitulado de Projeto K. Aquilo feriu a Emil mais que a própria bomba que destruíra parte de seu corpo.