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Quarto de despejo (Resumo (Narrativa fiel o cotidiano passado por Carolina…
Quarto de despejo
Resumo
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Os relatos foram escritos entre 15 de julho de 1955 e 1 de janeiro de 1960. As entradas no diário são marcadas com dia, mês e ano e narram aspectos da rotina de Carolina.
Muitas passagens sublinham, por exemplo, a dificuldade de ser mãe solteira de João José, José Carlos e Vera Eunice nesse contexto de extrema pobreza.
Carolina se desdobra trabalhando como catadora de papelão, metal, e como lavadeira. Apesar de todo o esforço, muitas vezes sente que não dá conta.
Carolina encontra na fé religiosa força, e também muitas vezes explicação para situações cotidianas.
Transmite a dura realidade de Carolina, o constante esforço contínuo para manter a família de pé sem passar maiores necessidades.
Os seus meninos, como ela costuma chamar, passam muito tempo sozinhos em casa e vira e mexe são alvo de críticas da vizinhança
Ao longo da escrita, Carolina sublinha que sabe a cor da fome - e ela seria amarela.
Além de trabalhar para conseguir comprar comida, a moradora da favela do Canindé também recebia doações e buscava restos de alimento nas feiras e até no lixo quando era preciso.
E é assim, tentando escapar da fome, da violência, da miséria e da pobreza, que se constrói o relato de Carolina.
É uma história de sofrimento e de resiliência, de como uma mulher lida com todas as dificuldades impostas pela vida e ainda consegue transformar em discurso a situação limite vivida.
Muitas vezes ao longo dos diários, Carolina transparece o desejo de sair dali
O estilo de escrita
Por vezes, foge ao português padrão e, por vezes, incorpora palavras rebuscadas que ela aprendeu com as suas leituras.
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Crítica social
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Oportunidade de se debater tópicos essenciais como o saneamento básico, a recolha de lixo, a água encanada, a fome, a miséria, em síntese, a vida em um espaço onde até então o poder público não havia chegado.
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Autora
Carolina Maria de Jesus
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Instruída até o segundo ano em uma escola primária de Sacramento, interior de Minas Gerais: "Tenho apenas dois anos de grupo escolar, mas procurei formar o meu carater"
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Quem encontrou a obra de Carolina Maria de Jesus foi o repórter Audálio Dantas, quando foi produzir uma reportagem no bairro do Canindé.