Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Sobrevivendo no inferno (Análises (Fórmula mágica da paz (Mano Brown faz…
Sobrevivendo no inferno
-
-
-
-
-
Através de sua radicalidade e seu senso de "missão", fez do rap um espaço discursivo em que os cidadãos periféricos puderam se apropriar de sua própria imagem. :man::skin-tone-5:
-
-
-
Narrativas carregadas com o senso de urgência daqueles que estão literalmente em meio a uma guerra :warning:
-
Multiplicidade de vozes e olhares que oferece uma percepção mais densa da realidade periférica :eyes:
-
É a imagem de uma sociedade genocida que se tornou humanamente inviável, e uma tentativa esteticamente radical de sobreviver a ela. :fist-2::skin-tone-5:
Análises
-
Gênesis (INTRO)
Resume que Deus dá as coisas boas, e o homem as transforma em más
"Deus fez o mar, as árvore, as criança, o amor / O homem me deu a favela, o crack, a trairagem
Capítulo 4, versículo 3
Começa apresentando dados de como os negros da periferia de São Paulo sofrem com a violência policial
Mano Brown se defende utilizando sua maior arma: “minha palavra vale um tiro/eu tenho muita munição”
Brown não cai na propaganda de ter status e fama ou de usar drogas, isso o levaria ao crime.
“tem mano que te aponta uma pistola e fala sério / explode a tua cara por um toca fita velho…. vai de bar em bar / esquina em esquina / pegar 50 conto / trocar por cocaína”.
“Se eu fosse aquele moleque de toca/que engatilha e enfia o cano dentro da sua boca [...] / Mas não... / Permaneço vivo, prossigo a mística / Vinte e sete ano contrariando a estatística.”
-
Rapaz comum
-
O rapaz comum da música “não é o último, nem muito menos o primeiro” a ser alvo da violência.
"Não quero admitir que sou mais um / Infelizmente é assim, aqui é comum / Um corpo a mas no necrotério, é sério / Um preto a mais no cemitério, é sério".
-
Diário de um detento
Conta a trajetória de um presidiário da Casa de Detenção do Carandiru nos três primeiros dias de outubro de 1992, quando ocorreu o massacre.
“Uma maioria se deixou envolver / Por uns cinco ou seis que não têm nada a perder / Dois ladrões considerados passaram a discutir / Mas não imaginavam o que estaria por vir”. Com a deixa dos próprios presos, o sim dito pelo telefone: “Avise o IML, chegou o grande dia”
-
“Mas quem vai acreditar no meu depoimento? / Dia 3 de outubro, diário de um detento”
-
-
Mágico de Oz
Conta o que acontece com os “meninos em situação de rua”, como dizem os estudiosos. Eles aprendem cedo a malandragem da rua, têm a droga como opção “para aquecer ou para esquecer” e vêem a polícia como inimiga
Difícil imaginar crianças como essas sem a maldade na mente, tendo como exemplos policiais corruptos e traficantes com o bolso cheio. “Dizem que quem quer segue o caminho certo, ele se espelha em quem tá mais perto”
-
Fórmula mágica da paz
Mano Brown faz uma reflexão de sua trajetória, desde a época de moleque, com “cabelo black e tênis All Star”, até chegar aos 27, como mais um sobrevivente.
“malandragem de verdade é viver”, pois “muito velório rolou de lá pra cá”
Encontrou a sua fórmula mágica da paz e, para isso, não precisou deixar a periferia, um campo minado onde os irmãos, todos pobres, vivem se matando
“Não me olhe assim, eu sou igual a você”
-
-
Samba vs Rap
Samba: Símbolo de coletividade nacional, confortável
Rap: construção de uma fraternidade na periferia, desconfortável
-