Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
11.8 AS PESQUISAS NACIONAIS EM ANTROPOLOGIA FORENSE A Estimativa da…
11.8 AS PESQUISAS NACIONAIS EM ANTROPOLOGIA FORENSE
A Estimativa da Estatura
Identificação em ossadas:
Investigação
não-dirigida
Não há suspeitos desaparecidos
Investigação
dirigida
Há suspeito
Nos dois tipos deve-se buscar dados biotipológicos q apresentem menos variáveis:
espécie- sexo- fenótipo/cor da pele- idade- estatura- peso.
Esses dados biotipológicos pode ser efetuados em diferentes tipos de ossos. Mais utilizados: pelve, crânio/mandíbula, ossos longos (fêmur, tíbia, úmero, rádio), 1° vértebra cervical (atlas); clavícula, esterno, costelas, calcâneo, metatarsianos...
A estimativa da estatura, tradicionalmente, baseia-se na medição de ossos longos (úmero, rádio, fêmur e tíbia) e na análise dos dados encontrados
Comparando-os com tabelas originadas de estudos específicos: Orfila, Etienne Rollet, Dupertuis-Hadden, Pearson...
Esses estudos específicos inexistem no Brasil.
Em face de sua miscigenação, não se pode usar na íntegra medições feitas o continente europeu, algumas com + 1 século em nossa população.
Estatura é fundamental para identificação, mas inexistem no Brasil padrões p/ estimativa da estatura a partir de medições em ossos secos.
Único trabalho nacional c/ cadáveres frescos, com partes moles e abordagem parcial é de FREIRE 2000.
O mais importante é adaptar as pesquisas para a realidade dos IMLs, onde não se tem interesse em medir a estatura de cadáveres frescos (o que é obrigatório, dentro dos protocolos de necropsia atuais)
Nessa linha resultou a mensuração dos ossos secos da bacia e dos membros inferiores, a partir desses dados, fazer um primeira tentativa nacional indireta da estatura dos indivíduos.
Galvão (2002) a estatura humana é um dado biotipológico difícil de der estimado, sobretudo no Brasil, pois não há parâmetro comparativos para a realização de pesquisas em ossos.
Galvão defende que nos documentos de identidade deveria esta registrado a estatura das pessoas, acima de 20 anos. Só encontramos aos 16 e 17 de jovens que se alistam no exército
ESTUDOS DOS SÉCULOS XIX e XX
Profissionais que estudaram e elaboraram tabelas e fórmulas a partir de ossos longos, EUROPEUS e AMERICANOS:
Orfila / Etienne Martin / Etienne Rollet / Manouvrier / Pearson / Telkkã / Dupertuis e Hadden e outros
AS MEDIÇÕES DIRETAS DO ESQUELETO:
Quando se dispõe do esqueleto inteiro (não é o mais frequente)-
Dwight e Stewart
preconizavam o método anatômico quando: esqueleto inteiro ou maior parte dos ossos
Procedimento:
Numa mesa crânio, 3mm entre o côndilos e atlas, acresciam-se 6mm relativos partes moles do vértice do crânio - cada vértebra desde o atlas até o sacro, em seguida pelve - articula o fêmur no acetábulo sem tocar a borda articular - tíbias 6mm entre o fêmures - astrágalo 3mm da tíbia, entre o calcâneo e o astrágalo 3mm - 12mm acrescido pelo partes moles do pé.
Fully e Pineau (1960) método indireto p/ avaliação da estatura representado pela medições do esqueleto:
altura do crânio (básio-bregma)
espessura de cada corpo vertebral
altura da 1° vértebra sacra
comprimento do fêmur em posição anatômica
comprimento da tíbia ( excetuando-se a espinha)
Altura do calcâneo
Altura do talo
Recomendação dos autores:
1,65 mm - acrescentar 115mm
Inferior 1,54mm acrescentar-se-iam 100mm
Intermediárias 105 mm
Esses acréscimos corresponderiam as partes moles entre o segmentos ( pele, panículo, cartilagens, discos intervertebrais, almofada plantar etc.)
Não há interesse em medir indiretamente a estatura de cadáveres frescos
, o que pode ser feito diretamente e é obrigatório, dentro dos protocolos de necropsia atuais (2008),
mas, e principalmente estimar a estatura através dos ossos isolados remetidos aos IMLs ou universidades
- que é o mais frequente -, de modo a se poder estabelecer faixa de altura possível do indivíduo quando vivo.
Borborema (2007) fez novos levantamentos, incluindo medições sobre os ossos longos dos membros inferiores - fêmures, tíbias e fíbulas - e o ossos da pelve-
A técnica das medições exige adaptações p/ cada um dos ossos analisados:
Para as Medições da Pelve:
O segmento da PELVE o importante é o
hiato
compreendido entre:
o ponto mais cefálico da faceta articular sacroilíaca, na faceta medial ou interna, do osso ilíaco, e
o ponto mais cranial ou superior da cavidade cotiloide (acetábulo) na face lateral do osso ilíaco.
Medição deve ser em mm c/ compasso de toque ou pontas rombas e um goniômetro - resultados serão aproveitados em cálculos trigonométricos.
Para as medições dos Ossos Longos
Utiliza-se tábua osteométrica de BROCA. 2 fatos restritivos, em especial, devem ser levados em consideração:
O evitamento da eminência intercondilar da tíbia, fazendo a medição, exclusivamente, a partir da superfície dos côndilos, e
A medição do comprimento total do fêmur e da fíbula, quando assentados sobre a tábua de Broca.
ALGUNS CÁLCULOS TRIGONOMÉTRICOS
Os pontos encontrados na PELVE-HIATO dispõem-se de modo a constituir um triângulo retângulo.
Composto o triângulo retângulo por cálculos elementares de trigonometria, um vez conhecida a hipotenusa ( que é medida, diretamente, como o compasso de pontas rombas) , e mensurado c o goniômetro o ângulo da hipotenusa com plano horizontal, é possível obter a medida do cateto oposto, que representa a ALTURA.
A PELVE: na composição da estatura esta sim oferece um segmento cuja mensuração, além de representar o caminho fisiológico da distribuição de forças na cintura pélvica, se torna obrigatória, de modo a se obter a estatura real do indivíduo.
Sem dúvida a maior inovação e contribuição científica importante de BORBOREMA (2007). Isso porque nada se encontra na literatura com relação à
medição da reta entre o ponto mais cranial da articulação da 1° vértebra sacra e o ponto mais elevado do interior do acetábulo
, denominado
H
.
Ao confrontar as
fórmulas para cálculo da estatura
com base no comprimento dos
ossos secos
obtidas por
BORBOREMA (2007)
com as de
FREIRE (2000)
Observa-se que, excetuando o cálculo da estatura a partir do
fêmur masculino
e da
tíbia feminina
, há uma ampla aderência entre ambos os procedimentos.
Chama-se a atenção, entretanto, para a facilidade de trabalhar com ossos secos, bem como para a possibilidade de repetir ou refazer as medições a qualquer época.
Concordando com FREIRE (2000) a
variável raça
não deve ser levada em conta no Brasil, devido a
intensa miscigenação racial
, o que não possibilita segurança de qualquer padrão racial.
Almeida Júnior e Costa Júnior (1978), defendem que os modelos matemáticos são mais confiáveis que as tabelas, no estabelecimento da estatura a partir do comprimento do ossos longos.
Esses procedimentos não substituirão os modelos utilizados, mas poderão contribuir p/ maior assertividade no estabelecimento da estatura.
ESTIMATIVA DA ESTATURA ATRAVÉS DE UMA FOTOGRAFIA
Quando se tem uma ossada que supõe ser de Y, após verificar
espécie-sexo-fenótipo cor da pele-
pode-se indagar a família se possuem foto do
corpo inteiro
do suspeito e da
roupa
com que ele aparece na foto.
Tendo a sorte de contar c/ esses dados será possível estabelecer a estatura bastante aproximada-
De forma indireta
Pelo método do "índice de redução fotográfica (IRF)"
Consiste em estipular um parâmetro ou referência na roupa, que pode ser distância entre botões, uma figura de estampa-
Mede-se
referência estipulada na foto e na roupa
e a
estatura do indivíduo na foto.
IRF=Valor de referência na foto
DIVIDIDO
Valor de referência na roupa
Acha-se IRF
Multiplicar o IRF pela estatura do indivíduo na foto X 100 = ESTATURA