no Brasil, as favelas forma o resultado da falta de planejamento de inclusão dos antigos escravos na sociedade. As favelas são resultado das desigualdades sociais e do grande número de pessoas que vivem em condições precárias de vida nas cidades. Elas surgem, então, da miséria e das baixas condições de vida da população que, não podendo comprar ou morar de aluguel nas demais regiões das cidades, acaba “invadindo” outros espaços e construindo casas improvisadas, muitas vezes nem concluídas. Algumas favelas são, assim, construídas em locais de riscos, como morros muito altos e encostas, que, durante as chuvas, podem sofrer com deslizamentos de terras e provocar mortes. destaca-se a favela da Rocinha, localizada no morro Dois Irmãos, no Rio de Janeiro. É a maior do país, com estimativas de mais de 70 mil habitantes. Esta favela é muito famosa, pois é um dos bairros mais conhecidos, chamando a atenção de turistas. Contudo, a única preocupação constante é o tráfico de drogas que acontece neste local.
De acordo com os cientistas sociais Renato Meirelles e Celso Athayde, "Podemos dizer que o crescimento urbano, nos países subdesenvolvidos ou emergentes, reproduz as desigualdades presentes na própria base do capitalismo, muitas vezes de maneira aguda. Tal fenômeno pode ser observado pela constituição de favelas nas periferias urbanas. Dentro dessa perspectiva, podemos pensar nas favelas como áreas de concentração de pessoas marginalizadas pela dinâmica da economia e da sociedade capitalistas. Isso porque a grande maioria dos habitantes das favelas brasileiras ainda apresenta baixo nível de renda e um pequeno grau de instrução formal, associados a condições precárias de moradia (inexistência de saneamento básico, inexistência ou pouca iluminação pública, falta de equipamentos de lazer). Entretanto, é importante notar, simultaneamente, o grande potencial econômico, social e cultural representado pelas populações que vivem atualmente nas favelas brasileiras. Segundo dados atuais, no Brasil há 11,7 milhões de habitantes morando em favelas (cerca de 6% da população brasileira), que movimentam, em termos econômicos, 63 bilhões de reais por ano.