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Escola de Frankfurt - Coggle Diagram
Escola de Frankfurt
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- Adorno e Horkheimer X Morin
Para Adorno e Horkheimer, os produtos da indústria cultural são marcados pela estandardização absoluta.
Segundo Morin, a cultura de massa é marcada por uma contradição dinâmica entre padronização e inovação. É preciso que haja algo de novo e de individualizado nas obras a fim de garantir seu vínculo com os anseios do público.
A visão de público, segundo Adorno e Horkheimer: a indústria cultural se dirige a uma massa que não tem autonomia e está subjugada à lógica de dominação da sociedade capitalista; a alienação e o conformismo caracterizam esse público.
Para Morin, o público da cultura de massa tem uma presença viva, direcionando os rumos dessa produção.
Ainda que seja uma presença limitada, que se manifesta através do consumo ou não dos produtos, há uma se manifesta através do consumo ou não dos produtos, há uma diferença muito grande no modo como o público de Morin é pensado quando comparado à reflexão de Adorno e Horkheimer.
Adorno, Horkheimer e Morin concordam que o papel
deles é pensar sobre a realidade e criticar o mundo.
Morin destaca a industrialização como uma característica fundante dessas manifestações culturais: seguem a lógica industrial, capitalista, de gerenciamento do lucro. Ainda que seja uma indústria, a cultura de massa é sim, uma cultura.
A resistência da classe intelectual em relação a cultura de massa: "os intelectuais atiram a cultura de massa nos infernos infraculturais"
A partir da vulgata marxista que se delineou uma crítica de “esquerda”, que considera a cultura de massa como barbitúrico (o novo ópio do povo) ou mistificação deliberada (o capitalismo desvia as massas de seus verdadeiros problemas)
Essa reação dos intelectuais é “também uma reação contra
o imperialismo do capital e o reino do lucro”
Morin propõe que a cultura seja vista a partir de sua imersão histórica e sociológica. Compreender a cultura do século XX supõe atentar para as novas manifestações que emergem a partir desse contexto.
Morin destaca dois métodos interdependentes para proceder à análise da cultura de massa: os métodos da totalidade e
da autocrítica.
O primeiro significa que é preciso “encarar um
fenômeno em suas interdependências”, ou seja, olhar para a cultura como um todo, atentando para as interconexões que o conformam.
O segundo salienta a necessidade de “encarar o próprio observador no sistema de relações”. Isso significa que o intelectual deve olhar a cultura de massa por dentro, atentando para as suas contradições internas, a fim de compreender a estrutura complexa que é a cultura de massa
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A cultura de massa deve se pautar por uma variedade de temas, abordados em diferentes meios e produtos, satisfazendo interesses diversos, a fim de atingir um público igualmente diversificado.
Para caracterizar esse público a quem a cultura de massa se dirige, Morin utiliza a expressão homem médio universal: esse sujeito “ao mesmo tempo ‘médio’ e ‘universal’.
Esse sujeito médio universal dialoga com a produção da cultura de massa, sendo que seus produtos são justamente o resultado desse diálogo entre produção e consumo.
Morin situa a esfera do consumo com o um
lugar de força - ainda que esta se manifeste apenas consumindo
ou deixando de consumir os produtos. Os bens da cultura de massa são construídos e propostos à sociedade, assim como seus temas, seus valores e seus modelos. A cultura de massa “não é imposta pelas instituições sociais; ela é proposta.
- Contradição padronização/inovação
Morin identifica uma característica fundamental em seu processo de produção: a contradição entre padronização e inovação, a seu ver, “a contradição dinâmica da cultura de massa”
Distingue os bens da indústria cultural de outras mercadorias da sociedade. Isso significa que, por um lado, essa cultura tende a ser padronizada; por outro, ela precisa de inovação.
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