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Habilidades de comunicação: abordagem centrada na pessoa - Coggle Diagram
Habilidades de comunicação: abordagem centrada na pessoa
Axiomas básicos da comunicação
Fruto da Escola de Palo Alto, onde pesquisadores estudaram pacientes esquizofrênicos
Toda comunicação tem um aspecto de conteúdo e um aspecto relacional.
A comunicação vai além do conteúdo, sendo as relações entre os interlocutores de suma importância para a completa compreensão do que está sendo transmitido. Ex: ironias, cinismo, piadas, amizades. etc
Na Atenção Básica há o exemplo do paciente que diz que vai aderir ao tratamento mas na verdade ele não vai
A natureza da relação depende de sequências de comunicação prévias estabelecidas pelos
comunicantes.
As diversas formas de comunicação são apreendidas ao longo das histórias de vida de cada sujeito, influenciando em
como cada um age em relação aos demais.
Brigas constantes, por exemplo, podem inviabilizar a comunicação no futuro
Os seres humanos se comunicam tanto digital como analogicamente.
O termo “comunicação digital” é utilizado para designar a forma comunicativa dos conteúdos explícitos a partir da
linguagem convencional pertencente à cultura vigente entre os comunicantes – podendo ser verbal ou gestual.
Já a “comunicação analógica” representa a modalidade relacional da comunicação, utilizando mais recursos não verbais e tipicamente imprecisos, tais como expressões faciais, posturas, sinais paralinguísticos (como entonação de voz), e assim por diante.
Todos os intercâmbios comunicativos são simétricos ou complementares, respectivamente, e
se baseiam na igualdade ou na diferença.
Respostas iguais ou diferentes
Não é possível não se comunicar
As diversas formas de agir, olhar, portar-se, falar, gesticular etc. sempre comunicam algo.
Elementos que influenciam a comunicação
Interferências
Emocionais
se apresentam quando: transtornos psiquiátricos ou emoções externas ou quando o entrevistador é disfuncional e demonstra desresponsabilização, desinteresse
Socioculturais
exacerbadas quando há muita diferença sociocultural entre o paciente e o profissional
Cognitivas
incapacidade do paciente de se expressar de maneira compreensível → fortes crenças sobre o papel do médico + convicções sobre cuidar ou curar. Ou certa mecanicidade por parte do médico
Ruídos
Elementos físicos externos aos participantes da comunicação
Sempre que vemos uma pessoa pela primeira vez criamos um estereotipo desse. Esse processo precisa ser superado para que possamos estabelecer uma boa comunicação
Além disso, é importante uma criação de uma imagem pessoal adequada para facilitar a comunicação. Destaque-se os elementos externos, como a postura, a EMPATIA, o jaleco, organização do consultório, etc
Qualidades do profissional que se comunica bem: reatividade e assertividade
As habilidades de comunicação são tecnologias leves de cuidado fundamentais para o cumprimento dos objetivos da entrevista clínica em saúde
• construir um bom relacionamento com o paciente;
• coletar os dados pertinentes;
• estabelecer concordância mútua e adequação do plano de tratamento à realidade do paciente.
Assim, determinadas ações transformam-se em estratégias importantes, tais como:
• cumprimentar a pessoa pelo nome;
• ouvir atentamente;
• detectar e responder às situações emocionais;
• coletar dados;
• não interromper o paciente;
• incentivar seu modelo explanatório;
• considerar fatores psicossociais;
• desenvolver uma compreensão compartilhada sobre a situação;
• concordar no plano de tratamento;
• fornecer informações;
• utilizar corretamente o encorajamento e a motivação;
• negociar um plano;
• criar laços;
• negociar mudanças de comportamento possíveis.
Comunicação não verbal
De acordo com o que se demonstra no plano dos gestos, das expressões faciais e dos movimentos corporais, um determinado conteúdo pode ganhar sentido inteiramente diferente em relação ao seu sentido manifesto.
Permite identificar o ideoleto → permite descobrir o grupo social → conjunto de signos que permite reconhecer sexo, idade, nível sociocultural → a partir dos das inflexões da voz (sentimentos), das modulações da voz e do timbre → pode transmitir estereótipos
Proxêmica → outra dimensão que representa o modo como utilizamos o espaço e as questões relacionadas à territorialidade → maneira como sentamos à mesa, grau de aproximação, contato corporal, aperto de mãos
Cinésica: conjunto de gestos corporais e expressões faciais → pode ser sincrônico (para as ações dos comunicantes) ou sintônico (em relação às suas emoções) → funções → regula a comunicação, delimitando o fluxo comunicativo; ilustra a comunicação, descrevendo e apoiando os conteúdos e adapta a comunicação, amortecendo atenção interior dos comunicantes
A entrevista clínica centrada na pessoa
Esse modelo ocorre quando o profissional promove uma relação de cooperação com o paciente
Os protagonistas encontram um terreno comum para abordar as preocupações do paciente, as decisões a serem tomadas e as suas ideias sobre o que ocorre e o que deve ser feito → levam-se em conta expectativas e experiências pessoais e culturais em relação à enfermidade, e também as de sua comunidade
Atitudes necessárias do profissional: permitir ao paciente a livre expressão de suas preocupações mais importantes; buscar que sejam verbalizadas perguntas concretas; favorecer e motivar que os pacientes expliquem suas crenças e expectativas sobre a sua enfermidade; facilitar a expressão emocional do paciente; proporcionar informações ao paciente e esclarecer dúvidas; envolver o paciente na construção do tratamento
Foge da forma tradicional da clínica médica (focada no diagnóstico e na conduta) → visa encontro menos diretivo → permite que o paciente tome parte na condução da entrevista → PRIORIZA A PESSOA E NÃO A DOENÇA
Componentes interativos de cada etapa
Intensificando relação profissional de saúde e usuário
Sendo realista
Incorporando promoção e prevenção à saúde
Elaborando projeto terapêutico comum e manejo dos problemas
Entendendo a pessoa como um todo (pessoa, contexto e ambiente)
Explorando a enfermidade e a experiência da pessoa em estar doente
Habilidades
< Dar ao paciente tempo para pensar;
< Exercitar a boa comunicação, sem uso abusivo do jargão técnico;
< Exercitar a habilidade da empatia;
< Lembrar-se de escutar;
< Oferecer suporte na medida certa;
< Reconhecer os modelos de entendimento do paciente;
< Acolher o paciente com calor humano, respeito e cordialidade;
< Exercitar a empatia, junto com a disciplina emocional de não ter de dar soluções a tudo;
< Potencializar a assertividade;