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Doenças do Estômago - Coggle Diagram
Doenças do Estômago
Doença ulcerosa péptica
É uma solução de continuidade na mucosa gastroduodenal, maior ou igual a 0,5 cm de diâmetro, que ultrapassa a muscular da mucosa.
:warning:
Fatores de risco:
Principais:
H. pylori e AINES
Tabagismo
Outros: Álcool, gastrinoma, isquemia...
Tipos:
Úlcera duodenal (UD):
Mais comum, principalmemnte na faixa dos 20 aos 50 anos.
Raramente maligna
Característica: Azia (2 a 3 hrs após a refeição e pela noite) aliviada com alimentos e antiácidos.
É a mais sangrante. Geralmente acomete parede posterior do bulbo e artéria gastroduodenal. Tratamento: expor o sangramento + duodenotomia + rafia com ponto em U.
Úlcera perfurada: Mais comum na parede anterior do bulbo. Tratamento cirurgico: Rafia +tto H. pylori + VT + piloroplastia
Úlcera gástrica (UG):
Mais frequente em idosos (>60 anos)
Geralmente assintomática, causando piores complicações
Característica: Azia desencadeada pelo alimento, náusea, vômito, perda de peso.
É menos sangrante. 10% são malignas. Tratamento: Ressecção em cunha. Antrectomia + VT + BI.
Úlcera perfurada: menos comum, geralmente na pequena curvatura. Tratamento:
Tipo I: gastrectomia distal + BI
Tipo II e III: + fechamento simples + tto H. pylori + VT + antrectomia
Manifestações Clínicas
40% são assintomáticos
Síndrome dispética: dor ou desconforto epigástrico, azia, náusea, plenitude pós prandial.
Complicações:
Hemorragia Digestiva Alta (HDA) - mais comum
Perfuração
Obstrução mecânica - mais rara
Diagnóstico
Diferencial: neoplasia, pancreatite, Sd. dispéptica e doença de via biliar
Padrão ouro:
EDA - Pesquisar H. pylori
Indicações: >45 anos e/ou sinais de alarme (anemia, emagrecimento, massa palpável, sinais de obstrução, história familia) e/ou casos refratários e recorrentes.
Biópsia: exclui malignidade e pesquisa H. pylori. Biopsiar a borda da lesão. No mínimo 7 amostras
Exame alternativo: SEED
Classificação
Tipo I:
é a mais comum. Encontrada na pequena curvatura do estômago. Hipo ou normocloridrica.
Tipo II:
na curvatura menor associada a UD. Hipercloridicia.
Tipo III:
canal pilórico - até 2cm do piloro. UD. Hipercloridrica.
Tipo IV:
parte proximal do estômago ou cárdia. Normo ou hipoclorídrica.
Tipo V:
secundária ao uso prolongado de AINES.
Tratamento
Clínico
:
IBP + ATB
Geralmente: omeprazol 20mg + Claritromicina 500mg + Amoxicilina 1g por 7 dias.
Cirúrgico
Indicações:
Complicações ou intratabilidade clínica (não cicatrização após 8-12 sem de tto ou recidiva).
Úlcera gástrica
Tipo I: Gastrectomia distal (hemigastrectomia) + reconstrução à Billroth I (gastroduodenoanastomose).
Tipo II: Vagotomia Troncular (VT) + antrectomia + reconstrução à Billroth II.
Tipo III: VT + antrectomia + reconstrução à Billroth I.
Tipo IV:
Se localizada a menos de 2cm da junção esofagogástrica: gastrectomia subtotal + reconstrução em Y de Roux.
Se está a 2-5cm da junção esofagogástrica: hemigastrectomia com extensão vertical + reconstrução em Y de Roux.
Úlcera duodenal
Padrão ouro:
Vagotomia troncular + anterectomia (reduz em 85% a secreção ácida).
Tipos de vagotomia: troncular, seletiva e superseletiva.
Vagotomia: interrompe o estimulo das cél. parietais pela acetilcolina.
Antrectomia: retirada do antro gástrico.
Hemorragia digestiva alta (HDA)
Sangramento do trato digestivo acima do ligamento de Treitz (junção duodenojejunal).
Geralmente cessam espontaneamente.
Mais comum em homens, >60 anos.
Mortalidade de até 50% em hemorragias varicosas
15% precisam de intervenção cirúrgica
Causas
Não varicosas:
Úlcera péptica (mais comum)
Laceração de Mallory-Weiss (alcoolismo + vômitos repetitivos)
Varicosas:
Varizes de esôfago
Quadro clínico
Hematêmese, melena, hematoquesia e sangue oculto nas fezes.
Anamnese completa para buscar a causa
Exame físico:
estado geral. Dor epigástrica. Hipertensão portal? instável hemodinamicamente?
Exames laboratóriais:
hemograma, função renal e hepática, eletrólitos, tipagem sanguínea, Tap, ttpa.
Gravidade
Grau I - taquicardia = perda volêmica de 15%
Grau II - hipotensão postural = perda volêmica de 20-25%
Grau III - hipotensão + lipotímia = perda volêmica de 30-40%
Grau IV - obnubilação/colapso cardiovascular = perda volêmica de >40%.
Tratamento
Clínico
1ª conduta: estabilização hemodinâmica
Sonda nasogástrica + jejum
Hidratação (35ml/kg/dia)
Omeprazol 80mg EV de 12/12hrs
Sonda vesical de demora para avaliar a resposta ao tto
Transfusão sanguínea:
Manter Ht: 25%, Hb = 7mg/dL
Plasma fresco a cada 4 concentrados de Hc e INR > 1,5
Plaquetas se <50.000, uremia, uso de AAS.
Varizes de esôfago
Reposição volêmica
Vasopressores (terlipressina)
ATB profilaxia (quinolona) + lactulona
Tto endoscópico: escleroterapia ou ligadura elástica
Tto por balão: Sengstaken-Blackemore (se falha no tto endoscópico)
TIPS (stent entre a veia porta e a cava)
Tto cirúrgico: shunt - ligadura das varizes
Diagnóstico
Padrão ouro:
EDA (após a estabilização do pcte, 12-24 hrs)
Outros exames: cintilografia, arteriografia.
CA de estômago
É um dos CA mais comum do mundo, sendo que sua incidência vem diminuindo.
Mais comum em homens e idosos >55 anos.
Adenocarcinoma gástrico
É o tipo mais comum
A localização mais acometida é o canal pilórico e antro, sendo que a incidência na cárdia vem aumentando.
Classificação de Lauren
Tipo intestinal: é o mais comum, tumor bem diferenciado. Se manifesta como lesões expansivas, polipóides e ulceradas.
Tipo difuso: tumor indiferenciado (cél. em anel de sinete). Tem pior prognóstico. Tem relação com tipo sanguineo A.
:warning: Fatores de risco:
Dieta, nível socioeconômico, tabagismo, H. pylori, anemia perniciosa, outros.
Classificação de Borrmann
Borrmann I: carcinoma popilóide, bem delimitado
Borrmann II: carcinoma ulcerado, bem delimitado e sem infiltração.
Borrmann III: carcinoma ulcerado e infiltrante com margens rasas e pouco definidas.
Borrmann IV: carcinoma infiltrativo difuso.
Borrmann V: carcinoma que não se encaixa nas outras classificações.
Quadro Clínico
Geralmente assintomático em fases iniciais. Emagrecimento, dor epigástrica constante sem alivio com ingesta alimentar.
Anorexia, disfagia, melena, saciedade precoce.
HDA, anemia, sintomas dispépticos.
Doença avançada:
Massa abdominal palpável, linfonodo de Virchow/ da irmã Mª Jose, Prateleira de Blumer, Tumor de Krukenberg, Irish, Hepatomegalia, ascite, icterícia.
Sd. paraneoplásica:
Sd. de Trouseau; Sinal de Leser-Trelat; Sd. nefrótica; poliartite nodosa; acantose nigricans.
Diagnóstico
EDA
- se >45 anos ou sinal de alarme; fazer no mínimo 7bx (em volta da cratera ulcerosa)
Outro exames: SEED ("garrafa de couro" - linite plástica)
Úlcera maligna
Contorno irregular
Vegetações
Parede rígida
Não cicatriza
Úlcera benigna:
Contorno regular
Pregas não infiltradas
Cicatriza em 1-2 meses
Estadiamento: TNM
TC de tórax, abdome e pelve
US Endoscópica
Tumor estromal gastrointestinal (GIST):
derivado de cel. de Kajal. Diagnóstico por Bx + imunoistoquímica. Tratamento: Ressecção com margens negativas sem linfadenectomia
Linfoma MALT:
baixo grau de linfocitos B de zona marginal (Linfona não-Hodgkin indolente). Doença limitada. Tratamento: Erradicar H. pylori
Tratamento
Endoscópico:
tumor não ulcerado; <2cm; tumores precoces (restritos a mucosa e submucosa, presença ou não de linfonodos regionais acometidos);
Adjuvante:
RTP/QTP após ressecção curativa, em N1,T4;
Paliativo:
QTP/ Dilatadores pnemáticos e stents/Bypass
Cirúrgico:
gastrectomia + linfadenectomia D2
Tumores proximais: gastrectomia total + reconstrução Y de Roux.
Tumores distais: gastrectomia subtotal com margem de 6 cm (não há diferença de sobrevida de entre a gastrectomia total ou subtotal)