Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Primavera
dos povos - Coggle Diagram
Primavera
dos povos
Uma série de revoltas que ocorreram na Europa no século XIX em função da disseminação das ideias liberais.
Esse conjunto de revoltas recebe esse nome devido à impressão de que o povo europeu “desabrochou” para uma primavera de ideias liberais quase simultaneamente
-
FRANÇA
Monarquia de Julho foi o reinado de Luís Felipe de Orleans (O Rei Burguês) que concorda com um governo liberal e um monarquia parlamentar
Luís Felipe governa para a alta burguesia, desagradando os demais setores da sociedade. Entre suas medidas estão: voto censitário, fim da censura e fim do catolicismo oficial.
A oposição cria a Política dos Banquetes, onde refeições eram oferecidas à população com o intuito de disseminar suas ideias políticas.
Quando esse tipo de evento tenta chegar à Paris e é proibido, causa revolta popular. São armadas barricadas contra o governo e a Guarda Nacional adere à revolta.
Para diminuir a indignação popular os autores do veto são demitidos, mas nada se resolve.
O rei, amedrontado, foge. Com a união de camponeses, operários e burguesia, é instaurada a 2ª República Francesa
Começam a ocorrer divergências entre burguesia e proletariado. Nas eleições, a burguesia ganha, e para manter sua autoridade, elimina o grupo socialista do poder.
Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão, é eleito presidente
Em 1851, dá um golpe, fecha o Parlamento e assume poderes ditatoriais. Em 1852, se torna Imperador pelo plebiscito com votos da burguesia e camponeses, se nomeando Napoleão III.
-
ÁUSTRIA
Monarquia enfraquecida por conta das ideias liberais disseminadas entre a burguesia e por reivindicações de reconhecimento de poloneses, tchecos, romenos, croatas, húngaros e italianos do norte
As manifestações revolucionárias austríacas ocorreram principalmente em Viena com protestos de rua e barricadas. Em 13 de Março de 1848, a Assembléia da Baixa Áustria marcha para o Palácio de Hofburg e obriga o Chanceler (Metternich) a fugir.
-
-
PRÚSSIA
Após as guerras napoleônicas, a Prússia se torna uma das cinco potências européias e cria uma União Aduaneira entre os estados que compunham o território atualmente conhecido como Alemanha
A economia prussiana se desenvolvia rapidamente, mas a política não seguia o mesmo ritmo, sendo ainda um regime sem Constituição.
O rei Frederico Guilherme IV continua governando sem uma Constituição, mas começa a ter problemas de administração financeira.
Em 1848, as safras foram ruins e os preços dos alimentos aumentaram, causando desconforto entre trabalhadores urbanos.
Em 3 de Março, operários unidos a intelectuais fizeram manifestações nas ruas de Colônia.
Em 18 de Março, foi exigido que Frederico Guilherme IV apoiasse os ideais liberais e fizesse uma Assembléia Nacional que fosse eleita por sufrágio universal.
Na mesma semana, manifestações e protestos foram diários reivindicando uma Constituição. Houveram conflitos entre soldados e manifestantes, e logo barricadas foram erguidas em uma luta de tropas reais contra burgueses e operários.
As revoltas foram exterminadas pelas tropas reais e o rei procurou fugir das responsabilidades pelos massacres. As tropas foram retiradas das cidades e o povo passou a ser controlado por uma milícia civil.
-
A burguesia tentou tomar controle da Revolução e unificar o estados alemães, o movimento expandiu-se por quase todos o território
Enquanto o Parlamento debatia em cima da nova Constituição, latifundiários e príncipes articulavam a contrarrevolução.
Em 18 de Maio, um Parlamento foi reunido em Frankfurt, que teve como resultado a extinção dos direitos feudais e o aumento das liberdades políticas.
Também houveram propostas defendendo a República ou a Monarquia (tendo defensores da participação da Áustria e aqueles que defendiam a exclusão da Áustria).
-
ITÁLIA
Nos estados italianos, a Revolução de 1848 teve um aspecto altamente nacionalista, e contou com três objetivos: unificação, independência e liberdade.
A Revolução surgiu nos estados conservadores. Em 1848 houveram revoltas provocadas pelos Sicilianos contra o poder exercido pelos Bourbon, e foi adotada a Constituição espanhola de 1812. Reivindicações semelhantes ocorreram no Reino de Nápoles.
Em 12 de Janeiro, foi instituído um governo temporário com Constituição que passou a ser seguida em toda a Itália, já que o Papa Pio IX opusera-se à intervenção de tropas austríacas que tinham objetivo de reprimir os nacionalistas.
No Reino Lombardo-Vêneto, a revolta ocorreu entre 18 e 23 de Março, que teve como desfecho a expulsão do governador militar austríaco, General Josef Radetzky. Ao mesmo tempo, em Veneza combatia-se a dominação austríaca, e em Milão era proclamada a República
Nas cidades de Florença, Roma e Turim, os governantes evitaram revoluções anunciando Constituições.
Em Mazzini, foi proclamada a República toscana, e em 1849 terras pertencentes à Igreja foram inclusas, tornando-se a República romana em 22 de Fevereiro. Mas a intervenção permitiu a volta do Papa ao poder.
Mesmo com todas essas vitórias, as divisões entre revolucionários e intervenções estrangeiras instituíram o sistema anterior. Revolucionários foram derrotados por forças da França e Áustria. O único reino que manteve uma Constituição liberal foi o Piemonte-Sardenha.
Depois de estabilizar políticas liberais em seu reino, Carlos Alberto (rei do Piemonte-Sardenha) se deixou envolver na guerra contra a Áustria sem apoio estrangeiro em Março de 1849, tentando expulsar os austríacos do reino Lombardo-Vêneto. Foi derrotado e forçado a passar seu trono para seu filho Vítor Emanuel II.
As Revoluções liberais italianas não obtiveram sucesso por conta das reações estrangeiras absolutistas (principalmente austríacas) e pelo avanço do radicalismo social de Mazzini.
Mesmo com o fracasso, todos esses movimentos liberais italianos possibilitaram, mais tarde, a unificação de seus estados.
Haviam três tendências unificadoras: neoguelfistas, que visavam confederação de estados, sendo Papa o líder; os monarquistas constitucionais, que defendiam um estado governado pela Casa de Saboia; e por fim, os republicanos, que acreditavam em uma República democrática.
Alguns líderes como Papa Pio IX e o Rei Piemonte-Sardenha, incentivaram reformas liberais em seus estados desde 1846, inclusive a liberdade de imprensa.
HUNGRIA
Também em 1848, as notícias dos movimentos liberais em Paris e Viena inspiraram os liberais húngaros a fazerem movimentos de independência.
Um desses movimentos pela independência, liderado por Lajos Kossuth conseguiu êxito em todos os territórios húngaros, além de 1849, instalar um governo republicano separatista com sede em Budapeste.
O forte nacionalismo e a rejeição dos húngaros em considerar a independência de suas próprias minorias causou o levantamento de forças da Croácia, Sérvia e Transilvânia.
Forças austríacas, que já haviam conseguido o fracasso das rebeliões na Itália, invadiram a Hungria e a Revolução foi sufocada em 1849. Posteriormente, os húngaros retomaram sua capital, mas houveram intervenções russas e favor da Áustria que derrotaram novamente os rebeldes.