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HANSENÍASE, Feita preferencialmente na borda da lesão de pele suspeita ou…

- - - - Forma inicial da doença
        
        Máculas hipocrômicas ou eritematosas, mal delimitadas, podendo apresentar discreta diminuição da sensibilidade, redução da sudorese e/ou do crescimento de pelos
        
        Geralmente afeta crianças abaixo de 10 anos
    - - Poucas pápulas ou placas bem delimitadas, de tamanho e forma variada, com bordas infiltradas nítidas, de coloração eritemato-acastanhada, e podem apresentar centro hipocrômico
  - - - lesões de diferentes aspectos
      - Hanseníase Dimorfa-Tuberculoide
        
        Hanseníase Dimorfa-dimorfa
        
        Hanseníase Dimorfa-Virchowiana
        
        Múltiplas lesões, de limites imprecisos, manifestando como máculas eritematosas, pápulas, placas e nódulos com pouca alteração da sensibilidade e distribuição tendendo à simetria.
        
        Disposição ovalada, com aspecto foveolar, apresentando bordas eritematosas de limites externos imprecisos e bordas internas bem delimitadas
        
        Aspectos semelhantes a forma tuberculoide
        
        Porém as lesões apresentam bordas menos nítidas e são mais numerosas e com alteração de sensibilidade
    - - Forma mais contagiosa da doença
        
        Sinais e sintomas discretos, assim a anamnese e o exame físico são de muita importância
        
        As lesões são difusas, simétricas, podendo manifestar-se por meio de lesões pardacentas, de limites imprecisos.
        
        A infiltração difusa da pele pode dificultar a visualização de lesões, que muitas vezes apresentam apenas discreta alteração da sensibilidade
        
        A invasão das mucosas manifesta-se pela obstrução nasal e, se não tratada, leva à perfuração e ao desabamento do septo nasal
        
        Formas avançadas: o indivíduo pode apresentar infiltração difusa da face, a fácies leonina, alopécia levando à perda de cílios e sobrancelhas
        
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- - - - Em virtude do alto estigma associado à doença, em 29 de março de 1995, pela Lei Federal n° 9.010, tornou-se obrigatório o uso da terminologia hanseníase em substituição ao termo lepra.
  - - - Está diretamente relacionado ao poder imunogênico do Mycobacterium leprae.
        
        Estima-se que 95% dos
        indivíduos expostos ao M. leprae são
        naturalmente resistentes à infecção.
        
        Nos 5% susceptíveis, a doença pode
        se manifestar de diferentes formas, a depender de fatores relacionados
        ao indivíduo, tais como sexo, idade esusceptibilidade genética, ou às coletividades – por exemplo, condições socioeconômicas e geográficas.
- - - - Lesão(ões) cutânea(s);
      - Espessamento de nervos periféricos;
      - Áreas cutâneas anestesiadas;
  - - - Sempre devem ser associados à clínica
    - - Material de biópsia da lesão cutânea ou fragmento de nervo corado por HE
        
        Hanseníase indeterminada: infiltrado inflamatório
        
        Não confirma diagnóstico
        
        Hanseníase tuberculóide: granuloma do tipo epitelióide/tuberculóide que agride pele e nervos
        
        Hanseníase virchowiana: infiltrado histiocitário xantomizado/macrofágico
        
        Inúmeros bacilos dispersos e organizados em grumos/globias.
        
        Hanseníase dimorfa: infiltrado linfo-histiocitário podendo ser inespecífico ou até com granulomas tuberculóides
        
        Baciloscopia positiva principalmente nos nervos dérmicos e nos músculos lisos dos pelos.
      - Baciloscopia de raspado intradérmico
        
        Pesquisa de BAAR no esfregaço da linfa coletada em áreas suspeitas
        
        Na ausência de lesões cutâneas, coletar em: lóbulos das orelhas, cotovelos ou joelhos.
        
        Hanseníase indeterminada ou tuberculóide (paucibacilar [PB]): negativa
        
        Hanseníase dimorfa ou vichowiana (multibacilar [MB]): normalmente positiva
        
        Se negativa, considerar quadro clínico p/ classificação e diagnóstico
        
        Se positiva, reavaliar p/ MB
- - - - Infecta, em especial, macrófagos e células de Schwann
        
        Requer temperaturas entre 27 e 30°C
        
        Clinicamente notável pelo predomínio de lesões nas áreas mais frias do corpo
      - Ultraestrutura comum ao gênero Mycobacterium
        
        Sua cápsula apresenta grupamento lipídico específico, o glicolipídio fenólico (PGL-1)
        
        Envolvido na interação do M. leprae com a laminina das células de Schwann
        
        Importante na transposição intracelular
      - Bacilo álcool-ácido resistente (BAAR)
      - Fracamente gram-positivo - se cora em vermelho pelo método Ziehl-Neelsen
        
        Visualizado na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou amostra de tecido
  - - - Contato direto e prolongado de indivíduo bacilífero com indivíduo suscetível.
    - - Infecta muitas pessoas, mas apenas poucas adoecem por tratar-se de bacilo pouco tóxico.
- - - - Precoce
        
        Exarcebação de lesões
  - - - Inflamação da hipoderme
        
        Vasculite
  - - - Lesões necróticas
        
        Proliferação de células endoteliais
- - - - Após a primeira dose da medicação não há mais risco de transmissão durante o tratamento e o paciente pode conviver em meio à sociedade
  - - - A PQT mata o bacilo tornando-o inviável, evita a evolução da doença, prevenindo as incapacidades e deformidades causadas por ela, levando à cura.
        
        O bacilo morto é incapaz de infectar outras pessoas, rompendo a cadeia epidemiológica da doença.
      - Conjunto dos medicamentos:
        
        rifampicina, dapsona e clofazimina, com administração associada
        
        em crianças as doses são ajustadas de acordo com a idade
        
        Esquema Paucibacilar (PB)
        
        Combinação medicamentosa da rifampicina e dapsona
        
        duração do tratamento: 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina
        
        Esquema Multibacilar (MB)
        
        combinação medicamentosa da rifampicina, dapsona e de clofazimina
        
        duração do tratamento: 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina
      - poliquimioterapia
    - - 6 doses mensais supervisionadas de rifampicina tomadas em até 9 meses para os casos Paucibacilares
      - 12 doses mensais supervisionadas de rifampicina tomadas em até 18 meses para os
        casos Multibacilares
      - por algum motivo, houver a interrupção da medicação ela poderá ser retomada em até 3 meses, com vistas a completar o tratamento no prazo de até 9 meses
    - - deverá ser repetido integralmente de acordo com a classificação Pauci ou Multibacilar