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LEGISLAÇÃO NO ENSINO DE INGLÊS NO BRASIL - Coggle Diagram

- - - - A justificativa social para a inclusão de Língua Estrangeira no ensino fundamental:
        A inclusão de uma língua estrangeira no currículo está relacionada com o uso efetivo pela população. No entanto, no Brasil, a comunicação oral é relativamente pequena, e por isso o uso de uma língua estrangeira está, no geral, mais vinculado com a leitura. Além do mais, as condições precárias das salas de aula da maioria das escolas brasileiras podem inviabilizar o ensino de todas as quatro habilidades comunicativas (ler, escrever, falar e escutar), contudo, isso não quer dizer que os objetivos não possam incluir essas outras habilidades, tudo depende das condições expostas. Sendo assim, o foco na leitura pode ser justificado pela função social das línguas estrangeiras no país e também pelos objetivos realizáveis, tendo em vista as condições existentes. Porém, a habilidade de leitura é requerida, por exemplo, em vestibulares e admissão de cursos de pós-graduação, além de que o hábito de leitura em língua estrangeira pode ajudar no desenvolvimento integral do letramento do aluno, sendo assim, a leitura atende, em partes, as necessidades da educação formal.
- - - - Língua Inglesa na BNCC
        
        A língua enquanto construção social
        Considerando esse status, o sujeito pode "interpretar", "reinventar" e identificar novas ideias em um processo dialógico e ideológico. (p. 237)
        
        O inglês ensinado nas escolas
        Com prioridade na função social e política do inglês, entendendo que hoje a língua se desvincula da noção de pertencimento de determinado território e passa a ser usada em contextos interculturais, o inglês ensinado nas escolas carrega o status de língua franca. (p. 237)
        
        Sobre o ensino:
        Ensino de caráter formativo, na qual a aprendizagem de inglês deve ocorrer em uma perspectiva de educação linguística, consciente e crítica, na qual as dimensões pedagógicas e políticas estão intrinsecamente ligadas. (p. 237)
        
        Eixos Organizadores
        
        Dimensão intercultural
        "Problematizar os diferentes papéis da própria língua inglesa no mundo, seus valores, seu alcance e seus efeitos nas relações entre diferentes pessoas e povos, tanto na sociedade contemporânea quanto em uma perspectiva histórica." (p. 241)
        
        6º Ano: países que têm a língua inglesa como língua materna e/ ou oficial.
        
        7º Ano: a língua inglesa como língua global na sociedade contemporânea.
        
        8º Ano: manifestações culturais: construção de repertório artístico-cultural.
        
        9º Ano: expansão da língua inglesa: contexto histórico/ papel no intercâmbio cientifico, econômico e político.
        
        Conhecimentos linguísticos
        "Práticas de uso, análise e reflexão sobre a língua, sempre de modo contextualizado, articulado e a serviço das práticas de oralidade, leitura e escrita." (p. 241)
        
        6º Ano: construção de repertório lexical/ pronúncia.
        
        7º Ano: construção de repertório lexical/ pronúncia/ polissemia.
        
        8º Ano: construção de repertório lexical/ formação de palavras: prefixos e sufixos.
        
        9º Ano: usos de linguagem em meio digital/ conectores (linking words).
        
        Oralidade
        "Práticas de linguagem em situação de uso oral da língua inglesa, com foco na compreensão (ou escuta) e na produção oral (ou fala)". Gêneros orais com práticas face a face ou não devem ser considerados. (p. 239)
        
        6º Ano: construção de laços afetivos e convívio social.
        
        7º Ano: convivência e colaboração em sala de aula.
        
        8º Ano: negociação de sentidos/ uso de recursos linguísticos e paralinguísticos no intercâmbio oral
        
        9º Ano: funções e usos da Língua Inglesa: persuasão
        
        Escrita
        O processo deve envolver movimentos coletivos e individuais, de planejamento, produção e revisão a fim de comunicar-se o que se deseja, nos quais recursos linguísticos-discursivos variados podem ser trabalhados. (p. 241)
        
        6º Ano: planejamento do texto: brainstorming/ organização de ideias.
        
        7º Ano: pré-escrita e escrita: organização de parágrafos ou tópicos.
        
        8º Ano: revisão de textos com a mediação do professor.
        
        9º Ano: construção de argumentação e de persuasão.
        
        Leitura
        Práticas de linguagem com foco na construção de significados, compreensão e interpretação dos gêneros escritos em língua inglesa. (p. 239)
        
        6º Ano: leitura rápida/ hipóteses sobre a finalidade de um texto.
        
        7º Ano: leitura rápida/ construção do sentido global do texto.
        
        8º Ano: construção de sentidos por meio de inferências e reconhecimento de implícitos.
        
        9º Ano: recursos de persuasão/ argumentação.
- - - - Orientações Didáticas
        É necessário saber se adaptar, por exemplo, às novas tecnologias, mas analisando-as de forma crítica a fim de evitar do aprendizado de língua pela língua, visto que os alunos devem ser formados para se posicionarem criticamente. Além disso, é preciso apoiar-se nas técnicas de pré-leitura, leitura e pós-leitura para qualquer produção textual.
      - Conceito
        "A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e não apenas constatar um certo nível do aluno. [...] A avaliação assim entendida oferece descrição e explicação; é um meio de se compreender o que se alcança e por quê." (p. 79)
      - Avaliar para quem
        "[...] Ela é necessária para o professor, para o aluno, para os pais e para a sociedade"(p.81). É preciso avaliar para que o professor acompanhe o processo de aprendizagem e todos seus aspectos; o aluno precisa de indicações de seus resultados de modo contínuo; os pais precisam ter informações sobre o desenvolvimento de seus filhos; a sociedade deve se interessar pelo desenvolver das salas de aulas, já que receberão futuros cidadãos formados nas escolas.
      - A Dimensão Afetiva
        "Na aprendizagem de outra língua há de se ter em conta vários fatores que podem dificultar a aprendizagem, dependendo de características individuais dos alunos: a frustração da não-comunicação, a reação emocional que pode decorrer da percepção de traços da outra língua que parecem artificiais e até ridículos, a incerteza na ativação de conhecimento adequado de mundo, a falta de um senso de orientação e de intuição para com o que é certo e o que é errado e a discrepância entre o estilo de aprendizagem do aluno e o que o professor enfatiza." (p. 81)
      - Coerência entre o foco de ensino e o da avaliação
        "Testes que tenham como objetivo apenas verificar o domínio do conhecimento sistêmico pelo aluno e as tradicionais questões de compreensão escrita, que só fazem o aluno procurar no texto a resposta usando estratégias de decodificação, não são formas adequadas de avaliação de compreensão escrita por não envolverem a colaboração do leitor na construção social do significado. Em resumo, um curso de leitura só deve avaliar o desempenho do aluno na construção de significados por meio de textos escritos." (p. 82)
      - A avaliação: um processo integrado e contínuo
        "O avaliador se empenha em regular as interações em sala de aula para corrigir rotas de percurso, utilizando um vasto repertório de técnicas sociais, com sensibilidade e percepção dos problemas, a fim de que se crie um clima emocional ótimo, conducente a uma aprendizagem também ótima. Isso significa que o professor deve aconselhar, coordenar, dirigir, liderar, encorajar, animar, estimular, partilhar, aceitar, escutar, respeitar e compreender o aluno." (p. 82)
      - Critérios de Avaliação
        O aluno deve ser capaz de compreender e produzir textos escritos em geral, conhecendo as características organizacionais dos textos e identificando informações específicas desse; demonstrar consciência crítica em relação a finalidade do texto, ao seu produtor e a quem é direcionado esse produto;
    - - O aluno se utiliza de textos na leitura, escrita, produção e compreensão da fala, reconhecendo e compreendendo a organização textual; pode-se tratar de estorietas, quadrinhos, anúncios, cartas, e os demais gêneros produzidos na língua alvo.
      - Nesses ciclos, o foco sistêmico deve ser menor, já que se tem maior enfoque na "compreensão geral e no envolvimento na negociação do significado;" (p. 74), atribuindo significado a aspectos morfológicos, sintáticos e fonológicos; reconhecendo graus de formalidade dentro da língua alvo; identificação da cadência prosódica em produções orais.