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INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO NA REFORMA CURRICULAR DO ENSINO…
INTERDISCIPLINARIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO NA REFORMA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO:
INTRODUÇÃO:
Neste texto tratamos sobre a reforma do ensino médio que, ao desenhar o currículo para esse nível de ensino;
Toma por base determinados conceitos, entendidos como princípios norteadores para a educação profissional em sua relação com o ensino médio.
Quando o discurso oficial se volta então para empreender a articulação do ensino médio (propedêutico) ao ensino técnico e profissional de nível médio.
A reforma expressa nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio e legislação complementar, define o mundo do trabalho como um aspecto a embasar o currículo.
CONSIDERAÇÃO FINAIS:
A formação básica para o trabalho em uma sociedade tecnológica, tal como prescrita na Resolução CEB/CNE 03/98, pouco contribuiu para entendimentos esclarecedores quanto aos princípios da interdisciplinaridade e contextualização e sua relação com a construção do saber sobre o trabalho em sua dimensão histórico-concreta.
É por essa dimensão que o homem apreende, compreende e transforma uma dada realidade ao mesmo tempo em que é transformado por ela.
O Parecer da ANPEd (1997) sobre o Plano Nacional de Educação, que esteve em vigor de 2001 a 2010, já advertia que a interdisciplinaridade e a contextualização não podem ser confundidas com polivalência naquela reforma do ensino médio.
Entendemos que, embora necessárias, as reformas em qualquer nível de ensino, não são capazes de produzir por si mesmas as soluções para os complexos problemas educacionais;
Os princípios norteadores da reforma do ensino médio, sacramentados pela legislação, constituem formas de regulação da educação, os quais quase sempre são gerados por instâncias de poder externas ao Brasil.
Portanto, por essa lógica entende-se a submissão da educação a princípios do mercado em detrimento das reais necessidades do trabalhador.
Argumenta-se nesse contexto, que há necessidade de formação de habilidades e competências mais complexas, supostamente garantidas por uma educação inter-relacione as disciplinas escolares.
É pela educação que se busca, socialmente, formar trabalhadores com as altas habilidades e a capacidade de inovação entendidas como essenciais para sustentar os modelos tecnológicos de produção vigentes.
Sobre a Educação Escolar: Detém um papel central pois "a própria prática pedagógica é entendida, assim, como uma tecnologia”
Articular-se aos processos de mudanças globais que afetam as sociedades capitalistas e, por esse caminho, formar trabalhadores com competências e habilidades para alinhar o país na trilha das mudanças tecnológicas mundiais;
A reforma do ensino médio no Brasil, tal como veio se configurando a partir dos anos 90 do século XX;
Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio - DCNEM:
A construção do currículo se dê de forma a prever estratégias que, entre outros objetivos, ajudem o estudante a "suportar a inquietação"
O quê, de fato, inquieta o jovem contemporâneo: o desemprego? os baixos salários? a violência? as constantes e diversificadas formas de corrupção?
A leitura daquelas orientações e determinações legais leva-nos a inferir que a organização curricular do ensino médio:
Deva ter como escopo conduzir os jovens a participação nos processos de transformação que ocorrem na contemporaneidade;
Momento em que eles mesmos se transformam tomando consciência do seu papel no mundo ao prepararem-se para se inserir no mercado de trabalho.
O conceito de trabalho na perspectiva interdisciplinar e contextualizada:
A flexibilidade na organização do trabalho; a exigência de formação de trabalhadores polivalentes, criativos, cooperativos e capazes de desenvolver toda sua potencialidade de aprendizagem e de trabalho;
A emergência da "política da incerteza, do inusitado, do imprevisível e da diferença"; a eleição do conhecimento como a mola propulsora deste atual momento de desenvolvimento do capitalismo.
O conceito de trabalho na perspectiva interdisciplinar e contextualizada:
Próximo a vertentes legitimadas por educadores críticos;
A interdisciplinaridade e a contextualização, tal como divulgadas oficialmente:
Oficialmente, demonstram afastar-se do âmbito da cultura mais ampla, restringindo-se a aspectos da formação de performances que serão validadas nos exames centralizados e nos processos de trabalho.
A reforma do Ensino Médio (parecer CNE/CEB n. 16/99):
Enfatizar a organização curricular flexível adota em seu discurso que a organização curricular é uma prerrogativa da escola;
Que por essa via atende a individualidade dos alunos, focada no desenvolvimento de competências profissionais (gerais e específicas).
Essa forma de organização curricular está profundamente relacionada, segundo o espírito da reforma, a uma maior responsabilidade da escola para que proceda a adequação da oferta de cursos às necessidades individuais, sociais e do mercado, como já destacado.
Assim, todo esse processo, que envolve flexibilidade, contextualização, desenvolvimento de competências, encontraria uma espécie de síntese numa organização curricular que se pretende interdisciplinar;
Buscando "formas integradoras de tratamento de estudos de diferentes campos, orientados para o desenvolvimento das competências objetivadas pelo curso."
Um curso único na medida em que o curso de educação profissional técnica de nível médio seia realizado de forma integrada com o ensino médio.
Um novo arranjo curricular, então, é peça fundamental para levar a termo a relação necessária entre conhecimentos e suas aplicações, preceituando a legislação que todos os componentes curriculares "devem receber tratamento integrado, nos termos do projeto pedagógico da instituição de ensino."
A reforma curricular do ensino médio:
Incorpora um discurso que segue a direção acima indicada ou seja, o discurso oficial expresso, entre outros documentos, nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM)
Comporta determinados princípios curriculares como intcrdisciplinaridacle, contextualização e currículo por competências, os quais alicerçam, sob o ponto de vista oficial, uma formação escolar que busca integrar a educação e o mundo do trabalho.
Amplia-se a necessidade do desenvolvimento de um conjunto de habilidades, comportamentos e atitudes que possibilitem a constituição de um corpo coletivo de trabalho organizado, harmônico, integrado e competente, capaz de recompor a unidade do processo produtivo rompida pela parcelarização.