GT2 - Gasometria da respiração

perfusão X ventilação e suas consequências

Fatores determinantes das trocas gasosas

A pressão parcial dos gases em seus diferentes compartimentos

A membrana respiratória

diferença da pressão parcial do gás

coeficiente de difusão do gás

Peso molecular do gás (inversamente a raiz quadrada)

Espessura da membrana (pq a distância é uma forma de resistência)

Área superficial da membrana

Temperatura (constante em mamíferos)

Perfusão adequada

Permeabilidade da barreira

Ventilação = Frequência respiratória x volume corrente

Depende da solubilidade do gás na membrana

A solubilidade do O2 em líquido é baixa, pra isso as moléc carreadoras do sangue!

O dióxido de carbono é 20 vezes mais solúvel em água do que o oxigênio, por isso a PCO2 é 20x menor

Por isso que uma PO2 alveolar baixa (devido a composição do ar ter pouco O2 {altitude} ou uma hipoventilação) diminuiria o consumo de oxigênio

Hipoventilação: devido a diminuição da complacência pulmonar ou aumento da resistência das vias aéreas ou depressão do SNC, que diminui a FR e a profundidade da respiração.

OBS.:

Qual o principal determinante?

A troca de gases nos pulmões é rápida, o fluxo sanguíneo pelos capilares pulmonares é lento e a difusão alcança o equilíbrio em menos de um segundo.

Na maioria dos casos, a distância de difusão, a área de superfície e a permeabilidade da barreira são constantes e maximizadas

Isso faz o gradiente de concentração entre os alvéolos e o sangue ser o principal fator que afeta a troca gasosa em pessoas saudáveis.

É a maneira que expressamos as {concentrações} de gases em uma solução, a fim de estabelecer a existência ou não de um gradiente de pressão entre os alvéolos e o sangue

Essa pressão é resultado da força de impacto de todas as moléculas de um gás específico somente, na superfície em que ele está em contato, em determinado momento.

Tem capacidade de difusão

Difusão é o movimento de uma molécula de uma região de maior concentração para uma de menor concentração. A difusão tenta manter a homeostasia

Lembre tbm que a difusão ocorre até o Equilíbrio

o Equilbrio é dinâmico: a quant que sai é a mesma entrando. Não significa que tem as mesmas concentrações

É uma membrana muito fininha, na qual ocorrem as trocas gasosas.
Ela é composta por 6 camadas:

3º Membrana basal epitelial

4º Espaço intersticial delgado: em alguns lugares pode se difundir com a membrana basal do epitélio alveolar

2º Epitélio alveolar (fino) local das céls alveolares tipo 1, 2 e céls em escova.

5º Membrana basal capilar

1º Líquido alveolar com surfactante (produzido por pneumócitos tipo2)

6º Endotélio capilar

Espaço morto anatômico: Volume das vias aéreas superiores e traqueia. Ar inalado que não vai sofrer trocas, por conta de limitações anatômicas do local.

Espaço morto alveolar: Volume de ar inalado que chega aos alvéolos, mas não sofre troca gasosa. Por exemplo, em caso de obstrução no vaso: que diminuiria a perfusão.

Espaço morto fisiológico: é a soma dos 2 componentes, ou seja, todo aquele ar que foi introduzido no corpo mas não participou das trocas gasosas, sendo inutilizável para a oxigenação do sangue: Va/Q > 1

Shunt pulmonar

(Derivação fisiológica do DESVIO DA DIREITA PARA A ESQUERDA) = causa hipóxia

O fluxo sanguíneo é ~= no tronco pulmonar e na aorta. Normalmente, parte do sangue venoso que sai dos brônquios, da pleura e de parte do coração desvia da circulação pulmonar e drena direto pro lado esquerdo do coração, sem sofrer hematose.

Daí, o sangue que chega ao coração esquerdo contém baixo O2.

É uma área perfundida, porém não ventilada

Shunt fisiológico = 0,8.
Dizemos então que Va/Q = ZERO

Zonas pulmonares

ÁPICE: Tem menor ventilação e menor perfusão. Mas a ventilação ainda é mais proeminente que a perfusão.

ZONA MÉDIA: A relação Va/Q é a mais próxima do ideal aqui! Pois quase todo o sangue consegue ser ventilado. Temos que Va/Q = 0,8 = 80%

BASE ou zona inferior: Aqui temos ventilação e perfusão maiores. Mas a perfusão sobrepuja a ventilação.

Fluxo sanguíneo ou perfusão = Q

Ventilação Alveolar = Va

Normal: Quando existe tanto ventilação alveolar normal quanto fluxo sanguíneo na capilaridade alveolar normal, a troca de O2 e CO2 através da membrana respiratória é quase ideal, e a Po2 alveolar fica normalmente no nível de 104 mmHg.

Zona 1: Muita ventilação, ausência de fluxo, ausência de perfusão

Zona 2: sístole = fluxo maior, ventilação menor, perfusão maior

diástole = fluxo menor, ventilação maior, perfusão menor (perfusão e ventilação acabam sendo equivalentes)

Zona 3: ventilação baixa (indica que os alvéolos estão pouco expandidos), fluxo sanguíneo alto, perfusão alta.

As ZONAS DE WEST são zonas de interação entre três pressões:

As 3 sofrem os efeitos da gravidade

PA = Pressão alveolar

Pa = Pressão da arteríola

Pv = Pressão da vênula

Anormalidade na base do pulmão: Na proporção Va/Q baixa. Temos ventilação menor que fluxo: Va/Q é 0,6 vez menor que o valor ideal

Anormalidade no ápice do pulmão: Temos uma Va/Q elevada. Diminuição do fluxo sanguíneo mas principalmente da ventilação pulmonar: Va/Q ~ 2,5

Proporção Va/Q infinito: Espaço morto, ou seja, quando existe ventilação adequada (Va), mas a perfusão é zero (Q) = não ocorre troca.

Imagem2

O corpo possui sensores para monitorar o O2, o CO2 e o pH séricos

Hipóxia = estado de muito pouco oxigênio nos tecidos (difusão ou transporte de O2 prejudicado). Pode ser devido a PO2 no sangue arterial que deixa os pulmões estar baixa.

Hipercapnia = concentração elevada de dióxido de carbono (geralmente acompanha a hipóxia)

Patologias que causam hipóxia:

Enfisema; doença pulmonar fibrótica, edema pulmonar, asma... SARA

E pq o ar alveolar não tem a mesma concentração gasosa do atmosférico?

Conceitos importantes:

Endemia

Pandemia

Surto

aumento acima do esperado do número de casos de determinado evento ou doença em uma região específica. É o surgimento repentino dessa doença com uma frequência mais alta que o normal

para doenças raras, basta um único caso

Epidemia

Ocorrência em uma região ou comunidade de um número de casos em excesso, em relação ao que seria esperado normalmente.

O número de casos necessários para definir a presença de uma epidemia, varia de acordo com o referencial de tamanho

ocorrência de um agravo dentro de um número esperado de casos para determinada região

não está relacionada a uma questão quantitativa, mas sim a uma incidência relativamente constante de uma doença

quando uma epidemia atinge vários países de diferentes continentes, se estendendo a níveis mundiais

Febre amarela