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Medidas de associação e de ocorrência na análise dos dados de um estudo -…
Medidas de associação e de ocorrência na análise dos dados de um estudo
O objetivo das medidas de associação é: Responder se existe uma associação (relação) entre uma exposição e um desfecho.
São medidas do tipo razão, ou seja, comparam 2 medidas de frequência. Desse jeito essas medidas conseguem medir a força da relação estatística entre uma variável e a frequência da doença.
Validade
Diz respeito ao grau de correção das conclusões alcançadas. Se um estudo é válido ou não!
Validade interna:
Avalia se os resultados de um estudo são CORRETOS para a amostra.
Questiona se as falhas internas tendem a invalidar, enfraquecer ou interferir na conclusão do estudo.
Fala da qualidade do próprio estudo, pois pode sofrer muitos vieses, como erros no delineamento de uma pesquisa, erros sistemáticos, viés de confundimento... e ainda temos a falácia ecológica.
Validade externa:
Avalia se os resultados do estudo de uma amostra são APLICÁVEIS para a população em geral da amostra estudada ou mesmo para outras populações.
Os resultados de um estudo que tenha sido feito em um grupo muito homogêneo não poderá imediatamente ser generalizado para populações com características muito distintas (econômicas, raciais, culturais etc.).
É garantida se os resultados obtidos em outra população forem similares, dando credibilidade à investigação.
Risco
"probabilidade de que pessoas que estão sem a doença, mas expostas a certos fatores, possam adquiri-la. Tbm inclui a chance de sofrer complicações ou risco de morrer."
A expressão básica de risco é a incidência cumulativa (IC), que é a proporção de casos novos de uma doença, que surgem numa população, durante um período de tempo
Fator de risco = é uma dada característica ou circunstância que acompanha um aumento da probabilidade de ocorrência do resultado desfavorável.
As medidas de prevalência e incidência servem como indicadores de risco.
Medidas de associação
Risco relativo (RR) ou Razão de incidências
Usado em estudo de Coorte: Mais caro, trabalhoso e prospectivo.
Avalia quantas vezes um risco é maior que o outro.
Avalia possível determinante da doença, uma vez que diz quantas vezes é mais provável os indivíduos expostos virem a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos.
RR >1 (o fator é de risco, pois o risco nos expostos foi maior, mostrando possível causalidade)
RR =1 (ausência de associação entre fator e efeito, pois o risco aos exposto é igual aos não expostos.)
RR <1 (fator de possível proteção = a exposição diminui o risco de surgir efeito, dizemos que a associação foi negativa)
“A melhor forma de buscar uma relação de causalidade (causa e efeito) solicita o uso do risco relativo.”
E quando não podemos calcular o RR?
Odds Ratio (OR): Tbm chamado de estimativa do Risco Relativo, Razão dos produtos cruzados, ou Razão de chances
É uma alternativa do coorte.
Mais usado em estudo de Caso-Controle: retrospectivo!
Estima a chance de ocorrência da doença
Quantas vezes é mais provável os indivíduos expostos vieram a desenvolver a doença em relação aos indivíduos não expostos
“Quanto mais rara for uma doença, mais o OR se aproxima do RR.”
OR =1 (ausência de associação entre fator e efeito)
OR < 1 (fator protetor)
OR >1 (associação com o fator de risco é verdadeira, já que no grupo dos casos a presença do fator foi mais proeminente)
Risco Atribuível ao Fator (RAF) ou Risco Atribuível (RA):
É uma medida que corresponde à diferença de riscos, ou Incidências Cumulativas (IC) entre os indivíduos expostos e os não expostos ao fator em estudo.
Responde a pergunta: “Qual é o risco (IC) adicional de desenvolver a doença dada à exposição ao fator em causa?”
Formula: RA = Incidência de expostos – incidência de não expostos.
Razão de Prevalência (RP):
No caso de estudos transversais.
A desvantagem é que tem uma menor potência analítica.
Principais medidas de ocorrência
Prevalência
É o número total de casos (novos e antigos, porém ativos, não considera curas nem mortes nem emigração) registrados no período determinado (dia, mês ou ano).
Atenção para a saída de casos. (o aumento da prevalência pode indicar algo bom, como pcts com HIV vivendo por mais tempo) (assim como a diminuição pode ser negativo, como muitas mortes)
É útil numa primeira aproximação, dando base!
O Coeficiente de prevalência é a razão entre o número de casos novos + antigos, em relação ao total de indivíduos expostos, na unidade de tempo, pois só o nº absoluto não nos daria uma relação, né.
Dá uma fotografia da população!
Por isso não possibilita fazer relações de causa efeito de um agravo, nos dando uma ideia de volume.
Usado para doenças crônicas
Fatores que diminuem: menor incidência, menor duração da doença, aumento da letalidade, emigração de casos.
Indidência
É o número de casos novos registrados em determinado período de tempo (dia, mês ou ano).
O Coeficiente de incidência é número de casos novos em relação ao total de indivíduos expostos, na unidade de tempo.
O denominador inclui apenas indivíduos em risco de adquirir a doença, ou seja, exclui as pessoas já acometidas ou que não tem como desenvolvê-la (por causa de idade, sexo ou remoção de órgão)
Se assemelha mais a um filme, nos dando uma ideia de intensidade de aparecimento.
Usado para doenças agudas e estudos de prognóstico
OBS.: o expoente “n" é frequentemente igual a 5 quando estudamos grandes populações, mas pode ser mudado.
Já o numerador inclui outros eventos além de adoecimento (ex: complicações, morte etc.).
Intervalo de confiança (IC)
Para confirmar se o fator será aceito e generalizado como de risco ou de proteção, necessitaremos de apoio da estatística, através do cálculo
Na hora de analisar os resultados do RR
Quanto menor o intervalo de confiança, mais confiável é o estudo!
Quanto maiores forem as amostras, mais estreitos serão os intervalos de confiança!
O que acontece é que mesmo a melhor medida para buscar uma causalidade (o Risco Relativo) não pode ser 100% confiado
Quando são comparadas as médias de duas populações, pode-se calcular o IC: 99%, 95% ou 90%
Se o IC for muito largo (ex: 90%), a probabilidade do resultado encontrado estar nele é muito grande, mas a relevância do achado é menor.
Um IC de 95% é definido incluindo 2 erros padrão para menos e 2 erros-padrão para mais
O gráfico Significa que a probabilidade da média da população estar dentro do intervalo de confiança é de 0,95.
Os resultados calculados a respeito só podem ser precisa ser testado por esse artifício de confiabilidade.
Importante:
“Os resultados dos estudos podem resultar em politicas de saúde como medidas de proteção coletiva (ex: vacinação), mas para tanto precisamos avaliar pelo sistema GRADE qual o nível de evidência (qualidade) e o grau de recomendação”