Com a revolução tecnológica surge uma forma de despertar do caráter blasé e da solidão individual. Graças a experiência nas redes sociais e a velocidade do eventos, há uma busca do indivíduo por cada vez mais estímulos e conteúdos pouco ou nada absorvíveis. Assim, como uma sociedade que nasceu com esse comportamento internalizado, ao nos depararmos em uma situação que não impõe esses estímulos, buscamos a "fuga", então essa atitude de reserva que surge para preservar a sanidade mental do indivíduo pode se acentuar, se tornando uma ferramenta de sobrevivência.
A necessidade de se fazer notar e a necessidade de se distinguir dentro do círculo social, descrita por Simmel como Extravagância encontra na tecnologia espaço para se tornar algo característico dessa nossa sociedade.
Com a tecnologia, a reserva da vida privada dos indivíduos na cidade grande se transforma em uma crescente necessidade de validação. Nessa sociedade da "hipervisibilidade" as vidas dos indivíduos estão expostas nas redes, facilitando a manipulação e tornando-os dependentes da tecnologia, causando também a perda da noção de vivência e espacial da cidade.
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