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Hanseniase - Coggle Diagram
Hanseniase
EPIDEMIOLOGIA
A maioria dos indivíduos de uma população é resistente ao M. leprae.
90% dos recém infectados curam se sem desenvolver doença clínica.
É mais incidente em adultos jovens (30 a 59 anos).
Entre as doenças infecciosas, a hanseníase é considerada uma das principais causas de incapacidades físicas, em razão do seu potencial de causar lesões neurais.
No Brasil, as áreas economicamente menos desenvolvidas são mais endêmicas, como Nordeste, Norte e Centro-oeste.
O Brasil ocupa o segundo lugar em número absoluto de casos, atrás apenas da Índia.
TRANSMISSÃO
Esses indivíduos podem eliminar bacilos através das vias áreas superiores transmitindo a pessoas suscetíveis, que também se infectam pelas vias aéreas superiores.
O período de incubação da doença é longo, geralmente descrito como um tempo que envolve de 2 a 7 anos.
A transmissão da hanseníase ocorre pelo contato direto e prolongado com indivíduos que apresentam formas contagiosas (dimorfa e virchowiana) da doença e não estejam em tratamento.
A maioria da população possua defesa natural (imunidade) contra o M. leprae. Portanto, a maior parte das pessoas que entrarem em contato com o bacilo não adoecerão.
A maneira como ela se manifesta varia de acordo com a genética de cada pessoa.
Após a primeira dose supervisionada, o indivíduo bacilífero deixa de ser transmissor da doença. Assim, não há necessidade de afastar o paciente de suas atividades profissionais e sociais.
ETIOLOGIA
É causada pelo Mycobacterium leprae, também denominado bacilo de Hansen, essa micobactéria tem afinidade por células da pele e dos nervos. Por isso, os principais sinais e sintomas dessa doença aparecem na forma de lesões cutâneas e de sintomas neurais periféricos.
Atinge, principalmente, pele e nervos periféricos, mas pode atingir praticamente todos os órgãos e sistemas em que haja macrófagos, excetuando- se o sistema nervoso central
O M.leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade, isto é infecta muitas pessoas no entanto só poucas adoecem.
INTRODUÇÃO
A doença tem um grande potencial incapacitante e o tratamento precoce e acompanhamento adequado diminuem esse risco. Se não for tratada precoce e adequadamente, pode evoluir para deformidades físicas graves, por causa do comprometimento de nervos periféricos, gerando auto-segregação do paciente de seu ambiente familiar, social e profissional.
É uma doença crônica, infectocontagiosa. É causada pelo Mycobacterium leprae.
CLASSIFICAÇÃO
Hanseníase multibacilar
Com muitos bacilo nos exames
Hanseníase borderline ou dimorfa
Evidencia muitas manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, com bordas elevadas e mal delimitadas na periferia, ou múltiplas lesões bem delimitadas, mas com a borda externa pouco definida.
O paciente pode apresentar perda total ou parcial da sensibilidade comprometendo as funções autonômicas.
Comprometimento de dois ou mais nervos, e ocorrência de quadros reacionais com maior frequência.
Ocorre após um longo período de incubação (aproximadamente 10 anos) por conta da lenta multiplicação do bacilo (14 dias).
É a forma mais comum de apresentação da doença.
Hanseníase virchowiana
Conforme a evolução da doença. é comum surgirem pápulas e nódulos endurecidos, escuros e assintomáticos (hanseomas), bem como a perda dos pelos faciais, exceto do couro cabeludo.
O rosto costuma ser liso, a pele e os olhos ficam ressecada, pés e mãos edemaciados e arroxeados.
Não possui manchas visíveis, a pele se apresenta avermelhada, seca, infiltrada, com poros dilatados (casca de laranja), poupando as áreas quentes.
O suor está diminuído ou ausente de forma generalizada, exceto nas áreas não atingidas pela doença, como couro cabeludo e axilas.
É a forma mais contagiosa da doença.
Dor nas articulações também são frequentes e os exames reumatológicos costumam dar positivo.
Em idosos do sexo masculino é comum casos de azospermia, ginecomastia e impotência.
Os ramos superficiais dos nervos periféricos são simetricamente espessados, por isso é de fundamental importância uma avaliação completa.
Hanseníase paucibacilar
Com poucos ou nenhum bacilo nos exames
Hanseníase indeterminada
Estágio inicial da doença, podendo ser perceptível ou não.
A lesão de pele geralmente é única, branca lisa, mal delimitada, a qual não coça, não dói, não arde e há uma diminuição da sensibilidade.
Não há comprometimento de troncos nervosos nem grau de incapacidade.
Evolui espontaneamente para a cura em 75% dos casos, e a grande maioria dos exames laboratoriais negativam a doença nessa fase (sendo, portanto, importante o diagnóstico clínico).
É comum em crianças.
Hanseníase tuberculoide
Pode ocorrer a lesão em “raquete de tênis”, característica da hanseníase tuberculóide, que consiste em um ramo nervoso espessado, emergindo de uma placa tuberculóide, resultando em perda total da sensibilidade de sua área de inervação.
Forma na qual o sistema imune é capaz de atuar combatendo a doença
Exames subsidiários raramente são necessários para diagnostico, pois sempre há perda total de sensibilidade, associada ou não à alteração de função motora, porem de forma localizada.
Caracteriza-se, em geral, por lesões únicas, ou em pequeno numero, com bordas elevadas e bem delimitadas, sendo o comprometimento neural intenso e localizado.
FISIOPATOLOGIA
A hanseníase tem como principal via de inoculação a mucosa das vias aéreas superiores. Em alguns casos, soluções de continuidade na pele podem ser via de ingresso do bacilo. Após a sua entrada no organismo do hospedeiro, o bacilo de Hansen ocupa dois sítios principais; a pele e as células de Scwann, com tropismo especial pela segunda. Essa célula não tem capacidade fagocítica natural, assim, o M. leprae consegue multiplicar-se de forma contínua e permanece protegido dos mecanismos de defesa do indivíduo. A permanência do bacilo nas células de Schwann pode trazer comprometimento da função neural. A defesa contra o bacilo é efetuada pela imunidade celular, entretanto, sua exacerbação pode se tornar lesiva ao organismo do hospedeiro. Como consequência da ação das citocinas e mediadores da oxidação, podem ocorrer paralisia periférica e lesões cutâneas e neurais.
QUADRO CLÍNICO
A hanseníase tem sua manifestação clínica, principalmente, em forma de lesões dermatológicas ou neurológicas.
Lesões dermatológicas
A hanseníase manifesta-se através de lesões de pele que se apresentam com
diminuição ou ausência de sensibilidade.
Manchas pigmentares ou discrômicas com alterações de sensibilidade ao tato, térmica ou a dor.
Placa -> é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de placas.
Infiltração -> aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, às vezes, de eritema discreto. Pela vitropressão, surge fundo de cor café com leite. Resulta da presença na derme de infiltrado celular, às vezes com edema e vasodilatação.
Nódulo -> lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável que visível
Tubérculo -> designação em desuso, significava pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz.
Essas lesões podem estar localizadas em qualquer região do corpo e podem, também, acometer a mucosa nasal e a cavidade oral. Ocorrem, porém, com maior freqüência, na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas.
A sensibilidade nas lesões pode estar diminuída (hipoestesia) ou ausente (anestesia), podendo também haver aumento da sensibilidade (hiperestesia).
Formigamentos, choques e câimbras nos braços e pernas
Lesões neurológicas
Essas lesões são decorrentes de processos inflamatórios dos nervos periféricos (neurites) e podem ser causados tanto pela ação do bacilo nos nervos como pela reação do organismo ao bacilo ou por ambas.
Perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés
Perda de força nos músculos inervados por esses nervos principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores.
Dor e espessamento dos nervos periféricos
DIAGNÓSTICO