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Gramática Pedagógica do Português Brasileiro, Marcos Bagno - Coggle Diagram
Gramática Pedagógica do Português Brasileiro
Descrever é prescrever
Consciente, portanto, dessa incapacidade de distinguir o descritivo do prescritivo, decidi assumir a máxima de que descrever é prescrever
Já passou da hora de reconhecermos a legitimidade das variantes linguísticas há muito plenamente implantadas nas variedade urbanas de prestígio, ao lado variedades elencadas na tradição gramatical como "corretas" e "boas".
Pedagógica
A função da escola é promover o letramento de seus aprendizes, de modo que os alunos possam ser inseridos em uma cultura escrita. E para essa promoção do letramento, as atividades fundamentais são a leitura e a escrita, com foco na diversidade de gêneros textuais que circulam no meio social e na noção de língua como discurso que se substancia em termos orais ou escritos.
Considera o português brasileiro “como uma língua plena e autônoma”
Aceita coo válido e correto qualquer uso linguístico que já esteja incorporado
ao brasileiro;
Assume a existência de uma norma urbana culta real, diferente da norma padrão clássica ideal;
“Postula que o ensino de língua se faça com base nessa norma culta real.”
Sintaxe do português brasileiro
O português brasileiro apresenta marcas próprias de realização linguística que tornam o português brasileiro diferente do português europeu.
Quadro teórico
A gramática de Bagno se inicia com críticas às epistemologias dualistas e impõem uma abordagem integradora. Dessa forma não há dicotomias.
O conceito de cognição é central e entrelaça língua, cognição e cultura.
A partir desse conceito a língua é vista como um fenômeno pancrônico “em que formas antigas, formas recém criadas e formas em processo de fixação convivem ao mesmo tempo no mesmo espaço social de uso.
Toda classificação é uma teorização, logo as categorias apresentadas também estão sujeitas à críticas e reformulações.
A mistura de tratamento
É visto como algo negativo pela gramática normativa, mas ainda sim acontece e é caracterizado por Helena Figueira como uma construção muito comum e cada vez mais usada.
Há uma divisão muito
clara entre o Português Brasileiro e o Português Europeu.
Concordância mental
Para Bagno, o sujeito projeta seus valores semânticos sobre os demais elementos da sintaxe para maior eficiência discursiva da sentença em que ele age como núcleo.
A gramática do português brasileiro já é outra, mas o ensino tradicional ainda
“continua apegado a uma tradição gramatical que se inspira nos usos literários, antigos e portugueses."
O português brasileiro é uma língua plena: “e
não uma ‘modalidade’ ou ‘variedade’ de uma língua chamada genericamente português”.
“Na realidade, existe
uma memória linguística brasileira que não é a dos portugueses, e as duas têm cada vez menos a contar-se uma à outra.”
Marcos Bagno