Doenças Desmielinizantes

ESCLEROSE MÚLTIPLA

ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA

Etiologia

Tratamento

Fisiopatologia

Manifestações Clínicas

Etiologia

Fisiopatologia

Manifestações Clínicas

Tratamento

Secundárias

Primárias

Epidemiologia

Epidemiologia

Manifesta-se por por surtos de instalação aguda ou subaguda que atinge seu pico em dias ou semanas, seguidos de remissão total ou parcial.

Neurite óptica

Sindromes cererebelares (marcha ebriosa, nistagmo, fala escandida entre outros)

Diplopia

Mielite Transversa

Espasticidade( aumento do tonus muscular)

Disfunção cognitiva ( as áreas de cognição afetadas incluem a compreensão e o uso da fala, atenção, memória e percepção visual)

Dor

Problemas urinários (urgência miccional, aumento da frequência, incontinência e noctúria )

Constipação

Intolerância ao calor

Sintomas constitucionais: Fadiga, tontura, depressão, falta de sono e exaustão

Tipos de Apresentação :

RECORRENTE-REMITENTE : Mais comum. Surtos claramente definidos co recuperação completa ou manutenção de algum grau de sequela neurológica

PRIMARIAMENTE PROGRESSIVA: <10%. É progressivo desde a instalação

SECUNDARIAMENTE PROGRESSIVA: Inicia-se na forma recorrente-remitente, evoluindo para a forma progressiva com ou sem surtos ocasionais

RECORRENTE PROGRESSIVA: Progressiva desde o início, com presença clara de surtos agudos, com ou sem recuperação total. A progressão continua durante o período entre crises.

Diagnóstico

Diagnóstico

RM da coluna

RM cerebral

Exames laboratoriais

Exames eletrodiagnósticos

Sorologias

Creatinina quinase

Exames de função tireoidiana

Eletrólitos

Urina de 24h

Hemograma completo

Fator reumatoide

Títulos para doença de Lyme

Anti-HIV

Hepatite C

Exame sérico do ventrículo direito

Diagnóstico diferencial

Miopatias

Atrofia muscular espinhal

Distúrbios da transmissão neuromuscular

Polimiosites

Doenças tireoidianas e doenças adrenais

Anormalidades de eletrólitos

Dermatomiosite

Infecções

Neuropatias motoras autoimune-mediadas

Clínica

RM de encéfalo e medula esspinhal

Eletromiografia (EMG)

Análise do LCR

Concentrações de IgG no líquor

Potencial evocado visual (PEV)

Critérios de McDonald

image

Diagnóstico diferencial

Depressão

Ansiedade

Doenças inflamatórias-desmielinizantes atípicas do sistema nervoso central

Distúrbios do espectro da neuromielite óptica (NMOSD)

Distúrbios infecciosos, neoplásicos ou vasculares

LES

Doença de Lyme

Eletromiografia

Punção lombar

EM

O tratamento da EM tem por objetivo tanto reduzir a intensidade e duração dos sintomas com uso de medicamentos sintomáticos quanto atuar como modificador de doença.

Surto

Modificador da Doença

Metilpredinisolona

Dexametasona

Plasmaferese ou imunoglobulina

1ª Linha

2ª Linha

Betainterferona (Avonex)

Glatiramer (Copaxone)

Teriflunomida

Fumarato de Dimetila

Anticorpos Monoclonais

Natalizumabe*, Fingolimode e
Alentuzumabe.

ELA

Existem três aspectos elementares no tratamento medicamentoso da doença.

O tratamento básico é feito com o uso de Riluzol. No Brasil, o medicamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – ainda que nos últimos anos tenha havido relatos de falta do remédio nas farmácias da rede pública em todo o Brasil.

Ensaios clínicos e experiências de diferentes centros de estudos têm se debruçado sobre o Edaravone. O medicamento está sendo testado de maneira limitada, num grupo específico de pacientes com doença em fase inicial e sem envolvimento ventilatório significativo. Fármacos como a metilcobalamina e a L-serina precisam de maior aprofundamento em seus estudos.

Para as formas familiares de ELA (relacionadas aos genes SOD1 e C9ORF72), considera-se “promissor” o tratamento com oligonucleotídeos antisense.

Independentemente do estágio da doença, a avaliação e o acompanhamento do paciente exigem o envolvimento de equipe multidisciplinar

A atuação multidisciplinar junto à equipe médica neurológica contempla as diferentes demandas de sintomas apresentados pelo paciente. Desta maneira, a pessoa ganha maior qualidade de vida

Fisioterapia Motora e Respiratória

Nutrição

Fonoaudiologia

Psicologia

Terapia Celular*

Definição

Doença do neurônio motor progressiva em que há perda de neurônios motores superiores do córtex cerebral e de neurônios motores inferiores na medulaespinal e tronco cerebral.

  • Incidência heterogênica e varia de 0,73 - 1,89/100 mil pessoas ao ano.
  • Prevalência entre 55 - 75 anos.
  • Mais comum em homens.
  • Sobrevida de 3 - 5 anos.
  • Multifatorial.
  • Genética.
  • Fatores ambientais.

Definição

Doença neurológica mais incapacitante em jovens adultos, comprometendo aproximadamente 250 mil pacientes nos EUA e 1 milhão no mundo.

  • Alta prevalência > 30/100 mil hab.
  • Média prevalência > 5 - 30/100 mil hab.
  • Baixa prevalência < 5/100 mil hab.
  • Na região sudeste do Brasil, a prevalência é de 15/100 mil hab.
  • Ocorre 2 vezes mais em mulheres.
  • Multifatorial.
  • Suscetibilidade genética.
  • Fatores geográficos.
  • Fatores socioculturais.
  • Risco biológico.
  • Causa desconhecida, mas suspeita-se de um mecanismo autoimune.
  • Pode ocorrer remielinização, com reparo, regeneração e recuperação completa da função neural.
  • Podem ser sugeridas por: Déficits difusos ou multifocais; início súbito ou subagudo; início dentro de semanas após infecção ou vacinação; sintomas que sugerem uma doença desmielinizante específica.
  • A desmielinização costuma ser secundária a doenças infecciosas; isquêmicas; metabólicas; hereditárias; tóxicas.

Conjunto de alterações celulares e bioquímicos que conseguem desencadear os neurônios motores

Stress Oxidativo

Excitotoxicidade pelo glutamato

A mutação SOD1 foi possível descrever o mecanismo de stress oxidativo e a sua relação com a morte neuronal

hereditariedade autossómica dominante, e foi a primeira mutação associada à ELA

Atua sobre radicais livres de oxigênio dando origem a moléculas estáveis de peróxido de hidrogênio (H2O2). A mutação nessa proteína impede essa reação provocando a acumulação de radicais O que ao serem tóxicos, provocam lesão celular

Essa mutação aumenta a apoptose.

Níveis mais altos de glutamato no plasma e no líquido cefalorraquidiano foram encontrados em portadores de ELA

Neurônios começam a morrer quando estão expostos por longos períodos a quantidades excessivas de glutamato

A excitotoxicidade pode ocorrer por dois mecanismos que são distinguidos com os termos de clássica ou lenta

Rigidez

Atitude desajeitada

Movimentos estranhos

Fraqueza muscular e facial

Atrofia

Fasciculações

Cãibras

Disfagia

Disartria

Fadiga

Fala arrastada

Dificuldade p/ engolir

Há desenvolvimento de gliose fibrosa nas placas que são disseminadas pelo sistema nervoso central, principalmente na substância branca, em particular nas colunas laterais e posteriores (especialmente nas regiões cervicais), nervos ópticos e áreas periventriculares.

Ocorrem áreas localizadas de desmielinização (placas), com destruição da oligodendróglia, inflamação perivascular e alterações químicas nos constituintes lipídicos e proteicos da mielina, dentro e ao redor das placas.

Os tratos no mesencéfalo, ponte e cerebelo também são afetados. A substância cinzenta no cérebro e na medula espinhal pode ser afetada, mas em extensão muito menor.


Dano axonal é comum, e corpos celulares neuronais também podem ser danificados.

Gliose significa a “proliferação fibrosa de células gliais”. Basicamente, é quando uma cicatriz se forma no sistema nervoso central (SNC).

Com a mielina e os axônios lesionados pelas inflamações, as funções coordenadas pelo cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal ficam comprometidas

Nos portadores de esclerose múltipla as células imunológicas invertem seu papel: ao invés de protegerem o sistema de defesa do indivíduo, passam a agredi-lo, produzindo inflamações. As inflamações afetam particularmente a bainha de mielina