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DENGUE, Subgrupo 1 - Coggle Diagram
DENGUE
Definição
A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma hemorrágica. A dengue é, hoje, a mais importante arbovirose (doença transmitida por artrópodes).
Quadro clínico
Descrição: a infecção por dengue causa uma doença cujo espectro inclui desde infecções inaparentes até quadros de hemorragia e choque, podendo evoluir para o êxito letal.
Dengue clássica:
o quadro clínico é muito variável.
A primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°), de início abrupto, seguida de cefaléia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido cutâneo.
Hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o aparecimento da febre.
Alguns aspectos clínicos dependem, com frequência, da idade do paciente.
A dor abdominal generalizada pode ocorrer, principalmente nas crianças.
Os adultos podem apresentar pequenas manifestações hemorrágicas, como petéquias, epistaxe, gengivorragia, sangramento gastrointestinal, hematúria e metrorragia
A doença tem uma duração de 5 a 7 dias. Com o desaparecimento da febre, há regressão dos sinais e sintomas, podendo ainda persistir a fadiga
Febre Hemorrágica da Dengue (FHD):
Os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica, porém evoluem rapidamente para manifestações hemorrágicas e/ou derrames cavitários e/ou instabilidade hemodinâmica e/ou choque.
Os casos típicos da FHD são caracterizados por febre alta, fenômenos hemorrágicos, hepatomegalia e insuficiência circulatória.
Um achado laboratorial importante é a trombocitopenia com hemoconcentração concomitante.
A principal característica fisiopatológica associada ao grau de severidade da FHD é a efusão do plasma, que se manifesta através de valores crescentes do hematócrito e da hemoconcentração.
Entre as manifestações hemorrágicas, a mais comumente encontrada é a prova do laço positiva.
A prova do laço consiste em se obter, através do esfignomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima do paciente, mantendo-se esta pressão por 5 minutos; quando positiva aparecem petéquias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de 20 ou mais em um quadrado desenhado na pele com 2,3 cm de lado, essa prova é considerada fortemente positiva
Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dia de doença, precedido por um ou mais sinais de alerta. O choque é decorrente do aumento da permeabilidade vascular seguido de hemoconcentração e falência circulatória. É de curta duração e pode levar ao óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida após terapia anti-choque apropriada.
Epidemiologia
A dengue representa um problema de saúde pública no mundo, principalmente em países tropicais e subtropicais do Caribe, Ámericas Central e do Sul, Ásia e África. Estende-se até ao sudeste dos Estados Unidos, onde a dengue ressurgiu nos anos 1980.
Aproximadamente 40% da população mundial vive em áreas endêmicas, onde dezenas de milhões de pessoas são infectadas.
A globalização e as mudanças climáticas tem contribuído para expansão da distribuição geográfica. O pico da transmissão ocorre após grandes chuvas, em águas depositadas, aumentando a proliferação do mosquito.
Diagnóstico
CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO
Morador de área endêmica; viagem nos últimos 14 dias para área endêmica; febre de 2 a 7 dias; com 2 ou + manifestações:
Náuseas, vômitos;
Exantema;
Mialgia, artralgia;
Cefaleia, dor retro-orbital;
Petéquias;
Prova do laço +;
Leucopenia.
Exames Específicos:
Virologia (antes do 5 dia de sintoma);
Isolamento viral;
RT- PCR,
Antigeno NS1;
Sorológico (após o 6 dia);
Elisa (pesquisa de anticorpos);
Exames Inespecíficos:
Hematócrito;
Contagem de plaquetas;
Dosagem de albumina;
Transaminases;
Tipos de Dengue
A partir de 2014 o Brasil passou a utilizar a nova classificação de dengue. Esta abordagem enfatiza que a dengue é uma doença única, dinâmica e sistêmica.
Isso significa que a doença pode evoluir para remissão dos sintomas, ou pode agravar-se exigindo constante reavaliação e observação.
Dengue
Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença de Aedes aegypti, que apresenta febre, usualmente entre dois e sete dias, não há presença de hemorragia e apresente duas ou mais das seguintes manifestações:
👉🏻Náuseas
👉🏻Vômitos
👉🏻Exantema
👉🏻Mialgia
👉🏻Artralgia
👉🏻Cefaleia
👉🏻Dor retroorbital
👉🏻Petéquias
👉🏻Prova do laço positiva
👉🏻Leucopenia
Dengue com sinais de alarme
• É todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre, podendo ter presença de sangramentos espontâneos, com ou sem plaquetopenia e hemoconcentração. apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme:
👉🏻Dor abdominal intensa ou contínua
👉🏻Vômitos persistentes
👉🏻Acúmulo de líquido - ascite, derrame pleural...
👉🏻Sangramento de mucosas
👉🏻Letargia ou irritabilidade
👉🏻Hipotensão postural
👉🏻Hepatomegalia maior que 2cm
👉🏻Aumento progressivo do Hematócrito
Dengue grave
As formas graves da doença podem manifestar-se com extravasamento de
plasma, levando ao choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento grave ou sinais de disfunção orgânica como o coração, ospulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso central (SNC). É todo caso de dengue que apresenta um ou mais das seguintes condições:
👉🏻 Choque devido ao extravasamento intenso de plasma evidenciado por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤ 20 mmHg; hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória.
👉🏻 Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central);
👉🏻 Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST ou ALT > 1000), sistema nervoso central (alteração da
consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.
Fisiopatologia
A proliferação do mosquito é feito pela deposição de ovos da fêmea na água parada e esses ovos vão eclodir e virar larvas. (Tempo entre a eclosão e o mosquito adulto são 10 dias).
O mosquito adquire o vírus ao se alimentar do sangue do doente em fase de viremia. Esse vírus se prolifera e fica armazenado nas glândulas salivares do mosquito até infectar outra pessoa.
A fêmea infectada irá inocular saliva + vírus ao picar a pessoa. Contudo, pode ocorrer também transmissão transovariana do mosquito para sua prole através da disseminação.
Após a inoculação pela picada do A. aegypti, o vírus se replica inicialmente nas células mononucleares dos linfonodos locais ou nas células musculares esqueléticas, produzindo viremia.
O vírus penetra nos monócitos, onde sofre a segunda onda de replicação, se disseminando por todo o organismo através dessas células ou do plasma.
Com isso, a replicação passa a ocorrer nos macrófagos presentes no sistema reticuloendotelial, mantendo a viremia.
A replicação viral estimula a produção de citocinas pelos macrófafos e, indiretamente, pelos lifócitos T helper específicos que interagem com o HLA classe II.
Os linfócitos T CD8+ citotóxicos são capazes de destruir as células infectadas pelo vírus, por intermédio da ação de anticorpos específicos (citotoxicidade anticorpo-dependentes).
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Etiologia
O agente etiológico da Dengue é um arbovírus, do gênero Flavivírus, pertencente a família Flaviviridae. São conhecidos quatro sorotipos.
Os vetores hospedeiros são mosquitos do gênero Aedes. Nas Ámericas, a éspecie Aedes Aegypti é responsável pela transmissão.
Tratamento
ESPECÍFICO PARA CADA CATEGORIA
B
Paciente estar bem, mas possui alguma condição base que pode piorar o quadro (ex: doenças cardiovasculares)
acompanhamento em leitos de observação
mesma conduta do grupo A
C
Paciente mais grave
atendimento urgente
Hidratação endovenosa (SORO)
(10mL/kg de soro fisiológico na 1º hora
dor abdominal intensa, acúmulo de líquidos, aumento de hematócrito)
exames diagnósticos
Hemograma;
Transaminases;
Albumina Sérica;
Ureia e Creatinina;
Glicemia;
Gasometria;
ECG/ECO;
Radiografia de Tórax;
USG de Abdome.
Para avaliar se esta evoluindo para complicações: choque, hemorragia ou disfunção
evolução
melhora
readapta a conduta (vai reduzindo a hidratação
piora ou não melhora
passa para categoria D
A
tratamento em domicílio
alívio de sintomas
dipirona e/
ou paracetamol
fazer repouso e a se hidratar
Retornar ao serviço de saúde se aparecer sinais de alarme
D
muito grave
emergência
exames do grupo C
reposição volêmica imediata
(20mL/kg de solução salina por via parenteral
em até 20 min
controle de sintomas
reavaliados a cada 15-30min
repetir o hemograma a cada 2h
Profilaxia
Educação sanitária
Saneamento ambiental
Controle vetorial
Destruição de locais que sirvam de
criadouros para o Aedes.
Subgrupo 1
Herika
Dyully
Fernanda
Alisson
Marília
Núbia
Nara
Sabrina