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DENGUE - Coggle Diagram
DENGUE
FISIOPATOLOGIA
Os vírus da dengue são membros da família Flaviviridae, ou seja, vírus com envelope contendo um genoma de RNA de fita simples de polaridade positiva.
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Curso de infecção
Disseminação
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A viremia é detectável em humanos 6 a 18 horas antes do início dos sintomas e termina próximo ao período de resolução da febre.
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Eventos Iniciais
Vírus é introduzido na pele quando o mosquito infectado se alimenta de sangue de um hospedeiro suscetível.
Infecção primária
A infecção com um dos quatro sorotipos do vírus da dengue geralmente fornece imunidade de longa duração à infecção com um vírus do mesmo sorotipo.
Infecção Secundária
Imunidade aos outros sorotipos da dengue é transitória e os indivíduos podem ser subsequentemente infectados com outro sorotipo da dengue.
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DIAGNÓSTICO
O diagnóstico inicial da dengue é sempre feito por meio de exame médico. Além de se informar sobre os sintomas e o histórico, o clínico vai checar a pressão arterial, os batimentos cardíacos, auscultar os pulmões e examinar o paciente em busca de manchas, hemorragias e outros sinais que possam confirmar a dengue.
Para auxiliar o diagnóstico, são usados alguns testes simples e rápidos
Prova do laço: Pressiona-se o braço da paciente usando um esfignomanômetro (aquela parte do aparelho de pressão manual que aperta o braço). Conta-se então o número de petéquias – pontinhos vermelhos – que surgirem.
Contagem de plaquetas: Examina-se o sangue do paciente para fazer a contagem de plaquetas – elementos responsáveis pela formação dos coágulos. Em caso de dengue, as plaquetas caem de forma brusca a partir do início dos sintomas.
Hematócrito: Examina-se o sangue do paciente para checar o volume ocupado pelas hemácias – células vermelhas do sangue. Em casos de dengue, o hematócrito pode aumentar, especialmente se houver complicações, já que o plasma – parte líquida do sangue – pode vazar de dentro do sistema circulatório, deixando o sangue com mais hemácias.
Contudo, estes testes não são específicos, já que várias outras doenças podem levar a um resultado positivo.
Para confirmar casos de dengue e verificar o tipo de vírus infectante, realiza-se um teste imunoenzimático chamado ELISA. Este exame procura detectar a presença de anticorpos antidengue no sangue, isto é, se o paciente já teve, no passado ou no presente, contato com um dos quatro tipos de vírus.
Ele permite ainda ao sistema de saúde verificar que tipo está causando um surto determinado. Contudo, não pode ser realizado no estágio inicial da doença, já que o corpo, depois da infecção, leva pelo menos cinco dias para produzir anticorpos.
Um teste mais rápido e específico procura detectar a presença do antígeno NS1 – uma proteína do vírus da dengue produzida em grande quantidade geralmente entre o primeiro e o sétimo dia da doença. Contudo, por ser muito caro, não está disponível em todas as unidades de saúde. Além disso, não consegue distinguir entre os quatro tipos do vírus.
Para confirmar o tipo de vírus circulante durante uma epidemia, utiliza-se o teste PCR quantitativo em tempo real. Muito sensível, ele é capaz de detectar mesmo pequena quantidade do RNA do vírus e discriminar o tipo. É complexo, caro e exige equipamentos sofisticados.
Diagnóstico Diferencial
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considerando que a dengue tem um amplo espectro clínico,
as principais doenças a serem consideradas no diagnóstico diferencial são: gripe, rubéola, sarampo e outras infecções virais, bacterianas e exantemáticas.
Febre Hemorrágica da Dengue - FHD:
no início da fase febril, o diagnóstico diferencial deve ser feito com outras infecções virais e bacterianas e, a partir do 3o ou 4o dia, com choque endotóxico decorrente de infecção bacteriana ou meningococcemia.
(As doenças a serem consideradas são: leptospirose, febre amarela, malária, hepatite infecciosa, influenza, bem como outras febres hemorrágicas transmitidas por mosquitos ou carrapatos.)
Diagnóstico Laboratorial
Exames Específicos
A comprovação laboratorial das infecções pelo vírus da dengue faz-se pelo isolamento do agente ou pelo emprego de métodos sorológicos - demonstração da presença de anticorpos da classe IgM em única amostra de soro ou aumento do título de anticorpos IgG em amostras pareadas (conversão sorológica).
Isolamento: é o método mais específico para determinação do sorotipo responsável pela infecção. A coleta de sangue deverá ser feita em condições de assepsia, de preferência no terceiro ou quarto dia do ínicio dos sintomas. Após o término dos sintomas não se deve coletar sangue para isolamento viral
Sorologia: os testes sorológicos complementam o isolamento do vírus e a coleta de amostra de sangue deverá ser feita após o sexto dia do início da doença
Exames Inespecíficos
Dengue clássica: Hemograma: a leucopenia é achado usual, embora possa ocorrer leucocitose. Pode estar presente linfocitose com atipia linfocitária. A trombocitopenia é observada ocasionalmente.
Febre Hemorrágica da Dengue - FHD:
Hemograma: a contagem de leucócitos é variável, podendo ocorrer desde leucopenia até leucocitose leve. A linfocitose com atipia linfocitária é um achado comum. Destacam-se a concentração de hematócrito e a trombocitopenia (contagem de plaquetas abaixo de 100.000/mm3).
Hemoconcentração: aumento de hematócrito em 20% do valor basal (valor do hematócrito anterior à doença) ou valores superiores a 38% em crianças, a 40% em mulheres e a 45% em homens)
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Coagulograma: aumento nos tempos de protrombina, tromboplastina parcial e trombina. Diminuição de fibrinogênio, protrombina, fator VIII, fator XII, antitrombina e α antiplasmina.
Bioquímica: diminuição da albumina no sangue, albuminúria e discreto aumento dos testes de função hepática: aminotransferase aspartato sérica (conhecida anteriormente por transaminase glutâmico-oxalacética - TGO) e aminotransferase alanina sérica (conhecida anteriormente por transaminase glutâmico pirúvica - TGP).
Fatores de Risco
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Dengue Clássica
Forma mais leve da doença, sendo as vezes confundida como uma gripe
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ETIOLOGIA
É um vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae, com 4 sorotipos conhecidos: 1, 2, 3 e 4.
Vetores Hospedeiros
Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, o vírus do DENGUE persiste na natureza mediante o ciclo de transmissão homem - Aedes aegypti - homem. A fonte da infecção e hospedeiro vertebrado é o homem. Foi descrito, na Ásia e na África, um ciclo selvagem envolvendo o macaco.
Modo de Transmissão
A transmissão se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti, no ciclo homem - Aedes aegypti - homem. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca.
Período de Incubação
De 3 a 15 dias, em média 5 a 6 dias.
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TRATAMENTO
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Grupo A
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Hidratação
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Crianças até 10 kg: 130 ml/kg/dia; entre 10 e 20 kg: 100 ml/kg/dia; acima de 20 kg: 80 ml/kg/dia; 1/3 soro, restante consumo de líquido
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Grupo C
Suspeita de dengue com presença de algum sinal de alarme: Internação hospitalar por um período de 48 horas.
Reposição volêmica com 10 mL/kg de soro fisiológico na primeira hora - máximo de cada fase de expansão: 20 mL/kg
Reavaliação clínica e laboratorial a cada 2 horas - p/ melhora, iniciar fase de manutenção:
Primeira fase: 25 mL/kg em 6 horas. Se melhoras, iniciar segunda fase.
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Se não houver melhora clínica e laboratorial após 2 horas, repetir a fase de expansão até três vezes - se ineficaz, realizar condutado grupo D
GRUPO D
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Deve ser evitado medicamentos como ácido acetil salicílico (AAS), aspirina
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Definição
É uma doença febril aguda, de etiologia viral, conhecida como febre de quebra-osso ou febre de dengue é que possui aspecto clínico complexo.
Classificação
Grupo A
Casos suspeitos de dengue com prova do laço negativa, sem manifestações hemorrágicas espontâneas e sem sinais de alarme.
- Hidratação oral com volume de 60 a 80ml/Kg/dia (1/3 com soro e 2/3 com líquidos);
- Caso paciente seja sintomático tratar com: analgésicos, antitérmicos, antieméticos e anti- histamínicos;
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Grupo B
Casos suspeitos de dengue com prova do laço positiva ou manifestações hemorrágicas espontâneas, sem repercussões hemodinâmicas.
Sinais de alarmes ausentes: coleta de hemograma, se normal, tratamento igual ao tipo A. Se ocorrer alterações no hemograma:
- Aumento de até 10% do hematócrito: hidratação oral vigorosa com 80ml/Kg/dia, além de sintomáticos;
- Se hematócrito >10%: observação por 6h, hidratação oral supervisionada ou parenteral, com infusão de 1/3 do volume calculado para 80ml/Kg/dia na forma de solução salina.
GRUPO C
Casos suspeitos de dengue com presença de algum sinal de alarme, podendo as manifestações hemorrágicas estar presentes ou ausentes.
- Coleta de hemograma, tipagem sanguínea, dosagem de albumina sérica, radiografia de tórax;
- Dosagem de glicose, ureia, creatinina, eletrólitos, transaminases, gasometria arterial, ultrassonografia de abdome e de tórax;
- Hidratação EV com 25ml/Kg de solução fisiológica ou ringer lactato em 4 horas inicialmente + 25ml/Kg em 8h e depois o mesmo volume em 12h;
GRUPO D
Casos suspeitos de dengue apresentando pressão arterial convergente, hipotensão arterial ou choque.
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- Conduta: mesmos exames do C;
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