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Friedrich Nietzsche - Coggle Diagram
Friedrich Nietzsche
Período de maturidade
O cristianismo apareceu como uma rebelião escrava da moral (uma rebelião dos escravos contra os seus senhores) que resultou na inversão de valores morais.
Para galgar essa inversão, seria necessário um processo que ele chamou de transvaloração, que seria a reavaliação da moral, estabelecendo novamente o que seria bom e ruim para a humanidade, sem recorrer aos ideais cristãos
O além-do-homem (melhor tradução para o termo alemão Übermensch, que alguns tradutores traduziram como super-homem) seria um conceito que fala sobre um ser humano capaz de libertar-se das amarras morais da sociedade e viver por si mesmo.
Crítico ferrenho da moral judaico-cristã e do enfraquecimento provocado por essa, ele aposta que houve um período em que o ser humano era mais forte (antes do cristianismo) por viver sob o império da moral proposta pelos senhores nobres (não tomando nobreza como casta, mas como uma nobreza de espírito daqueles que são mais fortes).
Iniciado com a escrita de Assim falou Zaratustra, esse período tem como centralidade as investigações acerca da moral.
Obra intermediária
Nietzsche era contra a formação de um Estado-nação alemão, pois, para ele, somente a cultura garantiria o desenvolvimento humano, e não a força de um Estado e da guerra. Nietzsche mostra-se nesse momento como um antinacionalista.
Nesse período, as principais influências ao pensamento filosófico vêm da política bismarckista de unificação alemã (a Alemanha consistia em vários impérios diferentes e o estadista Otto von Bismarck foi o responsável por unificar todo o território germânico).
Conceitos como grande política e pequena política (que tratam especificamente do modo de agir politicamente de um país e de grupos políticos) aparecem. Também a sua ideia de morte de Deus (presente no aforismo 135 de A gaia ciência) vem como mote da libertação humana da cultura cristã.
No âmbito epistemológico ou do conhecimento humano, Nietzsche aprofunda o conceito de perspectivismo, já iniciado na sua Segunda consideração extemporânea, como uma explicação do modo como o ser humano pode conhecer as coisas e produzir o que se diz ser a verdade.
Principais ideias
A vasta produção de Nietzsche é composta de várias ideias, impossíveis de serem esgotadas em um único texto.
No entanto, alguns temas centrais aparecem como norteadores para entender o seu pensamento, os quais, para facilitar a compreensão, devem ser dispostos de acordo com a cronologia da sua obra dividida pelos estudiosos em três grandes momentos: juventude, período intermediário e maturidade.
Obra de juventude
Nietzsche estava sob forte influência da filosofia de Schopenhauer e da música de Wagner. Devido ao seu trabalho com a filologia grega, o filósofo ficou imerso no estudo das tragédias gregas, sua elaboração e sua constituição.
Aqui ele enxerga na cultura grega pré-socrática uma cultura autêntica, ainda não contaminada pela racionalização imposta por Sócrates e livre da moral judaico-cristã.
Quem foi?
Foi um filólogo (estudioso de línguas clássicas, como o latim e o grego antigo), poeta e filósofo alemão contemporâneo, autor de uma vasta e polêmica obra. Seus livros deixaram os primeiros indícios do surgimento da filosofia contemporânea. Nietzsche dedicou-se a estudar a moral judaico-cristã e operou uma espécie de comparação das sociedades antes e depois do cristianismo, tendo classificado este como o fator central do enfraquecimento do ser humano na era moderna.