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MALÁRIA, Problema 26, Imunologia, PUPA, ADULTO, fase terrestre, fase…
MALÁRIA
1. Definição e Epidemiologia:
A malária é uma doença infecciosa febril aguda.
No Brasil a área endêmica é formada por todos os estados da Amazônia Legal. São eles: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima,
além das regiões a oeste do Estado do Maranhão, ao noroeste do Estado do Tocantins e ao norte do Estado do Mato Grosso.
Pode ser causada por quatro protozoários do gênero Plasmodium: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae e P. ovale.
No Brasil, somente os três primeiros estão presentes, sendo o P. vivax e o P. falciparum as espécies predominantes.
Transmitido pela picada de mosquitos do gênero Anopheles (anofelinos ou mosquito prego, popularmente) infectados com o Plasmodium.
A maioria dos casos é registada no Continente Africano, onde o controle da doença é dificultado pela falta de programas de vigilância, diagnóstico, tratamento e controle efetivos.
A malária é responsável por mais de 1 milhão de mortes no mundo.
88 países estão classificados como áreas de transmissão natural de malária, a maioria da faixa tropical do planeta.
Países africanos, América Central, Caribe, sul e sudeste da Ásia e países amazônicos da América do Sul.
2. Vetor:
Transmitida pelo mosquito da Família Culicidae e Gênero Anopheles
Ovo
Larva
Pupa
Adulto
FÊMEAS: são hematófagas e precisam do repasto sanguíneo completo para o amadurecimento dos ovos
formato de vírgula
constitui estágio de transição
para a forma adulta
aquáticos
elípticos
Cada fêmea põe 50-500
O gênero Anopheles é composto por
cerca de 450 espécies
41 estão envolvidas na transmissão do Plasmodium ao homem
Distribuídos nas Américas
Anopheles aquasalis
Anopheles marajoara
Anopheles nuneztovari
Anopheles pseudopunctipennis
Anopheles qudrimaculatus
Anopheles freeborni
Anopheles darlingi
O mosquito necessita, para
o seu desenvolvimento
Criadoros de porte pequeno a médio
Água limpa, fria e corrente
Sombra
3. Parasito:
Protozoário ➡️ classe
Aconoidasida
➡️ Família
Plasmodiidae
➡️ Gênero
Plasmodium
5 espécies do Plasmodium:
Plasmodium ovale
Por meio da invasão nos reticulócitos, que podem ser ativados em semanas - anos, no fígado causam infecções,
relapsos.
Pouca importância na clínica.
África subsaariana, Índia e Indonésia
Plasmodium knowlesi
Invade células vermelhas jovens e maduras
Transmitida pelos vetores
Causa malária humana grave no Sudeste Asiatico
Plasmodium falciparum
Afeta células vermelhas jovens e maduras de forma mais agressiva, levando a morte.
África.
Plasmodium vivax
Forma hipnozoítos nas células hepáticas que pode causar recidivas tardias da infecção, invadindo preferencialmente as células vermelhas jovens.
Comum em região tropical.
Plasmodium malariae
Malária branda, infecções crônicas e raramente síndrome nefrótica crônica(morte).
Variam no tamanho, forma e aparência dos plamódios.
4. Ciclo de vida:
O Plasmodium Apresenta um ciclo de vida heteroxênico
Para completar seu ciclo de vida necessita de 2 hospedeiros diferentes (1 vertebrado e 1 invertebrado )
Seu ciclo se inicia após a picada do ano felino
Onde o mesmo inocula sua espermatozoides infectantes no homem
Que circulam pela corrente sanguínea e logo após penetram nos hepatócitos, dando início ao ciclo pré-eritrocítico ou esquizofrenia tecidual
Ao final do ciclo os esquizontes rompem o hepatócito liberando merozoítos que irão invadir as hemácias dando início ao segundo ciclo
O segundo ciclo, de reprodução assexuada, chamado de ciclo sanguíneo ou eritrocítico
Onde o parasita se desenvolve no interior da hemácia até provocar sua ruptura
Ciclo biológico do parasito no homem
Ciclo biológico do parasito no mosquito
A reprodução sexuada do parasita ocorre no estômago do mosquito
Ela se transforma em uma forma móvel que migra da parede do intestino médio do inseto formando o oocisto
Que são liberados na hemolinfa do inseto e migram até as glândula salivares que a partir daí transferem para o ser humano
6. Quadro clínico:
Tríade clássica
febre, calafrio e dor de cabeça.
Sintomas como mal-estar, dor muscular, sudorese, náusea e tontura podem acompanhar ou preceder a tríade
Forma clínica não complicada
Caracterizado pelos sintomas gerais com duração de 6-12 horas. Após os primeiros pa- roxismos, a febre pode passar a ser intermitente.
Forma clínica complicada e grave
Apresenta mais sintomas: prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque, edema pulmonar, hemorragias icterícia, hemoglobinúria, hiperpirexia (>41ºC) e oligúria
Pode detectar uma anemia grave, hipoglicemia, aci- dose metabólica, insuficiência renal, hiperlactatemia e hiperparasitemia.
7. Diagnóstico:
Testes rápidos imunocromatográficos
Baseiam-se na detecção de antígenos dos parasitos por anticorpos monoclonais, que são revelados por método imunocromatográfico. São realizados em 15-20 minutos.
Desvantagens:
• Não distinguem P. vivax, P. malariae e P. ovale;
• Não medem o nível de parasitemia;
• Não detectam infecções mistas
que incluem o P. falciparum;
• Além disso, seus custos são ainda
mais elevados que o da gota espessa.
Diagnóstico diferencial
Deve-se descartar outras causas de
febre prolongada, como febre tifoide,
febre amarela, leptospirose, hepatite infecciosa, leishmaniose visceral, doença de Chagas aguda e outros processos febris
Exame da gota espessa de sangue, corada pela técnica de Giemsa ou de
Walker.
Baseia-se no encontro de parasitos no sangue. Permite diferenciação das espécies de Plasmodium e do estágio de evolução do
parasito circulante. Procurar o parasita (trofozoítos) em um esfregaço de sangue e fazer a contagem de carga parasitária
Para realização do exame de gota espessa é feita a punção digital (pode ser feita punção venosa também) e preparado do esfregaço. Após, a lâmina deve ser mantida em temperatura ambiente para secagem da gota de sangue.
Com a lâmina pronta é feita a análise através do microscópio
8. Tratamento:
Objetivos: Interromper a esquizogonia, impedir o desenvolvimento de gametócitos e destruir os hipnozoítos (Formas Latentes).
A decisão de como tratar o paciente com malária deve ser precedidade informações sobre os seguintes aspectos:
• História de exposição anterior à infecção uma vez que indivíduos moinfectados tendem a apresentar formas mais graves da doença;
• Condições associadas, tais como
gravidez e outros problemas de
saúde;
• Idade do paciente, pela maior toxicidade para crianças e idosos;
• Gravidade da doença, pela necessidade de hospitalização e de tratamento com esquemas especiais
de antimaláricos.
• Espécie de plasmódio infectante,
pela especificidade dos esquemas terapêuticos a serem utilizados;
Malária Não Complicada: as medicações
são de acordo com peso e idade do paciente.
medicamento via oral;
Não precisa de internação;
visa a cura do paciente.
P. vivax/ovale: Cloroquina + Primaquina
P. malariae: Cloroquina
P falciparum: Artemeter+ Lumefantrina OU
artesunato + mefloquina E Primaquina
Malária complicada:
medicamentos via intravenoso;
precisa de internação;
visa evitar a morte do paciente.
Artesunato + Clindamicina
9. Profilaxia e Notificação:
Profilaxia
Permanecer no interior da habitação do anoitecer ao amanhecer
Uso do mosquiteiro
Usar roupas de mangas compridas e calças compridas
Usar repelente de insetos nas áreas de pele exposta
Quimioprofilaxia
Uso de drogas antimaláricas em doses sub- terapêuticas, a fim de reduzir formas clínicas graves e o óbito devido à infecção por P. falciparum
Não é realizado no Brasil
Não existe vacina
Notificação
Notificação compulsória
Todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser, obrigatoriamente, notificados às autoridades de saúde, utilizando-se as fichas de notificação e investigação
5. Fisiopatologia
2 pontos comuns
Febre
Hemólise
liberação de substâncias (hemozoína, pigmento malárico)
estímulo para produção e liberação de citocinas como TNF-alfa e IL-1 pelos monócitos/macrófagos
efeito pirogênico
Anemia
hemólise intravascular
ruptura da hemácia com liberação de merozoítas
liberação de hemoglobina em excesso no plasma
filtração pelo rim
hemoglobinúria
causa multifatorial com ênfase na hemólise
hemólise extravascular
hemácias parasitadas possuem alterações de morfologia e composição da membrana
destruição precoce pelos cordões esplênicos
esplenomegalia (aumentado) e hiperesplenismo (hiperfuncionante)
hemácias normais são lisadas precocemente
se def. de ac. Fólico
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resposta da medula óssea
produção de mais eritrócitos
X
citocinas (como TNF-alfa) prejudicam a eritropoiese
bloqueio e redução da eritropoietina pelos rins
Anemia grave (P. falciparum)
Alta carga parasitária
consumo de glicose e liberação de ácido lático pelo plasmódio aumentados
hipoglicemia e acidose lática
Principal causa de morbimortalidade da malária
bloqueio microvascular
maturação do plasmódio dentro do eritrócito
alterações morfológicas (knobs)
citoaderência
adesão dos eritrócitos parasitados às células endoteliais dos capilares e vênulas
hemácias normais aderem às aderidas
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Problema 26
Imelda Pedreira
Larissa Carlos
Thais Carvalho
Ana Luiza Melo
Elza Thereza
Mariana Nunes
Isabela Cardinale
Elza Armondes
Grupo 3
Tutora Michelle
Imunologia
Proteção natural
Traço falcêmico (HbS)
40 – 50% HbS das hemácias
forma de foice
inibe o crescimento e desenvolvimento do parasita intraeritrocitário
Talassemias (alfa e beta)
hemácias com malformação e morte precoce
piores condições para crescimento, menor concentração corpuscular
Ovalocitose do sudeste asiático
resposta imune
humoral (formação de anticorpos específicos)
não é eficiente na primo-infecção
após infecções sucessivas surgem anticorpos específicos mais eficazes no controle da parasitemia
celular (memória de linfócitos T helper CD4+)
concentração de linfócitos TCD4+ no baço
ativação de macrófagos
hemólise
Áreas hiperendêmicas
recém nascidos obtém anticorpos IgG pela placenta e possuem resistência da Hemoglobina Fetal (HbF) ao plasmódio
bebês (até 3 meses) raramente são acometidos
de 3 meses a 5 anos ocorrem formas graves e fatais
“Semi-imunidade”
casos de reinfecção
resposta imune ativa
redução do grau de parasitemia, gravidade dos sintomas e complicações da doença
é espécie-específica, cepa-específica e estágio-específica
desaparece em 6 meses
PUPA
OVO
LARVA
ADULTO
fase terrestre
fase aquática