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CEFALEIAS PRIMÁRIAS, Prof. Andrea Amaral - GP 03 - APG 25 - Denizard…
CEFALEIAS PRIMÁRIAS
DOR DE CABEÇA
PREVENÇÃO
Beta-bloqueadores - Enxaqueca em hipertensos
Antagonistas de CC - Cefaleia em salvas em hipertensos
NSAIDS - Enxaqueca, cefaleia do tipo tensional, e enxaqueca menstrual
Indomectina - Hemicraniana paroxística e Contínua
Antidepressivos tricíclicos - Enxaqueca, Cefaleia do tipo tensional, Má qualidade de sono
Anticonvulsivantes - Enxaqueca, Cefaleia em salvas
Medicações preventivas são recomendadas quanto as dores de cabeça são crônica (casos em 15 dias ou mais por mês)
TRATAMENTO
Para dores de cabeça leves, analgésicos simples como acetaminofeno, ácido acetilsalicílico e medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (NSAIDs) serão suficientes.
Crises de enxaqueca moderadas a graves, os pacientes se beneficiam de terapias específicas para enxaquecas como as triptanas, ergóticos, isometepteno e a combinação de naproxeno com a sumatriptana
O tratamento de dor de cabeça aguda depende do tipo e a gravidade da dor de cabeça.
EPIDEMIOLOGIA
Cerca de 90% dos adultos apresentam dor de cabeça em algum momento de sua vida
Mais de 75% das crianças relatam cefaléias significativas por volta dos 15 anos
Em grandes estudos, o risco relativo de ter alguma cefaléia aumenta em até 4x se um parente de primeiro grau tiver algum tipo
DIAGNÓSTICO
Dores de cabeça secundárias são geralmente devido a uma condição subjacente, tal como um tumor cerebral, aumento da pressão intracraniana, doença sinusal ou má formação vascular; ao remover a causa, a dor de cabeça geralmente melhora.
DIAG. DIFERENCIAL
Cefaleia do tipo tensional - Dor semelhante a uma faixa apertada; de intensidade leve a moderada; Bilateral; Melhora com atividade - Duração de Horas a dias - Pode ser acompanhada de: Discreta sensibilidade a luz ou a som, mas não aos dois
Cefaleia em salvas - Dor intensa na face; Unilateral - Duração de Minutos a horas - Pode ser acompanhado de: Ptose ipsilateral, miose, rinorreia, edema palpebral e lacrimejamento
Hemicraniana paroxística - Dor unilateral na face - Duração de Minutos - Pode ser acompanhado de: Ptose ipsilateral, miose, rinorreia, edema palpebral e lacrimejamento
Enxaqueca - Unilateral ou Bilateral; Latejante; Com dor moderada a intensa; piora com atividade - Duração de Horas a dias - Pode ser acompanhado com: Fotofobia, Fonofobia, Náuseas e/ou vômito
Hemicraniana contínua - Dor de cabeça contínua com dor de facadas episódicas; Unilateral - Duração contínua - Pode ser acompanhada de: características ipsilaterais, ptose, miose. Rinorreia, edema palpebral e lacrimejamento.
O diagnóstico do tipo de dor de cabeça é baseado no tipo de dor, na duração da dor de cabeça, e nas características que acompanham
A avaliação da dor de cabeça de um indivíduo é baseada em cinco elementos do histórico.
Histórico de vida da dor de cabeça determina se a dor de cabeça é nova ou evoluiu ao longo de toda a vida.
O histórico da crise fornece as características clínicas da dor de cabeça ou dores de cabeça.
O histórico familiar ajuda a determinar se uma pessoa tem uma predisposição genética para dor de cabeça.
O histórico médico e psiquiátrico determina se existem comorbidades que podem causar ou piorar a dor de cabeça.
A medicação e o histórico da droga determinam se a dor de cabeça pode ser causada por ou agravada por medicamentos ou drogas que a pessoa tenha ingerido.
Dores de cabeça que ocorrem com frequência inferior a 15 dias por mês são denominadas episódicas, ao passo que as cefaleias que ocorrem mais de 15 dias por mês são consideradas crônicas
Se existem características atípicas no histórico ou qualquer anormalidade no exame neurológico, uma avaliação mais aprofundada é indicada. Pacientes com cefaleia em salvas e dores de cabeça de causa indeterminada necessitam de imagens para excluir as causas secundárias
Pacientes com dor de cabeça aguda, a tomografia computadorizada (TC) é melhor para avaliar hemorragia aguda como a causa da dor de cabeça, enquanto a ressonância magnética (RM) é melhor para avaliar a maioria das dores de cabeça persistentes à procura de lesões focais, evidências de hipertensão ou hipotensão intracraniana, hemossiderina e anormalidades congênita
DEFINIÇÃO
É todo processo doloroso referido no segmento cefálico, que pode se originar de qualquer estrutura facial ou craniana
FISIOPATOLOGIA
A sensibilidade dolorosa da cabeça é veiculada pelos aferentes trigeminais primários que inervam vasos sanguíneos, mucosas, músculos e tecidos
Fibras nervosas, a partir dessas fontes, atingem o gânglio trigeminal, especialmente através da primeira divisão do nervo trigêmeo (nervo oftálmico).
Os aferentes trigeminais terminam no núcleo sensitivo principal do V nervo craniano e seu núcleo da raiz espinal, que tem vários pequenos subnúcleos, dos quais o mais importante é o subnúcleo caudalis
Esse subnúcleo recebe aferentes de vasos meníngeos, regiões sensíveis da dura-máter e mesmo da medula cervical superior que então projetam-se para o tálamo medial e lateral através do trato espinotalâmico e para regiões do diencéfalo e do tronco encefálico envolvidas na regulação de funções autonômicas
Informação nociceptiva talâmica ascende para o córtex sensorial, bem como para outras áreas do cérebro
Embora as dores de cabeça primária estimulem a via nociceptiva por meio de processos como inflamação e compressão, as cefaléias primárias ocorrem espontaneamente e mediadores químicos estão envolvidos nesse processo
Aura é definida como um distúrbio focal neurológico visual, sensorial ou motor, que pode ocorrer com ou sem dor de cabeça
A aura parece ocorrer quando a depressão alastrante cortical causa a despolarização das membranas neuronais
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Pacientes podem descrever a dor como latejante, pressão, pontada
A dor pode ser em faixa ou contínua
Pode ser leve, moderada ou grave
Pode interferir nas atividades
Pode ser unilateral ou bilateral
A enxaqueca frequentemente é associada a náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia
Podem ocorrer também semiptose, rinorreia, sindrome de Horner e edema facial
As dores de cabeças secundárias podem ser semelhante as primárias, mas pode haver sinais de alerta que sugerem uma dor de cabeça secundária
CEFALEIAS SECUNDÁRIAS
Hipertensão Intracraniana
Epidemiologia
Pode ser de causa primária ou secundária
Pessoas obesas
Mais em mulheres
Idade adulta jovem
Manifestações Clinicas
Cefaleia
Zumbido pulsátil
Obscurecimentos visuais transitórios
Visão dupla
Tratamento
Acetazolamida
Perda de peso
Diagnóstico
Anamnese e Exame físico
Caracteristicas clínicas
Sinais, como o papiledema
Campos Visuais
RM
Venografia por TC ou RM
Punção Lombar
Neuralgia do trigêmeo
Epidemiologia
Idosos
Mulheres
Manifestações Clínicas
Dor exacerbada em um ou mais ramos do V par craniano
Diagnóstico
Clínico, através do exame neurológico
Dor súbita e de forte intensidade ou fatores gatilhos como sorrir ou escovar os dentes
Tratamento
Carbamazepina
Amitriptilina
Bloqueio do nervo proporciona um alivio temporário
Arterite temporal
Manifestações Clinicas
Dor continua, generalizada e ocasionalmente latejante
Temporas dolorosas
Queixa de dor ao realizar certas atividades da vida diária
cegueira monocular transitória
Diplopia
Diagnóstico
Elevação do VSH
Proteína C reativa
Amostra de biópsia de artéria temporal
Epidemiologia
Idosos
Mais em mulheres
Mais comum em indivíduos brancos
Tratamento
Corticoesteroides
Neuralgia do glossofaríngea
Epidemiologia
Rara
Homens > 40 anos
Manifestações Clínicas
Dor súbita ou através de fatores gatilhos na região contemplada pelo nervo
região posterior da faringe, tonsilas, região posterior da língua e orelha média, sob o ângulo da mandíbula
Diagnóstico
É clínico, distingue da neuralgia trigeminal pela localização da dor
Os tumores tonsilares, faríngeos e de ângulo pontocerebelar e as lesões metastáticas no trígono cervical anterior devem ser excluídos por RM.
Tratamento
Semelhante ao da neuralgia do trigêmeo
Hipotensão craniana
Manifestações Clínicas
Cefaleia difusa ou focal, mais associada a parte frontal
Náusea e vômito
Diagnóstico
Pressão intracraniana < 60 mmg H²O
Ressonância com extravasamento de liquor na cabeça ou medula espinal
Epidemiologia / Etiologia
Baixa quantidade de liquor, pela pouca produção ou extravasamento
Mulheres na faixa dos 40 anos
Obstrução epidural
Tratamento
Tratamento conservador: Analgesia da dor e medidas de reposição do volume, como: hidratação oral ou venosa e ingestão de cafeína para elevar níveis pressóricos
Cirúrgico: Remoção do coagulo que promove a obstrução
Cefaleia Tensional
Pico de prevalência (30-40 anos)
Caracteriza-se por episódios isolados ou recorrentes
Dor de cabeça fraca ou moderada
Sensação de aperto ou pressão bilateral ou
holocraniana, ou predominando nas regiões frontal ou occipital.
Pode melhorar com a realização de atividades físicas
Características clínicas da cefaleia tensional
Localização bilateral
Caráter em pressão/aperto (não pulsátil)
Intensidade leve a moderada
Sem fotofobia e fonofobia
CEFALEIA EM SALVAS
trigêmino-autonômica
TRATAMENTO
Caso o paciente tenha utilizado algum medicamento vasoconstrictor,
o sumatriptano deve ser evitado
Analgésicos comuns e opioides são ineficazes
e não devem ser utilizados.
Feito com oxigenoterapia a 100% 1L/min, por 15 minutos, sumatriptana 6 mg SC, ou ergotaminicos 1 mg 2x/d
DIAGNÓSTICO
Baseia-se no padrão típico dos sintomas e na exclusão de patologia intracraniana
Outras síndromes de cefaleia primária unilateral com sintomas autonômicos, que às vezes são agrupadas com cefaleia em salvas como cefaleias autonômicas trigeminais, devem ser excluídas
Hemicrania paroxística crônica
Hemicrania contínua
Cefaleia neuralgiforme unilateral de curta duração com hiperemia conjuntival e lacrimejamento
PREVENÇÃO
Feita com verapamil, valproato de sódio, prednisona ou carbonato de lítio
Ataques de dor intensa de localização orbitária, supraorbitária e/ou temporal,
unilateral, com duração de 15 minutos a 3 horas. As crises têm uma frequência variável, podendo ocorrer uma
a cada dois dias ou até mesmo oito crises por dia, apresentando ritmicidade e ocorrência noturna
ETIOLOGIA
Uso de álcool
Uso de nitratos
Alterações no sono
SINTOMAS
Hiperemia conjutival
Lacrimejamento
Congestão nasal
Sudorese frontal e/ou facial
Rinorreia
Miose
Ptose
Edema palpebral
FISIOPATOLOGIA
Acredita-se que esta dor tenha sua origem no hipotálamo e que possa ser desencadeada por uso de álcool e
nitratos
NEUROLOGIA DO TRIGÊMEO
A neuralgia do trigêmeo caracteriza-se por crises de dor intensa que podem ser desencadeadas por estímulos
como mastigação, escovação, fala e outros.
As dores são de forte intensidade, descritas como em punhalada ou em choque elétrico com duração
de poucos segundos, mas repetitivas a curtíssimos intervalos de tempo.
Predomina no sexo feminino e habitualmente tem início após os
50 anos.
Cefaleia crônica diária
mais de 15 dias por mês
enxaqueca crônica
cefaleia tensional crônica
cefaleia de início súbito
cefaleia hemicraniana contínua
cefaleia em salvas crônica
epidemiologia
4 a 5% da população sofre com essa cefaleia, sendo a mais comum do tipo tensional crônica
Fatores de risco
uso excessivo de medicação
histórico de enxaqueca
depressão
sexo feminino
obesidade
ronco
fatores estressantes
Fisiopatologia
está relacionada a enxaqueca com anormalidades centrais e periféricas. Causa uma sensação chamado alodinia, quando um estímulo não doloroso é percebido como doloroso. Com isso a sensibilização central associada a estruturas dolorosas na cabeça aumenta
Manifestações clínicas
ocorrência diária
bilateral
não pulsátil
leve a moderada
associada a um desses sintomas: fotofobia, fonofobia, náuseas
Diagnóstico
essencialmente clínico
excluir cefaleias secundárias
RM e exames laboratoriais
punção lombar para avaliar pressão intracraniana
Tratamento
reduzir o número de medicação
tratar depressão ou ansiedade
internação hospitalar
Cefaleia relacionada aos seios da face
Rinossinusite
inflamação ou infecção da mucosa nasal e dos seios paranasais
os próprios seios são insensíveis, as estruturas dolorosas são: ductos, cornetos e óstios.
são dores frontais, na região da face, auriculares e na região dos dentes
Diagnóstico
exige estudos de imagem
RM
Tratamento
tratar a sinusite aguda
se não houver melhora, considerar uma enxaqueca ou cefaleia do tipo tensional
Prof. Andrea Amaral
- GP 03 - APG 25
- Denizard Saloni, Juliano Amoreli, Stephanne Maria, Laís Freitas, Júlia Sardinha, Thiago Muriel, Heloísa Damacena, Larissa Simões & Anna Beatryz