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:check:PORTUGUESES E HOLANDESES NA AMÉRICA :check: - Coggle Diagram

- - - - Os diversos povos indígenas do Brasil, contudo, não facilitaram o processo de colonização e iniciaram uma intensa resistência contra a presença dos portugueses e a escravização dos nativos. As vilas portuguesas eram constantemente atacadas e destruídas; os fortes eram cercados e impedidos de serem abastecidos com alimentos e suprimentos militares; colonos eram capturados e mortos; e eram constantes as fugas de escravizados, bem como as expedições indígenas de resgate.
    - - Com mais de 2 milhões de indivíduos, distribuídos em milhares de aldeias, os diversos povos que habitavam o Brasil no período da colonização portuguesa tinham entre si históricas relações de aliança ou de rivalidade.
        As rivalidades foram exploradas pelos portugueses, que ofereciam apoio a determinadas aldeias contra seus inimigos, buscando tirar proveito dos conflitos.
        Os Tupinambá, tradicionais inimigos dos Tupiniquim, estabeleceram alianças com os portugueses visando ao apoio destes no combate a seus rivais. Registros indicam que eles teriam, inclusive, auxiliado os portugueses na construção de vilas para receber novos colonizadores.
        Além dos pactos militares, era comum o casamento entre colonos portugueses e mulheres indígenas. Ao tornar-se parte de uma família indígena, os colonos conquistavam o respeito dos membros da aldeia e, assim, conseguiam impor com mais facilidade seus projetos políticos e econômicos.
- - - - Apesar de aparentemente atrativo, o sistema de capitanias hereditárias rapidamente entrou em colapso. Muitos donatários desistiram de suas terras antes mesmo de conhecê-las. Outros não conseguiram custear o empreendimento ou enfrentaram muitas dificuldades, como os ataques de indígenas e o pouco apoio oferecido pela Coroa.
        No final do século XVI, apenas 6 das 15 capitanias iniciais estavam em funcionamento: São Vicente, Pernambuco, Ilhéus, Espírito Santo, Bahia e Porto Seguro. Dessas apenas a de Pernambuco e a de São Vicente prosperaram, com o cultivo da cana e a produção do açúcar.
  - - - À medida que as vilas eram criadas, foi necessário à Metrópole criar instituições para garantir seu controle sobre as terras, além de pensar na organização político-administrativa da Colônia portuguesa no continente americano. Uma das principais estruturas locais do poder da Metrópole sobre a Colônia foram as Câmaras Municipais. Tratava-se de órgãos administrativos que tinham a função de lidar com as demandas cotidianas da vila e de seus moradores.
- - - - Em 1624, uma frota da Companhia das Índias Ocidentais, com 26 navios e mais de 3 mil soldados, tomou a cidade de Salvador, no atual estado da Bahia. Em resposta, o rei espanhol Filipe II armou uma frota com 56 navios, reconquistando o porto baiano em 1625. Cinco anos depois, os holandeses voltaram a atacar, mas o alvo dessa vez foi a região do atual estado de Pernambuco.
        A capitania portuguesa de Pernambuco era muito valiosa e conhecida dos comerciantes holandeses, que realizavam negócios com os mais de 130 engenhos de açúcar pernambucanos. Os colonos não conseguiram resistir ao ataque e se renderam.
        Entre 1630 e 1635, os soldados holandeses conquistaram um grande território, que hoje corresponde aos estados de Pernambuco, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, mais tarde estendido aos atuais Sergipe, Ceará e Maranhão, como se pode ver no mapa.
        Consolidada a conquista, a Companhia das Índias Ocidentais nomeou, em 1636, o conde João Maurício de Nassau-Siegen para administrar a Colônia, com a missão de torná-la lucrativa.