Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
A Economia das Cidades - Coggle Diagram
A Economia das Cidades
Capítulo 1: Cidades primeiro - desenvolvimento rural depois (Letícia)
Motivação do livro:
Por que algumas cidades crescem e outras se mantêm estagnadas?
Teoria do crescimento econômico das cidades
Tese:
Economias consideradas rurais, incluindo o trabalho agrícola tem sua origem na economia da cidade
Dogma da primazia da agricultura (teoria convencional):
Agricultura primeiro e cidade depois
Caçadores em pequenos grupos aprendem a domesticar grãos e criar animais
Excedente agrícola é o suposto argumento para criação de cidades
Modificação do argumento tradicional por Jacobs:
Cidades
Tradicionalmente são consideradas como entidades culturais primárias (ideia de civilização)
Para Jacobs elas também são entidades econômicas primárias
Cidades e produtividade agrícola:
Países mais urbanizados são os que possuem maior produção agrícola
Benefícios e tecnologias no campo a partir da urbanização
Máquinas
Fertilizantes
Equipamentos
Energia elétrica
Ex.: Japão
Substituição da importação de arroz e início da importação de outros produtos
Localização da inovação:
Fábricas no campo (sede física)
Inovação nas cidades (ponto de criação e controle)
Ex.: Revolução industrial acontece primeiro nas cidades e depois só no campo
Cidade de Nova Obsidiana:
Cidade imaginária no planalto da Anatólia, na Turquia (próxima, mas não colada ao vulcão)
Cidade que teria antecedido Çatal Hüyük
Origem de Nova Obsidiana:
9.000 a. C.
pessoas começam a fazer trocas de obsidiana em território adjacente a um assentamento de caçadores que passaram a integrar as trocas locais. (material de vidro preto produzido próximo a vulcões)
Material muito importante equivalente ao ferro - utilizado em instrumentos afiados pelos caçadores
8.500 a.C
Nova Obsidiana deveria ter aproximadamente 2.000 pessoas. Algumas ainda trabalham no entorno do vulcão e outras desenvolvem atividades especializadas de troca. A obsidiana passa a ser moeda de troca
Religião:
Inicialmente é descentralizada
Várias divindades tribais
Economia inicial:
Trocas com povos do entorno
Ex.: pigmentos, conchas
Formação das primeiras rotas de comércio
Baseada na exportação
Obsidiana
Depois exportação de produtos derivados da obsidiana
Serviços (mercado e troca)
Baseada na importação
Produtos diversos, alimentos
Depois desenvolvimento local de produtos antes exportados
Ex.: cestarias
Formação do território no entorno :
Territórios de caça no entorno
Se defendem da invasão dos intertícios comerciais
Permitem as rotas de comércio
Realizam trocas com a cidade
Local de descanso dos comerciantes nas rotas de comércio
Fontes e locais de água corrente
Se transformam em santuários
Arquitetura:
Edifícios inicialmente em madeira e adobe
Edifícios posteriormente em tijolo de barro
Alimentação:
Inicialmente
Animais vivos e sementes duras
Vinha dos territórios de caça e coleto do entorno e dos territórios de caça distantes
Armazenamento e gerenciamento por pessoas especializadas
Ainda não existia a domesticação de animais
Sementes armazenadas juntas
Posteriormente
Seleção de animais que possuíam vantagens
Ex.: porco (grande ninhada), cabra (chifres)
Cruzamento espontâneo de espécies de sementes
Reconhecimento do cruzamento
Comercialização e troca das semetes
Cultivo da carne e dos grãos dentro e no entorno da cidade
Substituição das importações
Crescimento da população e demanda por novos materiais industrializados
Demanda por novas importações para criação de novos trabalhos e riquezas
A nova cidade encontrada (Çatal Hüyük):
Escavação de James Mellaart começa em 1961
É mais desenvolvida que uma aldeia agrícola
Casas densas, milhares de habitantes e escadas no telhado
Trabalho especializado coma artesãos, comerciantes, fabricantes
Foram encontrados espelhos, tintas, tecidos, comidas domesticadas
Jacobs presume a cidade veio diretamente de caçadores por causa dos ofícios realizados e também da arte
Economia:
Criativa
Sempre um tipo de diferente de trabalho é acrescentado após o outro
Rede de cidades
Economia não cresce apenas comercializando com o meio rural
Como a agricultura pode ter se tornado uma atividade rural:
Agricultura nas cidades era apenas uma parte da economia
O mundo rural era mais pautado na caça e na coleta
Pecuária ocupava muito espaço
Transferência para o entorno da cidade e depois para mais longe para não atrapalhar as rotas de comércio
Passaram a existir dois tipos de aldeias rurais
Aldeia de caçadores
Aldeia de pastores
Aldeia agrícola
Atividade espacializada
"Company Town"
Melhorias da cidade transportadas par aldeia
Quando a cidade declina fica órfão, criando gruo de pastores
Subtração de trabalho das economias rurais:
Economias da cidade criam novos tipos de trabalho para o mundo rural e o reinventam
Subtraem também trabalho quando deixam de importar produtos do campo
Eliminam um trabalho e criam novo, transplantando para a cidade
Ex.: reinvenção do campo para veranistas, ou substituição de produtos naturais por sintéticos
Críticas ao dogma da primazia da agricultura:
Hoje vários antropólogos já não concordam com essa afirmação
Existem diversas evidências de caçadores sedentários
Cidades não precisam de excedentes de alimentos para surgir e crescerem, porque inclusive cidades crescem com fome endêmica
Exemplo de como os papeis podem se inverter:
grandes estruturas de eletricidade ficam no campo. Se encontrassem a cidade daqui a muitos anos explicariam assim - "primeiro, havia pessoas do campo que não tinham eletricidade, mas com o tempo a desenvolveram e acabaram produzindo um excedente; então as cidades eram possíveis".
Relação com Adam Smith e Marx:
Smith em sua teoria ele constatou que os locais onde a cidade se desenvolvia a agricultura acompanhava
Ambos não questionaram o dogma
Capítulo 4: Como as cidades começam a crescer
Características gerais sobre a economia das cidades
Adição de trabalho novo sobre o velho desenvolvimento
Diversificação
Divisão do trabalho
Trabalho novo ≠ repetir a produção e bens já existentes
Novos problemas a serem resolvidos com a diversificação
Sem adição de trabalho novo = estagnação
Exemplo: Detroit
The Reciprocating System (o sistema de reciprocidade)
Produtos de exportação e outros bens produzidos localmente se articulam para crescerem mutuamente.
Industrias de exportação e industrias que as suprem (secundárias e primárias).
Analogia com os órgãos do corpo animal (coração-sangue-pulmão-sangue): sistemas autossustentáveis são de reciprocidade.
Esse sistema funciona nas cidades quanto mais a sua economia cresce, se diversifica e se torna complexa.
Exemplos: Birmingahm e Çatal Hüyük.
(Analogia animal) “epigenesis”: a cidade cresce pela diversificação gradual e diferenciação da economia, a partir a exportação e dos fornecedores para esse trabalho.
Depot Cities (cidades depósitos)
Cidades que se originam como centros de comércio/ troca e “depósitos”, onde mercadores convenientemente se estabelecem e realizam seus negócios
Cidades portuárias ou em um importante um ponto de intersecção de rotas comerciais.
Desmitifica que as cidades “depósitos” também geram exportação.
Exemplo: origem de Veneza (processamento de sal), Londres (processamento de comida) e Paris (manufatura de vinho).
Cidades "depósitos" ---> manufatureiras (Pittsburgh, Osaka, Chicago e outras mais antigas): produtos suplementares para efetivação da trocas comerciais.
Cidades medievais: artesãos ---> comerciantes de seus produtos: especialização, diversificação, expansão de mercado - desenvolvimento das suas cidades.
bens e serviços locais que permanecem locais; exportações iniciais; e bens e serviços locais se tornam exportações (exemplos: Los Angeles e Tóquio).
The Export-Multiplier Effect (o efeito exportador-multiplicador)
O crescimento de trabalho tem que se dar fora das organizações de exportação e sim em estabelecimentos locais (diversificação de trabalho),
isto é, mesmo que o crescimento colateral que se origine numa determinada
Consequências do crescimento atendidas pela diversidade local (matérias, produção, serviços, etc.).
liberdade, independência e contra oligopólios e monopólios.
Specious “Causes” of City Growth (“Causas” ilusórias do crescimento da cidade)
Causas “contraditórias” para o crescimento de algumas cidades
Estar "bem localizadas" geograficamente: Nova Iorque, com relação a Nova Jersey.
Ser capital: Paris era apenas local de "residência real" e centro de cultura e educacional;
Ser capital: Berlim nem era a capital até se tornar a maior e economicamente a mais diversificada cidade comercial e industrial da Prússia.
Cidades escolhidas/ criadas arbitrariamente pelas autoridades para serem capitais se desenvolveriam economicamente apenas por esse motivo: Washington, Ottawa, Haia, Nova Delhi, Camberra e Brasília.
Capítulo 2: Como novos trabalhos começam
Como um tipo de trabalho leva a outro
Exemplos de inovação:
A lingerie foi inventada no início da década de 1920, em Nova Iorque, por uma costureira.
Nem sempre é o criador dos novos bens ou serviço que preside à sua produção
exemplo, União soviética desenvolveu uma mão robotizada para pessoas deficientes. um laboratório do programa espacial da União soviética incorporou a tecnologia à produção de equipamentos de rádios
O novo trabalho é acrescentado primeiro ao trabalho mais antigo, e depois por vezes às suas novas divisões de trabalho são adicionados a outras variedades apropriadas de trabalhos mais antigos
Exemplo: Em 1902, em Minnesota, havia uma empresa que comercializava areia abrasiva que por meio de inovações gerou muitos outros produtos
A lógica de acrescentar novo trabalho ao antigo
Dois caminhos diferentes: as ideias sugeridas pelos materiais ou competências já utilizados; e os que resultam de problemas particulares no decurso dos trabalhos
Exemplo: Em São Francisco, uma pequena fábrica que produzia alimentados processados não conseguiu obter financiamento de um equipamento que precisava para expandir sua produção
Assim, surgiu um ramo no mercado que não existia: locação de equipamentos
a lógica em ação não é a lógica de clientes do trabalho anterior. Os novos bens e serviços que estão a ser acrescentados pode ser irrelevante para o que os clientes do trabalho mais antigo
Exemplo, A empresa que produzia areia abrasiva comercializava para clientes metalúrgicos; e outros produtos, como lixa, a outros clientes
Em alguns contextos surgem categorias específicas de trabalho. Em zonas de cidades e guildas
Exemplo: "serviços locais", "comércio retalhista distrital", "indústria de roupa interior"
Quando se acrescenta um novo trabalho a um trabalho mais antigo, a adição muitas vezes, atravessa impiedosamente categorias de trabalho
E onde quer que seja forçado a permanecer dentro de categorias pré-estabelecidas, o processo de adicionar novo trabalho ao antigo ocorre pouco ou mesmo nada.
Acrescentar trabalho copiado
As inovações são o tipo mais importante de bens e serviços acrescentados a trabalho mais antigo. Mas a imitação é um atalho. Raramente requer tanta tentativa e erro como as inovações.
O trabalho de conserto de coisas é frequentemente o trabalho mais antigo para o qual o trabalho mais novo de produção das mesmas coisas é acrescentado
Exemplo: produção de bicicletas no Japão
Exemplo: empresa Ford
A venda a retalho é outra forma comum de trabalho parental para fabricação e imitação. No início o vendedor simplesmente vende o produto, depois faz e vende o produto.
Exemplo: a indústria de conservas de frutas da Califórnia começou desta forma quando um retalhista de São Francisco de frutas conservadas passou a conservar frutas da Califórnia para venda local.
Breakaway: Uma vez criados bens ou serviços ou imitados pela primeira vez num determinado local, ainda mais atalhos podem ser frequentemente utilizados por imitadores subsequentes
As pessoas que aprendem o trabalho - ou um fragmento dele - numa organização existente podem deixar essa organização e reproduzir o trabalho no seu próprios
O rompimento pode ser uma imitação direta do trabalho realizado na organização-mãe, ou uma imitação exata de um fragmento desse trabalho. Mas os separatistas incorporam frequentemente uma variação do trabalho mais antigo.
Exemplo: As revistas American Heritage e a Scientific American são ambas publicadas por pessoas que se separaram da Time.
Conservar o trabalho antigo, acrescentando o novo
Os produtos e artes antigos são frequentemente retidos e colocados a novas utilizações na vida econômica após novos trabalhos os tornarem obsoletos
Exemplo: Os Estados Unidos provavelmente tem mais veleiros do que tinha na "era da vela", embora a sua finalidade mudou
Colocar bens e serviços antigos para novos usos, ou para os empregar em novas combinações de trabalho em vez de os descartar, pode ser uma tendência "conservadora" ou uma aplicação "atrasada" de novas técnicas a bens e serviços
Exemplo: O fonógrafo quase entra em extinção com o surgimento do rádio, posteriormente é utilizado na radiodifusão. Assim foi conservado
Exemplo: Quimono no Japão não foi extinto, incorporou novos significados na modernidade
Exemplo: em Çatal Hüyük, as pessoas combinavam as novas roupas tecidas com as versões sofisticadas das antigas vestuário de couro animal, e bugigangas de cobre com bugigangas de pedras e conchas
A tendência para conservar os bens e serviços antigos é tipicamente ausentes em economias estagnadas
Exemplo: Quando as redes de pesca de nylon chegam a uma aldeia do sudeste asiático, a antiga fabricação da rede é abandonada
A Infertilidade das divisões de trabalho em Cativeiro
Nem todo consumidor vai ser somente consumidor, ele pode ser consumidor e produtor. Muitos clientes de bens e serviços são outros produtores
Exemplo: Os clientes da areia abrasiva eram produtores de metal de peças fundidas.
Numa grande organização, quase todas as divisões do trabalho, não importa quantas existam, devem ser necessariamente estéril a este respeito
Os vários bens e serviços que poderiam ser logicamente adicionados a eles não são lógicos para o cliente em questão.
Caso contrário, ocorreria o processo de colmeia. Cada um estaria a crescer ao seu próprio ritmo, sem qualquer relação com a escala de produção de qualquer outro departamento.
A organização seria uma desorganização, um pacote de contradições e objetivos cruzados, relacionados uns com os outros apenas pelo laços anacrónicos sem propósito
Exemplo: as universidades recebem recursos de agentes privados para desenvolver tarefas. Isso pode reduzir a autoridade do reitor e comprometer o funcionamento dela mesma.
O período em que uma organização é mais fértil em acrescentar novos trabalhos é ainda quando pequena; depois disso, o crescimento é em volume do trabalho já acrescentado.
Trabalho de adição e divisão
Os povos antigos compreendiam a vida econômica em relação a acrescentar novos bens e serviços. Mas lógica era mágica. Acreditavam que as atividades eram dadas por deuses
Os romanos compreenderam, evidentemente, uma parte do processo D + A → nD. Eles sabiam que as novas atividades econômicas aumentam com as atividades mais antigas.
A divisão do trabalho, por si só, não cria nada. É apenas uma forma de organização que já foi criada. A divisão do trabalho é um dispositivo para alcançar o funcionamento e eficiência.
Todos os outros aumentos de eficiência, uma vez que o trabalho existente tenha sido convenientemente divididas em tarefas, dependem da adição de novas atividades.
A divisão do trabalho prepara o caminho, fornece as bases de apoio especiais, acrescenta novos bens e serviços à vida econômica. Pode ser uma fonte de novo trabalho
Introdução
Os nossos antepassados remotos expandiram suas economias
acrescentando novos tipos de trabalho. Nós também
As economias inovadoras expandem-se e desenvolvem-se. Economias que não acrescentam novos tipos de bens e serviços, mas continuam apenas a repetir trabalhos antigos, não se expandem
Exemplificando com Obsidiana, entende-se que a prática de criar animais surgiu de trabalhos mais antigos que estavam relacionados com a gestão de animais selvagens.
Este processo é essencial para compreender as cidades porque as cidades são
locais onde a adição de novos trabalhos a trabalhos mais antigos prossegue vigorosamente.
Como adicionar novas divisões de trabalho multiplica as divisões de trabalho
Quando novos bens ou serviços são acrescentados a trabalhos mais antigos, não são acrescentados a toda a obra mais antiga
Exemplo: lingerie como fragmento da costura
Quando um novo trabalho é acrescentado a um trabalho mais antigo, é necessário mais
tarefas na sua própria causa
D + A → nD
O primeiro D representa a divisão do trabalho existente. O A acrescentado a ele é a nova atividade de produção.
O nD resultante representa um número indeterminado de novas divisões de trabalho
Quanto maior for o número e variedade de divisões do trabalho já alcançadas numa economia, maior será a capacidade inerente da economia para acrescentar ainda mais tipos de bens e
serviços