Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Embriologia do sistema nervoso, Aluna: Emmanuela Niemaier de Moura -…
Embriologia do sistema nervoso
Esse processo é denominado de neurulação
O sistema nervoso começa a sua formação a partir da quarta semana de vida, formando o tubo neural.
As células localizadas no ectoderma, sobre o notocorda, se espessam (caracterizando o neuroectoderma – origem do sistema nervoso).
Esse espessamento forma no ectoderma uma estrutura denominada de placa neural (que formará no desenvolvimento cerca de 100 bilhões de neurônios).
Posteriormente, a placa neural sofre uma invaginação, o sulco neural.
Com o desenvolvimento o sulco neural se transforma na goteira neural, com duas cristas neurais presas.
Ao final da terceira semana de vida a goteira neural se desprende do ectoderma, formando o tubo neural e, nas regiões laterais do tubo neural são formadas as cristas neurais.
A neurulação é o evento-chave no desenvolvimento do sistema nervoso. Ele acontece quando a medula espinha primitiva (notocorda) envia um sinal aos tecidos que a recobre para que se torne mais espesso, formando a placa neural. Esta invagina-se criando assim o sulco neural. As pregas dentro dele funde-se e fecham para formar o tubo neural. Parte do tecido das pregas é bloqueado para originar a crista neural, futuro sistema nervoso periférico.
Tubo neural
Apresenta uma luz em seu interior, o canal neural.
Suas extremidades são abertas, denominadas de neuróporo rostral e neuróporo caudal.
Ocorre depois de poucos dias o fechamento dos neuróporos (junto ao estabelecimento da circulação sanguínea para o tubo neural).
As paredes do tubo neural ao redor do canal neural se espessam, formando: duas lâminas alares (localizadas póstero-lateralmente); duas lâminas basais (localizadas ântero-lateralmente), separadas pelo sulco limitante; uma lâmina do teto (em locais específicos originará as células ependimárias); e uma lâmina do soalho.
O tubo neural dará origem a toda parte central do sistema nervoso (encéfalo e medula espinal).
Cristas neurais
São contínuas no sentido crânio-caudal do embrião.
Dividem-se rapidamente formando a parte periférica do sistema nervoso.
Dilatações do tubo neural
É extremamente importante nesse momento conservar a idéia do tubo neural, contendo uma luz (canal neural).
Dilatações ocorrem no tubo, consequentemente dilatando a luz naquela região.
As dilatações da luz do tubo neural constituirão os ventrículos encefálicos.
Prosencéfalo
Do grego pro – antes, enkepalos – encéfalo: vesícula primordial que se dividirá em telencéfalo e diencéfalo.
Mesencéfalo: Do grego mesos – meio, enkepalos – encéfalo: vesícula primordial que pouco se diferencia, constituindo posteriormente o próprio mesencéfalo do tronco encefálico.
Rombencéfalo: Do grego rhombos – obtuso, enkepalos – encéfalo: a vesícula rombencefálica se diferencia posteriormente em metencéfalo e mieloencéfalo.
Metencéfalo
O metencéfalo originará a ponte e o cerebelo;
Enquanto que o mieloencéfalo origina o bulbo.
A luz do tubo neural localizada no prosencéfalo dilata-se formando, no telencéfalo, os ventrículos laterais e no diencéfalo o IIIº ventrículo.
No mesencéfalo a luz do tubo neural se estreita formando o aqueduto do mesencéfalo (comunicação entre o IIIº ventrículo e IVº ventrículo).
No rombencéfalo a dilatação da luz do tubo neural forma o IVº ventrículo.
A formação do cérebro humano a partir de um pequeno grupo de células, é um processo extraordinário que leva muitos anos para atingir o potencial pleno em termos de habilidades sensoriais, motoras e intelectuais. Embora seu decurso não seja regular, segue uma sequência bastante previsível.
Da concepção ao nascimento:
Nos dias seguintes à concepção o embrião é só um minusculo aglomerado de células (morula). O desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso como um todo começa em 3 semanas, com a diferenciação celular que forma a placa neural ao longo do dorso do embrião; esta se amplia e sofre uma invaginação dando origem ao tubo neural, cujo a cavidade interna é cheia de liquido amniótico, que se tornará o encéfalo e a medula espinhal. O primeiro começa a se desenvolver em 4 semanas como um diminuto bulbo na extremidade superior do tubo neural; a segunda é formada pela parte inferior do tubo. As principais partes cerebrais - córtex incluído - são visíveis em 7 semanas a partir de então o cérebro começará a crescer e se desenvolver.
Vídeo formação do sistema nervoso:
https://youtu.be/swD1bEKCeVo
Desenvolvimento da medula espinhal:
No terceiro mês de desenvolvimento, a medula abrange toda a extensão do embrião e os nervos raquidianos atravessam os buracos intervertebrais no seu nível de origem. No entanto, com o crescimento do embrião, verifica-se que a coluna vertebral e a dura máter crescem a um ritmo mais acelerado que o tubo neural e a extremidade terminal da medula espinhal desloca-se progressivamente para um nível mais cranial (ao nascimento a sua extremidade situa-se ao nível da terceira vértebra lombar). Devido ao crescimento desproporcional, os nervos raquidianos dirigem-se obliquamente do seu segmento de origem na medula espinhal para o nível correspondente da coluna vertebral. A dura máter permanece fixa à coluna vertebral a nível coccígeo. Em adultos a medula espinhal termina ao nível de L2/L3, enquanto a dura máter e o espaço sub-aracnoideu se estendem até S2. Abaixo de L2 e L3 uma extensão filiforme da pia máter forma o filamento terminal que se fixa ao periósteo da primeira vértebra coccígea e que marca o tracto de regressão da medula espinhal. As fibras nervosas abaixo da extremidade terminal da medula espinhal constituem colectivamente a cauda de cavalo ou cauda equina (uma punção lombar é feita a um nível lombar inferior evitando assim a extremidade inferior da medula espinhal).
Aluna: Emmanuela Niemaier de Moura