TIREÓIDE E PARATIREÓIDE
- 4 pequenas glândulas endócrinas;
- possuem coloração amarelada;
- localizam-se mais comumente na face posterior da tireoide, nos polos superiores e inferiores da glândula;
- cada uma é envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo, dessas cápsulas partem trabéculas para o interior da glândula que são contínuas com as fibras reticulares que sustentam os grupos de células secretoras;
- o PARÊNQUIMA da paratireoide é formado por células epiteliais dispostas em cordões.
Características da Paratireoide
- Principais: predominantes e menores, de forma poligonal, tem núcleo vesiculoso e citoplasma fracamente acidófilo. São secretoras do hormônio das paratireoides, o PARATORMÔNIO.
- Oxífilas: aparecem por volta dos 7 anos de idade e, a partir daí, aumentam progressivamente. São poligonais, porém maiores e seu citoplasma contém muitos grânulos acidófilos .
Células da Paratireoide
- O paratormônio (PTH), também conhecido como hormônio da paratireóide, é definido como um hormônio polipeptídico secretado pelas paratireóides, que liga-se a receptores de membrana em células-alvo (nos ossos, rins e intestino) e atua estimulando a captação de cálcio para o meio extracelular, aumentando a concentração sérica de cálcio e diminuindo a de fosfato. Além de exercer essa função, o PTH regula, nos rins, uma enorme gama de funções na célula epitelial, incluindo a ativação de uma enzima envolvida na síntese de calcitriol (forma ativa da vitamina D encontrada no corpo), a expressão de receptores de vitamina D e o transporte iônico de cálcio, fosfato e outros íons.
- A secreção desse hormônio ocorre em resposta à hipocalcemia e é inibido pela hipercalcemia, como um dos mecanismos mais importantes de controle homeostático rápido para os níveis de cálcio no organismo.
Paratormônio
(PTH)
- RIM: 25(OH)D3 para 1,25(OH)²D3 -> reabsorção de cálcio e excreção de fosfato.
- INTESTINO: aumenta 1,25(OH)²D3 -> aumenta absorção de cálcio e fosfato.
- OSSOS: aumenta reabsorção de cálcio -> aumento de calcemia / acelera a remodelação óssea.
Efeitos do PTH
Fisiologia tireoide
Principais secreções:
Sintese e secreção de T3 e T4
Dois hormônios principais, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3
- Retenção de iodeto – as células foliculares retêm íons iodeto I- da circulação, transportandoos ativamente do sangue para o citosol. A glândula tireoide contém a maioria do iodeto corporal.
- Síntese de tireoglobulina – enquanto retêm I=, as células foliculares também sintetizam tireoglobulina (TGB) – uma glicoproteína produzida no retículo endoplasmático rugoso, modificada no complexo de Golgi e armazenada em vesículas secretoras. Ao sofrer exocitose, as vesículas liberam TGB para o lúmen do folículo.
- Oxidação do Iodeto – parte dos aminoácidos na TGB consiste em tirosinas que serão iodadas. Os íons I= não conseguem se ligar a tirosina, até que sofram oxidação – remoção dos elétrons – para se tornarem Iodo I2.
- Iodação da tirosina – as moléculas de iodo associadas se agregam a TGB, esse novo material viscoso se acumula, é armazenado no lúmen do folículo da tireoide, esse material é chamado de coloide.
- Acoplamento T1 e T2 – durante a última etapa de síntese dos hormônios duas moléculas de T2 se juntam para formar uma T4 e uma T1 se junta com uma T2 para formar uma T3.
- Pinocitose e digestão – gotículas de coloide penetram novamente nas células foliculares e se juntam aos lisossomos. As enzimas desses últimos degradam a TGB separando as moléculas de T3 e T4 acopladas a elas.
- Secreção de hormônios da tireoide – T3 e T4 são lipossolúveis, portanto, se difundem da membrana plasmática para o líquido intersticial e, em seguida, para o sangue. T4 é secretada em maior quantidade, porém a T3 é mais potente. Além disso, quando a T4 entra no corpo celular, ela é convertida em T3 pela remoção de iodo.
- Transporte no sangue – T3 e T4 se combinam a proteínas transportadoras no sangue, principalmente à globulina transportadora de tiroxina (TBG).
Ações dos hormônios
- Aumentam a taxa metabólica basal (TMB), ou seja, o consumo de oxigênio em condições basais ou padrão, nesse caso, há o aumento do uso do oxigênio para uso celular na produção de ATP. Quando há o aumento da TMB, o metabolismo celular de carboidratos, lipídios e proteínas se torna mais intenso.
- Estimula a síntese de bombas de sódio e potássio (Na+ /K+ ATPase), que consomem ATP frequentemente no transporte ativo de íons. Com a produção e utilização de ATP, mais calor é liberado e a temperatura corporal sobe – efeito calorigênico. Dessa forma, há a manutenção da temperatura corporal.
- Estimulam a síntese proteica e aumentam o uso da glicose e ácidos graxos para a produção de ATP. Intensificam a lipólise e a excreção de colesterol, reduzindo, desse modo, o nível do colesterol sanguíneo.
- Os hormônios da tireóide intensificam algumas ações das catecolaminas – norepinefrina e epinefrina, pois promovem a suprarregulação dos receptores beta B. Por essa razão, os sinais/sintomas do hipertireoidismo incluem frequência cardíaca aumentada, batimentos cardíacos mais fortes e pressão arterial elevada.
- Em associação com o hormônio do crescimento e a insulina, acelera o crescimento corporal – principalmente sistema nervoso e esquelético. A deficiência de hormônios da tireoide durante o desenvolvimento fetal ou infância causa grave retardo mental e restrição do crescimento ósseo
Controle da secreção hormonal: O hormônio liberador de tireotrofina (TRH) do hipotálamo e o hormônio tireoestimulante (TSH) da adeno-hipófise estimulam a síntese e a liberação dos hormônios da tireoide.
- Níveis reduzidos de T3 e T4 ou taxa metabólica baixa estimulam o hipotálamo a secretar TRH;
- O TRH entra nas vias porto-hipofisárias e flui para a adeno-hipófise, onde estimula os tireotrofos a secretar TSH.
- O TSH estimula praticamente todos os aspectos da atividade celular dos folículos da tireoide, como: captação do iodeto, síntese e secreção de hormônio e crescimento das células foliculares.
- As células foliculares da tireoide liberam T3 e T4 no sangue até que a taxa metabólica volte ao normal.
- O nível elevado de T3 inibe a liberação de TRH e TSH (inibição por feedback negativo).
Calcitonina
Células parafoliculares – produzem o hormônio calcitonina (CT), a CT diminui o nível sanguíneo de cálcio por meio da inibição da ação dos osteoclastos – células que degradam a matriz celular óssea. A sua secreção é controlada por um sistema de feedback negativo.
Quando o nível de CT está elevado há a queda da concentração sanguínea de cálcio e fosfatos, com inibição de reabsorção óssea (degradação da matriz óssea extracelular) pelos osteoclastos e aceleração da captação de cálcio e fosfatos na matriz óssea extracelular.
A miacalcina, um extrato de calcitonina derivado do salmão que é 10 vezes mais potente que a calcitonina humana, é prescrita no tratamento da osteoporose.
Fisiologia paratireoide
Paratormônios
Principal regulador dos níveis de Ca2+, Mg2+ , (HPO4) =2 (fosfato), no sangue. A sua ação específica é aumentar a quantidade e a atividade de osteoclastos e o resultado é reabsorção óssea acentuada, liberando Ca2+, (HPO4) +2 no sangue..
O PTH também atua nos rins:
- Retarda a perda de Ca2+ e Mg2+;
- Acentua a perda de (HPO4) 2+ do sangue para a urina – Uma vez que mais (HPO4) +2 é perdido na urina do que ganha dos ossos, o PTH diminui o nível sanguíneo do (HPO4) +2 e eleva os níveis sanguíneos de Ca2+ .
- Colabora para a formação do hormônio Calcitriol – esse hormônio consiste na forma ativa da vitamina D. Conhecido também como 1,25- di-hidroxivitamina D3, aumenta a taxa de absorção sanguínea de Ca2+, (HPO4) +2 e Mg2+ no sistema digestório
Controle da Secreção da Calcitonina e
Paratormônio
- O nível elevado de cálcio estimula as células parafoliculares da glândula tireoide a liberarem mais calcitonina;
- A calcitonina inibe a atividade dos osteoclastos, diminuindo, dessa forma, o nível sanguíneo Ca2+;
- O nível sanguíneo de íons cálcio Ca2+ abaixo do normal estimula as células principais da glândula paratireoide a liberarem mais PTH;
- O PTH promove a reabsorção da matriz óssea extracelular, o que libera Ca2+ no sangue e retarda a perda de Ca2+ na urina, elevando o nível de Ca2+ no sangue. Em relação à regulação do nível de Ca2+ na circulação sanguínea, a calcitonina e o PTH são antagonistas;
- O PTH também estimula os rins a sintetizarem o calcitriol, que consiste na forma ativa da vitamina D;
- O calcitriol estimula a absorção de Ca2+dos alimentos no sistema digestório, aumentando a concentração do íon
APG 17 - Erro ou acidente?
Grupo: Acsa Abi, Álex de Mattos, Victor Dante, Gabryella Naves, Gustavo Lucietti, Alexander Sales, Halana Frota
Metabolismo do Cálcio
O metabolismo do cálcio é o resultado da interação entre três fatores:
- a absorção deste elemento a partir da alimentação;
- sua eliminação junto à urina e fezes;
- captação / liberação óssea do mesmo.
Entremeando estas atividades do organismo estão alguns hormônios, os quais são fundamentais para uma regulação precisa e saudável.
Tal regulação se faz necessária diante da enorme importância que o cálcio possui na fisiologia das células, principalmente musculares e nervosas, na coagulação sanguínea e na composição dos dentes e ossos.
98,9% do cálcio no corpo humano está localizado nos dentes e ossos, 1% está no interior das células e 0,1% está presente no sangue e nos demais líquidos extracelulares.
A absorção e a excreção intestinal do cálcio
A quantidade média de ingestão de cálcio através dos alimentos é de cerca de 1000 mg/dia, o que equivale à quantidade presente em um litro de leite. No entanto, com o auxílio da vitamina D, apenas 35% desse valor é absorvido, pois os intestinos têm dificuldade de absorver a forma iônica do Cálcio (Ca++). Além disso, uma média diária de 250 mg são perdidos com a secreção de sucos digestórios e a descamação de células da mucosa intestinal. Estes serão excretados nas fezes junto com os 65% não absorvidos, totalizando cerca de 900 mg/dia.
A vitamina D atua na mucosa intestinal estimulando a formação de uma proteína ligante do cálcio, a qual facilita a difusão deste elemento para a circulação sanguínea.
A excreção renal do cálcio
Aproximadamente 100 mg do cálcio ingerido diariamente é excretado pela urina. Esta excreção é realizada de acordo com a concentração do íon Ca++ no sangue – quando ela está baixa, a filtração dos rins até a bexiga é maior, e vice-versa. Não por coincidência, 100 mg é o saldo positivo da absorção de Cálcio pelos intestinos, configurando uma relação de equilíbrio entre a ingesta e a saída do elemento pelo organismo.
O PTH (paratormônio), hormônio secretado pelas glândulas paratireóides, afeta diretamente o processo de excreção renal de cálcio, pois aumenta a reabsorção nos túbulos renais após a primeira filtragem. Não fosse o efeito do PTH sobre os rins, a perda contínua de Cálcio na urina provocaria grande queda nos níveis sanguíneos e, em seqüência, também nos ossos.
As glândulas paratireóides, localizadas na face posterior da glândula tireóide, na região do pescoço, respondem a alterações mínimas na concentração de cálcio iônico no sangue. É a partir dessas variações que é aumentada ou diminuída a secreção de PTH no sangue.
Embriologia
A absorção e a liberação de cálcio pelos ossos
A glândula tireoide é a primeira glândula endócrina a aparecer no desenvolvimento embrionário humano;
Os ossos são compostos por uma matriz orgânica resistente que é fortalecida por depósitos de sais de cálcio. Os sais cristalinos depositados nessa matriz compõe-se basicamente de cálcio e fosfato, um composto mineral de fósforo e oxigênio (PO4).
O intercâmbio de cálcio entre o osso e o líquido extracelular deve-se à presença de um tipo de cálcio intercambiável na composição óssea, que sempre está em equilíbrio com os íons cálcio presentes no sangue e nos demais líquidos extracelulares. Esse cálcio é depositado nos ossos em forma de sal prontamente mobilizável. Mais do que útil, esta possibilidade de intercâmbio é uma necessidade do organismo, pois permite que essas reservas aumentem ou diminuam de acordo com a necessidade do organismo, sem colocar em risco as funções fisiológicas das células, em especial as neuronais e as musculares.
A calcitonina é um hormônio secretado pela glândula tireóide que tende a diminuir a concentração de cálcio no sangue e costuma ter efeitos inversos ao do PTH. A elevação da concentração do cálcio iônico no sangue é o principal estímulo para a secreção de calcitonina. Seu efeito se dá imediatamente a partir da redução das atividades absortivas dos osteoclastos, favorecendo a deposição de cálcio em vez da sua absorção. Subsidiariamente, a calcitonina ocasiona a diminuição da formação de novos osteoclastos e o aumento da atividade de osteoblastos, o que vem a somar neste processo de redução de cálcio no sangue.
A formação se inicia a partir de um espessamento no soalho da faringe primitiva, cerca de 24 dias após a fertilização (apêndice 1); A projeção caudal desse espessamento é chamado de divertículo da tireoide:
Com o crescimento do embrião e da língua, a tireoide desce para o pescoço, passando anteriormente ou posteriormente ao osso hióide, o qual funde seus ramos laterais na linha mediana após a passagem do ducto tireoglosso, de His ou de Bochdalek, liga a tireoide à língua (apêndice 2);
A abertura deste ducto na língua é chamado Foramen Cecum, que é uma depressão situada na face dorsal da língua do adulto, no ângulo formado pelas papilas circunvaladas.
Nesta descida da tireoide, há um contato inicial com os primórdios do coração e por isso, durante a evolução pode continuar descendo e localizar-se mais inferiormente que o normal, quando é chamada de tireoide intra-torácica.
do contrario, quando não ocorre a descida da tireoide acontece a localização supra-hioídea ou lingual
O esboço da tireoide é único e mediano e resulta da proliferação das células de revestimento dessa parte do aparelho digestivo primitivo
O divertículo da tireoide é oco, apenas mais tarde fica sólido e divide em dois lobos unidos por um istmo, localizado anteriormente ao segundo e terceiro anel traqueal em formação
Com sete semanas de desenvolvimento do embrião, a tireoide já alcançou a localização final no pescoço e seu ducto tireoglosso já desapareceu
Há prolongamento superior do istmo que está presente em 50% das pessoas, chamado de lobo piramidal, pirâmide de Morgani ou pirâmide de Laloutte, que representa a persistência da parte inferior do ducto tireogloso
principais erros médicos relacionados a ética médica
1, Nêgligencia
2,imprudência
3.impericia
falta de cuidado ou desleixo proposital em determinada situação
falta de reflexão ou precipitação em tomar atitudes diferentes daquelas aprendidas ou esperadas
falta de conhecimento ou habilidade especifica para o desenvolvimento de uma atividade especifica
- É localizada na região anterior do pescoço, posteriormente aos músculos esterno-tiroideu e esterno-hioideu, ao nível das vértebras C5 e T1, pesando cerca de 15-30g.
- É dividida em 2 lobos direito e esquerdo que são unidos por uma porção central o istmo.
- 40% das pessoas possuem um 3° lobo, chamado PIRAMIDAL.
- No seu polo posterior se encontra as glândulas paratireoides ( 2 superiores e 2 inferiores).
- As paratireoides produzem o hormônio PTH, que regula o metabolismo do cálcio corpóreo junto com o hormônio produzido pela tireóide que é a calcitonina.
Anatomia
- É irrigada pela artéria tiroidiana inferior que é um ramo da artéria subclávia.
- No polo superior é irrigado pela artéria tiroidiana superior, que é o ramo da carótida externa.
- Distribui seus hormônios através da veia tiroidiana inferior, que drena o polo inferior e médio para o brônquio cefálico
- E é a veia tiroidiana superior que drena o polo superior para a veia jugular interna.
Vascularização
Histologia
- reservatórios irregulares e arredondados de diferentes tamanhos preenchido com colóide e revestidos por células foliculares células parafoliculares ou células C, agrupadas no espaço interfolicular.
TIREOIDE
cada paratireoide é envolvida por uma capsula de tecido conjuntivo, onde partem trabéculas para o interior da glândula; o parenquima das paratireoides é formado por dois tipos de células: as principais e as oxífilas.
- principais: responsaveis pela síntese de paratôrmonio;
- oxífilas: correspondem a uma fase inativa das células principais.
PARATIREOIDE