O momento assistencial pode (e deve) fugir de uma objetivação "dessubjetivadora", quer dizer, de uma interação tão obcecada pelo "objeto de intervenção" que deixe de perceber e aproveitar as trocas mais amplas que ali se realizam. Com efeito, a interação terapêutica apóia-se na tecnologia, mas não se limita a ela. ...O importante para a humanização é justamente "a permeabilidade do técnico ao não técnico", a mútua fecundação entre essas dimensões interligadas é que torna possível caminhar para um plano de maior autenticidade e efetividade nas ações de saúde. Humanizar, além das suas implicações para a formulação das políticas de saúde, para a gestão dos serviços, para a formação e supervisão técnica e ética dos profissionais, significa também transformar as ações assistenciais propriamente ditas.