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5.2 PEB Segundo Reinado - Coggle Diagram
5.2 PEB Segundo Reinado
Relações
com Europa
Comércio
Aumento na participação de França e Alemanha, queda do UK (Tarifas Alves Branco, fim dos Tratados Desiguais)
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Exportações
Tabaco, cacau, couro e madeira (menos relevantes)
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Inglaterra
Finanças: UK é o principal credor para o Brasil, intensificação entre 1865-85 (ferrovias, telégrafos)
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Questão
Christie
(1863)
Contexto: distanciamento político, econômico e jurídico (tráfico de escravos, fim dos Tratados Desiguais e fim da jurisdição especial)
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Christie exige a soltura dos oficiais e aproveita para pedir a indenização da pilhagem do Prince of Wales ocorrida em 1861
Brasil cede a indenização pela pilhagem mas se recusa a indenizar o UK pela prisão dos oficiais (submissão da questão ao arbítrio do monstro Leopoldo II)
Bloqueio naval ao Rio (1863): apreensão de 5 naus mercantes, Brasil exige reparações e UK se nega (rompimento das relações)
Leopoldo decide a questão em favor do Brasil (surpresa) e Portugal intermedia conversas para restabelecimento das relações
1865: Queen Victoria manda Thornton com pedidos de desculpas à Uruguaiana, D. Pedro aceita, relações reatadas
Tráfico de escravos: Aberdeen Act (1845), pressões crescentes após as tarifas Alves Branco
Conduta autonomista: revogação da convenção do tráfico (1845, levou à Aberdeen) e da jurisdição especial
Imigração
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Maior a partir de 1850 (fim do tráfico, abolição iminente, cafezais)
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Fortes influxos culturais (lutas por igualdade, lutas operárias)
Relações
com EUA
Economia
Até 1870: poucos investimentos, pouca exportação ao Brasil, subsidiária da Standard Oil no Rio
A partir de 1870: EUA retira tarifas sobre café, passa a importar 30-40% da pauta brasileira (2/3 de todo o café)
Amazonas
Contexto
Se no Prata Brasil defendia livre navegação, no Amazonas usava a navegação como moeda de troca e temia abrir aos vizinhos (ameaça à soberania)
Livre navegação de rios é tema desde o Congresso de Viena (desejo do UK de comercializar com o resto da Europa)
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Incidente Saratoga (1846): marinheiros americanos presos no Rio, causa tensão, relações normalizadas só em 1849
Pressão
americana
Incidente Carolina: navio americano com direção ao Peru faz parada em SC, acaba vendendo a carga em SC sob pretexto de o navio ser imprestável, mas volta a navegar sob bandeira brasileira
Desejo americano de transferir as plantations do sul para a Amazônia e livre comércio (Trusdale, plenipotenciário no Rio)
Se intensifica a partir dos anos 1850: Brasil temia que os americanos incitassem independência do Amazonas
Expedição de Herndon e Gibbon (1851-52): científica, mas gera relatórios sobre as capacidades econômicas
Criação da província do Amazonas (1850): busca aumentar a presença do Estado na região, que antes era subordinada a Belém
Companhia de Navegação e Comércio (1852, barão de Mauá): objetivo de comercializar, mas com compromisso de colonizar (não dá certo)
Pressão
francesa
Interesse na região próxima ao Oiapoque, pressão desde tempos da Regência, só seria resolvido durante Rio Branco
Pressão
inglesa
Final do XVIII os ingleses já estavam presentes na bacia (Guiana), resultaria na Questão do Pirara
Argumenta que a PEB era contraditória (livre navegação no Prata e protecionismo no Amazonas): posição deve ser criticada
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Déc. de 1860: decreto em 1866 garante a livre navegação do Amazonas e do São Francisco (ato soberano, fim da Guerra de Secessão decreta fim da ameaça americana)
Conferência
Pan-Americana
Contexto: Blaine como Sec. de Estado (anglofóbico, defende aproximação com outros americanos)
Motivação: reafirmação do espaço de influência norte-americano, distanciar o continente da Europa
Resultados
Primeira reunião: 1889, no dia da proclamação, Rep. Dominicana se recusa
Segunda reunião: três dias depois, República já manda um representante (Salvador Mendonça)
Questão Webb
(1869)
Navio americano encalhado no Brasil, que demora a atender solicitação de ajuda dos EUA
James Webb, plenipotenciário no Rio, pede indenizações absurdas, Império se recusa e relações são rompidas (logo retomadas com a saída de Webb)
Guerra do
Paraguai
Contexto
Uruguai
Uruguai fica dependente do Brasil (ocupação militar, subvenção financeira ao governo)
Fim da Guerra do Prata (1851-52) e da Guerra Grande (1839-45) não arrefece conflitos internos (colorados no poder)
Sistema de
Tratados
(1851)
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Comércio e navegação: livre exportação de gado, charque e outros produtos ao Rio Grande por 10 anos
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Subsídios: Brasil fornece empréstimo imediato + subvenções mensais (hipoteca das arrecadações aduaneiras orientais)
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Ascensão
blanca
Uruguai descontente com a ingerência brasileira, queda dos colorados e ascensão de Bernardo Berro, blanco
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Missão Visconde do Paraná: apoio relutante de Urquiza, utiliza a ameaça do uso da força e pressão financeira para forçar os blancos a assinarem
Blancos assinam os tratados com algumas modificações, mas brasileiros continuam impopulares
Paraguai
1862: ascensão de Solano, modernização das FFAA, liberalização comercial, política externa ativa, ausência de corpo diplomático, e apoio aos blancos uruguaios
1842-62: Carlos Antonio, independência formal em 42, distanciamento cultural dos vizinhos, isolacionismo e ditadura hereditária
1810-1842: Francia, independente na prática, isolacionismo, neutralidade
Argentina
Ascensão de Mitre (1862): vitória sobre o federalismo rosista remanescente (Urquiza, províncias litorâneas)
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Aproximação com colorados: dívida com colorados após sua ajuda na Guerra Civil argentina (1861), blancos eram resquício federalista perigoso
Brasil
Partido Progressista, predominância liberal, crise interna e aproximação com Mitre e com colorados (liberais) em relação à política externa
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Doratioto: guerra deriva dos processos de formação e afirmação dos Estados platinos desde o início do XIX
Estopim
Rebelião colorada (1863): Venâncio Flores marcha para derrubar Berro com apoio de Brasil e Argentina (falha)
Guerra contra
Aguirre
Atanásio Aguirre (blanco) ascende em 1863, recusa-se a cumprir os termos dos tratados com o Brasil
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Brasil: estancieiros gaúchos reclamam de danos causados por blancos (contexto da questão Christie, Brasil brios feridos), uruguaios queimam a bandeira imperial
Intervenção
brasileira
Saraiva e Barão de Tamandaré articulam intervenção armada em 1864, Aguirre é derrubado em 1865
José Antônio Saraiva é enviado ao Uruguai em 1864 para buscar mediar acordo entre blancos e colorados (não consegue, entrega um ultimato a Aguirre)
Aguirre notifica Solano López da ingerência brasileira: Solano entrega ultimato ao governo brasileiro, dizendo que se Uruguai fosse invadido, Paraguai declararia guerra
Missão Paranhos
Ida à Argentina para negociar apoio à Flores: Mitre nega apoio militar mas não se opõe à ação brasileira
1865: paz negociada com blancos, colorados ascendem ao poder, não atende aos brios feridos brasileiros (Paranhos demitido da pasta de NNEE)
Paraguai: se sentia ameaçado por possível ação expansionista de Argentina e Brasil, quer garantir o equilíbrio de poder regional e seu status como potência
Guerra
Solano invade Corrientes (1865): Urquiza havia negado passagem das tropas paraguaias que desejavam chegar no Rio Grande
Solano invade o MT (1864): cálculo de que o Exército brasileiro estava despreparado, o que levaria a uma vitória rápida e à redefinição de fronteiras pela ocupação do MT
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Solano invade Uruguaiana (1865): Pedro II convoca os voluntários da pátria (escravos com alforria prometida) e início da contraofensiva aliada
Batalhas
Passagem do Forte de Humaitá (1868): era a prioridade dos aliados, Caxias já era comandante das tropas
Atoleiro do Humaitá: aliados não conseguem transpor o forte, incentiva o desmanche do Gabinete Progressista, Pedro II empossa Itaboraí
Caxias envia carta ao Min. da Guerra (1868): Brasil deveria buscar a paz, Guerra já estaria vencida, continuar seria dispêndio infundado
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Batalha de Cerro Corá (1870): linha final da perseguição à López, é morto pelas tropas brasileiras (armistício assinado naquele ano)
Dezembrada
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Batalha de Itororó, Batalha de Avaí, Batalha de Lumas Valentinas, Batalha de Angostura
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Potências
estrangeiras
Posição de vizinhos e de estrangeiros era, em geral, pró-Paraguai
UK: potência que menos queria a guerra, adota neutralidade, tem negócios no Prata, tenta mediar a paz (fracassa, pois López acha que pode ganhar)
Chile, Bolívia apoiam o Paraguai: Brasil se aproxima da Bolívia para tentar mudar isso (Ayacucho)
França: simpatia clara ao Paraguai (atrasa entrega de encouraçado ao Brasil), oficialmente neutra,
EUA: simpatia clara ao Paraguai, oferecem mediação (Aliados recusam), Incidente Carolina, Questão Webb
Brasil no
Paraguai
Contexto
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Volta da PEB conservadora: contenção da Argentina, estabilização da vizinhança
Objetivos
Estabilização interna do Paraguai (não tinha forças para se recuperar sozinho), evitar governo pró-Argentina, evitar maior fronteira com a Argentina (ganhos territoriais portenhos)
Embate Brasil:red_cross:Argentina: tropas brasileiras se estabelecem em Assunção e argentinas na região do Chaco
Tribunal militar misto (1869): composto por brasileiros, portenhos e uruguaios, julgamento dos criminosos de guerra
Missão Paranhos (1869): ida ao Paraguai, resgate da agenda conservadora (teme ganhos territoriais pela Argentina, busca acordo com Paraguai), apoio a governo pró-Brasil
Governos
paraguaios
Governo
Rivarola
(1870-71)
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Tentativa de paz com os aliados (1870): Paranhos (BRA) e Carlos Tejedor (ARG) não chegam num acordo (BRA e ARG acabam negociando separadamente com Paraguai)
Rebelião de 1871: apoiada pela Argentina, pressão para início dos trabalhos do Congresso, Rivarola renuncia, Jovellanos assume
Triunvirato provisório (1869): Rivarola, Bedoya, Loizaga
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Governo Jovellanos
(1871-74)
Negociações de limites com Brasil: Tratado Louzaga-Cotegipe, desrespeita o Tratado da Tríplice aliança
Marca a concretização do distanciamento brasileiro em relação aos aliados e aproximação com o Paraguai
Brasil tem várias demandas territoriais atendidas (essa delimitação daria problema durante o Regime Militar (aproveitamento do Rio Paraná), livre navegação dos rios
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Governo
Gill
(1874-77)
Gill ascende após conspiração a partir do território argentino (Corrientes) com apoio discreto de Sarmiento
Gill era pró-Brasil antes, mas vai se distanciando dos brasileiros para poder governar, negocia limites com Argentina (Tratado Sosa-Tejedor) com presença do Brasil (Barão Aguiar de Andrada)
Argentina queria o Chaco Boreal, não consegue, mas firma o tratado, estabelece a paz e retira as tropas (interesse do Brasil, Aguiar de Andrada retira as tropas também)
Fases da
PEB imperial
1870-89: ocaso do império, foco volta a se deslocar para a política interna, liberalização do comércio externo (UK, contexto de imperialismo), diplomacia do prestígio (viagens de D. Pedro II)
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Limites na
Amazônia
Uti Possidetis: aplicado pela primeira vez por Ponte Ribeiro na Bolívia, é ponta de lança da PEB a partir do visc. do Uruguai, mais adequado ao Brasil (ação bandeirante), potência satisfeita, posse mansa, pacífica
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Se entre 1823-50 há a decadência da região, governo passa a investir nela a partir de 50 (companhia de navegação a vapor de Mauá, incentivo à borracha)
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Uti possidetis de iuri: oposição ao uti possidetis, quer aplicação dos tratados coloniais, defendida por alguns vizinhos
Peru
Serviu de parâmetro para outros tratados, fronteira era de difícil estabelecimento e proteção (resolvido por Rio Branco)
Convenção sobre comércio, navegação fluvial, extradição e limites (1851): ganhos comerciais/territoriais e livre navegação
Afirmação da geodésica Apaporis-Tabatinga como fronteira, Brasil consegue a região entre o Japurá e Tabatinga, consegue a margem direita do Javari
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Colômbia e
Venezuela
Negociação complicada, já que os próprios países tinham litígios fronteiriços entre si
Miguel da Silva Lisboa (Barão de Japurá, 1852-83): tenta aplicar o uti possedetis com os países, mas eles recusam
Tratado de demarcação de limites com Venezuela (1859): instrumento ratificado, mas demarcação efetiva ocorre depois de mais de um século
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Bolívia
Histórico: incidente de Chiquitos, pedido de anexação ao Mato Grosso, tentativa de negociação falha em 1830
Tratado de Ayacucho (1867): Muñoz-Neto, contexto de desejo de aproximação por parte do Brasil (Guerra do Paraguai), demarcação bem complicada
Grande ganho territorial, vai do Acre até o MS: ainda seria motivo de litígio, resolvido só por Rio Branco
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Fronteira sul (região do Mato Grosso) foi consolidada, importante para o Império (Guerra do Paraguai)
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Brasil oferece livre navegação da Bacia Amazônica (Mamoré, Madeira, Amazonas) por prazo determinado
Demarcação difícil , muitos conflitos ficam em aberto