Fernandes Braga fugiu para a vila de Rio Grande, instalando aí seu governo. No dia seguinte, o comandante da Guarda Nacional local, Bento Gonçalves, um dos líderes do movimento, entrava em Porto Alegre e, com o apoio da Assembleia Provincial, em 1836, proclamou a República do Piratini.
Diante desta situação, o regente Feijó nomeou novo presidente para a província, José de Araújo Ribeiro, futuro visconde do Rio Grande. A guerra continuou e os legalistas conseguiram prender vários chefes rebeldes, entre eles Bento Gonçalves, que foi mandado para o Forte do Mar (BA), de onde fugiu nadando.
Em setembro de 1837, Bento Gonçalves regressa ao Sul e é eleito presidente da República do Piratini. A luta dos rebeldes era cada vez mais popular e com o apoio do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi o movimento se propagou.
Enquanto isso, devido à disputas políticas, Feijó foi obrigado a renunciar. Iniciou-se a regência de Araújo Lima, apoiado pelos conservadores.
Em 1839, David Canabarro, um dos líderes da revolta, com a colaboração de Giuseppe Garibaldi, tomou Laguna (SC). Ali, conheceria sua futura esposa e companheira de lutas, Anita Garibaldi.
Fundou-se nessa província a República Juliana, confederada à República Rio-grandense, alargando o cenário da revolução.
Em 1840, com a maioridade antecipada de dom Pedro II, foi concedida anistia a todos os revoltosos políticos do período regencial. Então, o novo presidente do Rio Grande do Sul, Álvaro Machado, nomeado pelo governo imperial, tentou convencer os rebeldes a terminar a guerra e aceitar a anistia, mas nada conseguiu.