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Naturalismo - Coggle Diagram
Naturalismo
Características
Ênfase no lado mais animalesco do homem: a fome, o instinto, a parte “não civilizada”, a sexualidade etc., bem como a zoomorfização de personagens;
Preferência por temas cotidianos, frequentemente priorizando as relações e vivências das classes “inferiores”;
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Determinismo: o indivíduo não é mais sujeito, mas um figurante da história, resultado das influências do meio;
Principais autores
Aluísio Azevedo: escritor, dramaturgo, pintor, caricaturista e, no final de sua carreira, diplomata. Foi o autor que inaugurou a estética naturalista no Brasil.
Adolfo Caminha: escritor, jornalista e oficial da Marinha do Brasil, sua morte precoce por tuberculose não o impediu de ser um dos mais veementes naturalistas do cânone nacional.
Na Europa, o principal autor naturalista foi o francês Émile Zola, que, em 1880, publicou o livro de ensaios O romance experimental. Com essa obra, Zola expôs os fundamentos teóricos do naturalismo.
O naturalismo é um movimento artístico e literário conhecido por ser a radicalização do realismo, baseando-se na observação fiel da realidade e na experiência, mostrando que o indivíduo é determinado pelo ambiente e pela hereditariedade.
O darwinismo foi uma influência primordial no naturalismo. Principalmente no que se refere aos seguintes aspectos: a conclusão de que o ser humano é um animal igual a qualquer outro, sem nada de divino, e o entendimento de que as espécies mais bem adaptadas sobrevivem, no processo de seleção natural, enquanto as outras sofrem extinção.
O termo naturalismo foi utilizado como vertente artística pelo escritor Émile Zola, inspirado no método de investigação das ciências naturais que se estabelecia desde o século XVII:
“O Naturalismo, nas letras, é igualmente o retorno à natureza e ao homem, a observação direta, a anatomia exata, a aceitação da pintura do que existe.”
Naturalismo no Brasil
No Brasil, o Naturalismo iniciou no fim do século XIX, com a publicação do romance “O Mulato” (1881) de Aluísio de Azevedo. A obra tem como tema central o preconceito racial. Também merece destaque a sua obra “O Cortiço” (1890), que trata sobre a realidade brasileira do século XIX: as relações e o comportamento dos personagens.
Os naturalistas brasileiros foram, grosso modo, abolicionistas e engajados no movimento republicano, de modo que a tendência estética de origem francesa ganhou aqui as cores e os problemas nacionais: o racismo, a herança colonial das relações de trabalho e da apropriação da terra, a mestiçagem etc. As questões universais das diferenças sociais misturaram-se às questões locais que urgiam reflexão.
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