De acordo com Dille e Söderlund (2011), o tempo é um elemento fundamental
em um projeto, tanto no que concerne ao seu desenvolvimento quanto a sua análise. O termo “tempo” é aqui usado para se referir ao número de horas a disposição para
um projeto, ao gerenciamento das atividades a serem desenvolvidas nelas (momento
de execução, velocidade, ritmo, etc.) e à percepção disso possuída pelos diversos
atores envolvidos.
Um
projeto normalmente requer a intervenção de unidades organizacionais e operacionais contextuais, cada uma das quais tem seus próprios métodos e tempo de
desenvolvimento das ações que na gestão do projeto devem ser coordenados globalmente, ou seja, devem ser estabelecidos alguns procedimentos e um “tempo
global” do projeto. As últimas duas motivações apontam para uma dimensão local e
social do tempo.
O desalinhamento temporal é uma condição comum no desenvolvimento de
experiências de Design participativas que visam a Inovação Social.
A reflexão sobre o tempo em projetos de cunho social
desenvolvidos no e com o local torna-se importante porque neles não predomina o tempo da indústria e do mercado, mas o das comunidades, dos contextos de vida e das
dinâmicas sociais.