Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE ARBOVIROSES: ZIKA, CHIKUNGUNYA E FEBRE AMARELA…
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE ARBOVIROSES: ZIKA, CHIKUNGUNYA E FEBRE AMARELA
CHIKUNGUNYA
Exames Inespecíficos
Fase Aguda
Leucopenia com linfopenia menor que 1.000 cels/mm3
Trombocitopenia inferior a 100.000 cels/mm3
Aumento da velocidade de hemossedimentação
Aumento da proteína C-reativa
Elevação discreta das enzimas hepáticas
Elevação discreta da creatinina
Elevação discreta da creatinofosfoquinase (CPK)
Caso Suspeito
Febre de início súbito maior que 38,5ºC
Artralgia ou artrite intensa de início agudo, não
explicado por outras condições
Frequentou áreas com transmissão até duas semanas
antes do início dos sintomas
Contato com caso confirmado
ZIKA
Exames Específicos
Método Direto
Pesquisa de vírus - Isolamento viral por inoculação em células e camundongos recém-nascidos
Pesquisa de genoma do vírus Zika por transcrição reversa seguida por reação em cadeia da polimerase (RT-PCR).
Método Indireto
Pesquisa de anticorpos IgM/IgG por testes sorológicos
Sorologia IgM reagente para Zika e reagente para dengue
Infecção recente por dengue e/ou Zika, reação cruzada ou coinfecção
Inconclusivo
Sorologia IgM não reagente para Zika e não reagente para dengue
Testagem para Chikungunya
Sorologia IgM não reagente para Zika, dengue e chikungunya
Descarta-se infecção recente por esses arbovírus e encerra a investigação
Teste de neutralização por redução de placas (PRNT)
Inibição da hemaglutinação (IH);
Estudo anatomopatológico seguido de pesquisa de antígenos virais por imuno-histoquímica (IHQ)
Caso Suspeito
Apresenta exantema maculopapular pruriginoso
Hiperemia conjuntival/conjuntivite não purulenta
Artralgia/poliartralgia
Edema periarticular
Febre
Testagem deve ser iniciada por métodos diretos em amostras
coletadas até o 5° dia de início de sintomas.
Esgotados os métodos diretos, uma nova amostra deve ser coletada a partir do 6º dia do início de sintomas, para realização de sorologia IgM
Critério clínico-epidemiológico
Na impossibilidade de realização de confirmação laboratorial específica ou em casos com resultados
laboratoriais inconclusivos
Confirmação por vínculo epidemiológico com um caso
confirmado laboratorialmente
Gestantes, idosos, casos graves e óbitos
Realização da 2ª sorologia e, para os resultados inconclusivos, a realização do PRNT
FEBRE AMARELA
EXAMES ESPECÍFICOS
ISOLAMENTO VIRAL
Pode ser realizado em camundongos ou por cultivo de células Vero ou C6/36. Técnica complexa, por isso pouco utilizada
Tipo de material: sangue/soro, LCR, urina, vísceras
Procedimento de coleta
Sangue: coletar 3ml sem anticoagulante entre o 1° e 7° dia após início dos sintomas
Urina: coletar 5 ml até o 15° dia após início dos sintomas
Vísceras: coletar fragmentos pequenos (8-10g) do fígado, baço, pulmão e cérebro até 24h após óbito
SOROLOGIA
Tipo de material: Soro; LCR
Procedimento de coleta
Coletar sangue sem anticoagulante a partir do 7° dia do início dos sintomas. Mínimo 3 ml de soro
Técnica de ELISA
Método de captura de anticorpos IgM
Reagente: possibilidade de reação cruzada e/ou inespecífica
Avaliar vacinação recente contra febre amarela
Avaliar possibilidade de infecções recentes por Flavivírus como dengue e Zika
Teste de pesquisa de anticorpos da classe IgG
Não indica infecção recente e ainda requer apoio dos dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais para conclusão do diagnóstico
Análise do resultado também com base nos dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais
Teste de inibição da hemaglutinação
Realizar em amostras do período de fase aguda e convalescente da doença, com intervalo de 14 a 21 dias entre a 1ª e a 2ª coleta
Teste de soro-neutralização
Mede anticorpos neutralizantes contra o vírus da febre amarela e pode ser realizado em culturas de células e/ou em camundongos
PESQUISA DE GENOMA VIRAL
Realizada por RT-PCR
Tipo de material: soro, urina, vísceras (de humanos, primatas ou mosquitos)
Procedimento de coleta
Sangue: coletar sem anticoagulante até o 10° dia após início dos sintomas, separando 3ml para o PCR. Urina: coletar 5ml até o 15° dia de início dos sintomas
PESQUISA DE ANTÍGENO VIRAL (IMUNOHISTOQUÍMICA)
Tipo de material: vísceras
Deve vir acompanhada de exame histopatológico do fígado e de outros tecidos coletados
Espera-se apresentação de lesões sugestivas de febre amarela
Procedimento de coleta
Coletar fragmentos pequenos (2-3cm²) de cérebro, fígado, rins, baço, coração, pulmão, sinóvia, músculo esquelético e demais tecidos com alteração microscópica, até 48h após óbito
DEFINIÇÃO DE CASO CONFIRMADO COM CRITÉRIO CLÍNICO-LABOATORIAL
Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes condições:
Isolamento do vírus da febre amarela
Detecção do genoma viral (e em algumas situações específicas essa condição deve vir acompanhada de outras)
Detecção de anticorpos IgM pela técnica de ELISA em indivíduos não vacinados, associados aos achados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais
Aumento de 4 vezes ou mais dos títulos de anticorpos detectados na sorologia em amostras pareadas pela técnica de inibição da hemaglutinação
Achados histopatológicos que apresentem as lesões compatíveis com infecção recente por febre amarela, acompanhada da detecção de antígeno viral em técnica de imuno-histoquímica
Técnica laboratorial conclusiva em assintomático ou
oligossintomático que, originário de busca ativa e não vacinado contra a febre amarela, apresentou resultado positivo
EXAMES COMPLEMENTARES INESPECÍFICOS
Provas de função hepática
Bilirrubina
Bilirrubina direta (BD): valores de referência no adulto de 0,1 a 0,3mg/100mL de sangue.
Bilirrubina total (BT): valores de referência no adulto de 0,3 a 1,2mg/100mL de sangue
Elevação dos níveis de bilirrubina com predomínio do aumento da bilirrubina direta sugere lesão intensa dos hepatócitos, com evidência importante de icterícia em mucosas e pele
Aminotransferases
Aspartato aminotransferase (AST/TGO)
Valor de referência no adulto: até 40U/L
Valores >1.000U/L são indicativos de doença associada com lesão extensa do tecido hepático, como normalmente ocorre nos casos graves de febre amarela
Alanina aminotransferase (ALT/TGP)
Valor de referência no adulto: até 30U/L
Ureia e creatinina
Níveis normais da creatinina no adulto: 0,6-1,3mg/dL. Ureia: 10-45mg/dL
As variáveis sexo, idade e peso do paciente devem ser consideradas na interpretação desses resultados
Avaliam função renal
Diagnóstico laboratorial em primatas
Imunohístoquímica
Materiais: vísceras
Coletar fragmentos pequenos (0,5cm x 2cm) de fígado, rim, coração, baço, pulmão, linfonodos, cérebro.
Idealmente antes de 8h após óbito, ou no máximo após 24h
Isolamento viral e PCR
Materiais: Sangue/soro; vísceras
Sangue: coletar 2 a 6 ml sem anticoagulante em animais vivos de até 3kg. Acima de 6kg: 6 a 10ml. Animais mortos: 6 a 10ml por punção cardíaca
Vísceras: coletar fragmentos pequenos (0,5-2cm) do fígado, rim coração, baço, pulmão, linfonodos, cérebro. Idealmente antes das 8h após óbito, ou até 24h
Diagnóstico laboratorial em mosquitos
Método: taxonomia, isolamento viral e PCR
Material: mosquitos
Procedimento de coleta: capturar mosquitos por meio de puçá entomológico e aparelho de sucção oral
Exames Específicos
Métodos Indiretos
Pesquisa de anticorpos IgM/IgG por testes sorológicos
Sorologia IgM reagente
Confirma diagnóstico
Sorologia IgM não reagente
Descarta infecção recente por chikungunya e direciona o diagnóstico para confirmação de infecção recente por dengue e Zika (IgM)
Sorologia IgM não reagente para dengue, Zika e chikungunya (fase aguda)
Descarta infecção recente por dengue e Zika e direciona o diagnóstico para confirmação de infecção por chikungunya (IgM) em uma 2ª amostra
Sorologia IgM reagente para chikungunya na 2a amostra
Confirma infecção recente por chikungunya e encerra investigação laboratorial
Sorologia IgM não reagente para chikungunya na 2a amostra
Descarta a infecção por CHIKV
Sorologia IgG reagente para chikungunya
Indica exposição prévia com CHIKV
Se sintomas por mais de 60 dias, uma nova amostra para sorologia IgG pode ser requisitada a critério médico
Reagente, confirma-se infecção tardia por CHIKV
Não reagente, descarta-se infecção tardia por CHIKV
O soro obtido a partir de sangue total será processado por meio da técnica Ensaio Imonoenzimático (ELISA)
Amostras devem ser coletadas em duas fases diferentes: aguda (a partir do 6º dia do início dos sintomas) e convalescente (após 15 dias da 1ª coleta)
Coletar cerca de 5mL em crianças e 10 mL em adultos de sangue sem anticoagulante
Inibição da hemaglutinação (IH)
Estudo anatomopatológico seguido de pesquisa de antígenos virais por imuno-histoquímica (IHQ)
Teste de
Neutralização por Redução de Placas - PRNT
Métodos Diretos
Pesquisa de vírus - Isolamento viral por inoculação em células e camundongos recém-nascidos
Amostras na fase aguda (até o 5º dia de início de sintomas) de soro, sangue total e líquido cefalorraquidiano (LCR) (em casos de meningoencefalite)
Pesquisa de genoma do vírus da chikungunya por (RT-PCR)
Amostra utilizada é de sangue total, soro, LCR ou fragmentos de vísceras
Fase Crônica
Teste Sorológico
Podem aparecer
+