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CAPÍTULO II: DOIS INIMIGOS SUTIS DA SANTIDADE, Uma das primeiras heresias…
CAPÍTULO II: DOIS INIMIGOS SUTIS DA SANTIDADE
Acreditava que há como que dois deuses; um deus bom e outro mau. Sendo que, o Deus bom criou todas as coisas espirituais, e o deus mal criou as materiais. Por isso, tudo o que é material e até o próprio corpo deveria ser considerado como mal;
O Deus bom, teria enviado ao mundo o seu mensageiro, Jesus Cristo, portador da "
gnósis
", a palavra revelada a alguns escolhidos e que leva à salvação (libertação do corpo);
Jesus não teria tido um corpo de verdade, mas apenas um corpo aparente. Por isso, teria então um corpo ilusório que não teria sido crucificado.
O GNOSTICISMO ATUAL
O gnosticismo considera a fé através de uma perspectiva subjetiva, interessando-se apenas por
experiências raciocinativas e conhecimentos que falsamente confortam, enclausurando o indivíduo em sua própria razão;
Tendem a julgar os outros segundo suas capacidades intelectivas de compreender ou não uma determinada doutrina;
Graças à Providência Divina, observa-se na história da Igreja que
o grau de perfeição de alguém não é medido pela quantidade de conhecimento que é capaz de acumular, mas sim por sua caridade;
Vaidosa superficialidade, concebendo um
pensamento sem encarnação
, isto é,
incapaz de contemplar a carne sofredora de Cristo, buscando assim “um Deus sem Cristo, um Cristo sem Igreja, uma Igreja sem povo”;
Grande movimento realizado na mente, que pode muitas vezes dominar alguns, pois aparentemente se apresenta com um caráter harmônico e abrangente. Por isso, é preciso grande cuidado, pois os gnósticos
creem que através de suas explanações podem explicar perfeitamente toda a fé e todo o Evangelho;
É necessário diferenciar o uso benéfico e humilde da razão para refletir sobre o Evangelho e os ensinamentos teológicos, da pretensão de se
limitar o ensinamento de Cristo a uma lógica fria e dura.
,
Simultaneamente exalta o conhecimento de modo indevido e considera sua própria visão com perfeita, criando um ciclo vicioso no qual se auto-alimenta e se torna cada vez mais cego;
Tentativa de
“domesticação do mistério”
, pois, por se achar possuidor de todas as respostas, pretende extinguir a transcendência de Deus, esquecendo-se que Ele supera infinitamente ao homem;
É fundamental ter em mente os limites da razão, visto que,
só de forma muito pobre pode o homem compreender os mistérios de Deus,
e mais difícil ainda é conseguir expressá-los, daí a necessidade de
se deixar conduzir cada vez mais pelo Espírito do que pelos raciocínios;
Não deve ninguém julgar-se superior ou perfeito apenas por ter determinado conhecimento, mas antes utilizar essa sabedoria para responder de modo sempre mais sincero ao insondável amor de Deus.
O Exemplo de São Francisco de Assis
(Nº 46)
O PELAGIANISMO ATUAL
Os seguidores desta
erroneamente consideram a vontade humana e o esforço pessoal como meio para tornar o homem melhor ou mais santo, de modo que a vontade passa a ocupara o lugar da graça;
Não reconhecem de modo sincero os limites humanos, impedindo a possibilidade de um verdadeiro crescimento rumo à santidade, visto que,
a graça divina supõe a natureza humana,
por isso inibem sua atuação;
A verdadeira busca pela santidade caminha em sentido diferente, pois se trata de uma
vivência humilde na presença do Senhor
reconhecendo seu amor constantemente manifesto na vida do homem. Por isso,
são santos aqueles na certeza de que o Senhor habita em nosso meio, também habitaram nele, pois afinal é Nele que somos santificados.
Observa-se através do ensinamento da Igreja que em verdade
o homem não é justificados pelos seus esforços ou obras, mas pela graça de Deus que sempre toma a iniciativa.
Vê-se no testemunho dos Padres da Igreja e de outros santos, bem como em diversos sínodos, uma unanimidade em afirmar com a Igreja, que
a graça de Deus e a amizade com Ele, não podem ser comparadas às obras humanas, pois as superam infinitamente, de modo que não podem ser se não um dom de Deus.
,
Tamanha é a clareza deste ensinamento da Igreja, advindo do coração do Evangelho, que
gera no homem uma alegria contagiosa, permitindo que ele reconheça a própria existência como graça, buscando acima de tudo pertencer a Deus, oferecendo a Ele suas aptidões e esforços
(Cf. Rm 12,1);
Ainda há cristãos
(Novos Pelagianos Nº 57)
que não se deixando guiar pelos caminhos do amor, persistem na
via da justificação pelas próprias vontades,
entregando-se ao legalismo exagerado, a vanglória e à ostentação de suas próprias conquistas, eximindo o caráter simples e cativante do Evangelho e impedindo a ação da graça;
A fim de que se possa fugir desta heresia, torna-se necessário recordar
a primazia pela busca das virtudes teologais, nas quais Deus se encontra como objeto e motivação;
Tendo
a caridade como centro, isto é a “fé agindo pelo amor” (Gl 5,6)
, deve-se cuidar de modo solicito desta,
pois amar ao próximo é o cumprimento perfeito da Lei
(Cf. Rm 13, 8.10; Gl 5,14). E assim, poder-se-á
contemplar o rosto do Pai refletido em muitos, pois em cada irmão está presente a própria imagem de Deus
.
Duas grandes riquezas:
Deus e o próximo
(Nº 61)
Uma das primeiras heresias enfrentadas pela Igreja;
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