"Refere-se literalmente ao cinza manchado, formado por uma infinidade de pontos pretos e brancos que se unem para a percepção, mas permanecem puros, separados. É uma forma de pensar, falar e perceber que se baseia no múltiplo e no contraditório, não como um estado transitório que deve ser superado (como na dialética), mas como uma força explosiva e contenciosa, que potencializa nossa capacidade de pensamento e ação. Opõe-se, assim, às ideias do sincretismo, do hibridismo e da dialética da síntese, que estão sempre em busca do um, da superação das contradições por meio de um terceiro elemento, harmonioso e completo em si mesmo."