VISÃO

Fisiologia da Visão

Sistema Visual Central

Retina nasal e Retina Temporal emitem vias com direção ao Tálamo. Vias da Retinas Nasais de ambos os olhos se cruzam no Quiasma Óptico. Vias das Retinas Temporais seguem Ipsilateralmente.

As vias cruzadas e as ipsilaterais se usem em cada lado do Quiasmo Óptico e formam o Trato Óptico que segue em direção ao Tálamo.

No tálamo (de cada lado) as vias chegam no Núcleo Geniculado Lateral (NGL), que é organizado em camadas que recebem estímulos de cada olho.

Ou seja, cada lado do tálamo recebe estímulos dos dois olhos.

No NGL Direito as camadas 1,4,6 recebem estímulos provenientes do olho Esquerdo. E as camadas 2,3e5 recebem estímulos do olho Direito.

As fibras saem do NGL formando a Radiação Óptica que segue em direção ao Córtex Visual, localizado no Lobo Occipital, que processa as informações.

Funcionamento de outros sentidos

Paladar

Audição

Olfato

Eventos envolvidos na audição:

  1. O pavilhão direciona as ondas sonoras pro meato acústico externo
  1. Quando as ondas sonoras alcançam a membrana timpânica, as ondas alternadas de pressão alta e baixa no ar fazem a vibração da membrana pra frente e para trás. Para sons de alta frequência a vibração é rápida e para de baixa frequência, é alta
  1. O martelo (conectado a área central da memb. timpânica) vibra junto com ela sendo transmitida para a bigorna e estribo
  1. Conforme estribo se move, sua placa basal conectada por um ligamento à janela do vestíbulo (oval) a faz vibrar (vibrações 20 vezes mais vigorosas devido presença de ossículos auditivos que transformam pequenas vibrações de uma grande área em vibrações maiores em uma superfície menor)
  1. O movimento do estribo na janela do vestíbulo (oval) provoca ondas de pressão no líquido da perilinfa na cóclea, empurrando-a na rampa do vestíbulo
  1. Ondas de pressão são transmitidas da rampa do vestíbulo para a rampa do tímpano e, eventualmente, para a janela da cóclea (redonda), fazendo se projetar para fora na orelha média
  1. Essas ondas de pressão atravessam através da rampa do vestíbulo, passam para a menbrana vestibular e se movem para a endolinfa dentro do ducto coclear.
  1. Na endolinfa, as ondas de pressão vibram as membranas basilares, fazendo com que as células ciliadas se movam contra a membrana tectória. Promovendo o dobramento dos estereocílios e levando à geração de impulsos nervosos nos neurônios de primeira ordem nas fibras nervosas cocleares
  1. As ondas sonoras de várias frequências fazem com que determinadas regiões da lâmina basilar vibrem mais intensamente do que outras. Cada segmento da lâmina basilar está "afinado" para um tom em particular. A membrana é mais estreita e espessa na base da cóclea, portanto os sons de alta frequência causam vibrações máximas nessa região; já no ápice da cóclea é mais ampla e flexível, portanto os sons de baixa frequência causam maior vibração nesse local.

As células ciliadas do órgão de corti convertem uma vibração mecânica (estímulo) em um sinal elétrico (potencial receptor)

O paladar, juntamente ao olfato, é responsável por garantir a percepção do sabor e textura dos alimentos.

A boca é o local onde esse sentido é percebido, o que acontece em virtude da presença de saliências conhecidas como papilas gustatórias, que são capazes de perceber sensações táteis, além dos sabores doce, azedo, salgado, amargo e umami.

relacionado com a capacidade de perceber odores.

possível graças à estimulação do epitélio olfatório localizado no teto das cavidades nasais.

Esse epitélio é rico em células nervosas, mais precisamente em quimiorreceptores.

O paladar é um importante sentido humano. Ele é gerado pelos corpúsculos gustativos que estão localizados na língua. Graças ao paladar, conseguimos sentir o sabor dos alimentos. Essa capacidade tem relação com estímulos nervosos que vêm da língua e do epitélio olfatório do nariz.



O paladar é uma sensação química, percebida pelas células receptoras. Para que possamos sentir os sabores, nosso cérebro precisa interpretar os estímulos gustativos e olfativos durante a alimentação.


As papilas linguais da superfície da língua são capazes de captar todos os sabores primários, mas pessoas que têm o vício do tabagismo ou que utilizam medicamentos podem ter a capacidade do paladar prejudicada. Isso acontece principalmente porque o cigarro diminui a sensibilidade da língua, dando origem a um problema chamado de Ageusia, ou ausência do paladar.


O processo de percepção dos cheiros ocorre no momento em que o ar entra pelas vias nasais, e vai em direção à cavidade nasal. Lá, o ar é umedecido, aquecido e purificado. Depois disso, o ar contendo moléculas aromáticas entra em contato com a mucosa olfativa, essa que é composta por várias células olfativas. Portanto, ao atingirem essas células olfativas, as mesmas enviam impulsos ao sistema nervoso, para que as sensações olfativas sejam decodificadas.

Histologia da visão

A retina é a camada mais interna do olho e é banhada por humor vítreo, que contém células necessárias para a transdução da energia dos fotões.

A camada mais superficial da retina é constituída pelo epitélio cúbico simples a cilíndrico baixo.

Essa camada possui numerosas invaginações ricas em mitocôndrias na membrana basal, múltiplas junções comunicantes e outros complexos juncionais.

Os ápices das células são ricamente povoados com grânulos de melanina, bem como lisossomas secundários, peroxissomas e vacúolos fagocíticos.

Existem dois tipos de fotorreceptores

Os bastonetes são células cilíndricas que funcionam melhor em luz de baixa intensidade.

Os cones são células cônicas que funcionam melhor em luz de alta intensidade e facilitam a percepção de cores.

Distribuem-se de forma omnipresente por toda a periferia da retina.

As pilhas cilíndricas de discos membranares encontram-se dentro de uma membrana.

Não estão contidos dentro de uma membrana e estão em constante comunicação com o espaço extracelular.

Existem três tipos de cones:

Cones de comprimento de onda longo (cones L)

Cones de comprimento de onda médio (cones M)

Cones de comprimento de onda curto (cones S)

Os cones são responsáveis ​​pela visão a cores, a percepção da qual depende da combinação particular de estímulos gerados pelos três tipos de cones

Retina

Epitélio pigmentar da retina, camada de fotorreceptores, membrana limitante externa, camada nuclear externa, camada plexiforme externa, camada nuclear interna, camada plexiforme interna, camada de células ganglionares, camada de fibras nervosas, membrana limitante interna

Nervo óptico (NC II)

Formada pelos axônios das células ganglionares que se juntam no disco óptico, abandona a órbita através da fissura orbital superior

Quiasma óptico

Representa o ponto de decussação dos nervos ópticos, onde as fibras nasais de cada olho cruzam a linha média para se juntarem às fibras temporais do olho contralateral

Fitas ópticas

Cada fita transporta fibras que têm origem no campo visual contralateral

Reflexos visuais

Acomodação, reflexo luminoso, sacadas - são mediados pelos axônios das células ganglionares que fazem sinapse nos núcleos oculomotor e de Edinger-Westphal

Núcleo geniculado lateral

Faz parte do tálamo

Radiação óptica

Cada uma deles contém seis camadas que recebem aferências retinotópicas do campo visual correspondente e são separadas em duas alças (ansas)

Córtex visual primário

Área de Brodmann 17

O Aparelho Ocular apresenta: 3 túnicas e 3 compartimentos.


  1. Túnica Fibrosa
  1. Túnica Vascular
  1. Túnica Nervosa

Epitélio anterior da córnea: Epitélio estratificado pavimentoso rico em terminações nervosas livre e fibras colágenas.

Coróide: Tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos e fibras colágenas.

Região interligada com o Sistema Nervoso Central, através do nervo óptico.


Camada das células pigmentares: Células cúbicas com grânulos de melanina fortemente corados em marrom.

Camada dos cones e bastonetes: Células fotosensitivas.
Plexiforme externa: região de sinapses.

Camada das células bipomares: células organizadas em várias camadas com núcleos redondos pequenos e bem corados.

A visão é feita pelo cérebro. Os olhos funcionam como órgãos de conversão seletiva do estímulo luminoso em sinais elétricos.

No córtex, os impulsos são decodificados na forma de uma impressão visual.

A retina não tem a mesma sensibilidade em toda sua extensão. Possui uma área, do tamanho da cabeça de um alfinete, responsável pela discriminação dos objetos. Essa área é conhecida como fóvea.

O disco óptico é o local onde o nervo óptico penetra no olho. Como nessa região não existem fotorreceptores, ele é completamente cego.

Percepção

Percepção é o processamento, em etapas sucessivas, da luz que chega aos nossos olhos.

Esta informação está codificada através de regras de transformação naturais, referem-se a três características da luz: sua intensidade, seu comprimento de onda, sua distribuição no espaço/tempo.

Assim como a distinção de luminosidade é resultado das reações do sistema visual à luminância dos objetos, a cor, não está "nos objetos", mas em nossa percepção

Fotópica: modo de visão "normal", quando são iluminados por uma luz diurna.

Estocópica: é a visão "noturna, apresenta uma percepção acromática.

Fotorreceptores e Pigmentos

O primeiro passo na transdução visual é a absorção da luz por um fotopigmento, uma proteína colorida que sofre mudanças estruturais quando absorve luz, localizada no segmento externo de um fotorreceptor.

A absorção de luz inicia os eventos que levam à produção de um potencial receptor. Três diferentes fotopigmentos dos cones estão presentes na retina, um em cada um dos três tipos de cones. A visão colorida é resultante das diferentes cores de luz que ativam seletivamente os diferentes tipos de fotopigmentos dos cones.

Os fotopigmentos respondem à luz no seguinte processo cíclico

Uma enzima chamada de retinal isomerase converte o trans­retinal em cis­retinal.

Em cerca de um minuto, o transretinal se separa completamente da opsina. O produto final é incolor, de modo que essa parte do ciclo é chamada de clareamento do fotopigmento.

O cisretinal então pode se ligar à opsina, restaurando o fotopigmento funcional. Essa parte do ciclo – a reposição de um fotopigmento – é chamada de regeneração.

No escuro, o retinal apresenta um formato dobrado chamado de cisretinal, que se encaixa confortavelmente na parte opsina do fotopigmento.

Quando o cisretinal absorve um fóton de luz, ele muda de conformação, ficando reto e passando para um estado chamado de transretinal. Essa conversão de cis para trans é chamada de isomerização e é o primeiro passo da transdução visual.

Após a isomerização do retinal, vários intermediários químicos instáveis são formados e desaparecem. Essas mudanças químicas levam à produção de um potencial receptor