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O PAPEL DOS CANAIS IÔNICOS NAS EPILEPSIAS E CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DROGAS…
O PAPEL DOS CANAIS IÔNICOS NAS EPILEPSIAS E CONSIDERAÇÕES SOBRE AS DROGAS ANTIEPILÉPTICAS
EPILEPSIAS
É uma das principais desordens neurológicas, com ampla distribuição.
Alterações crônicas, recorrentes e paroxísticas na função das áreas corticais e subcorticais envolvidas. Muitas crises epiléticas manifestam-se através de alterações sensitivas, emocionais ou cognitivas.
A crise epiléptica é o evento mais dramático. As crises epilépticas refletem a função da área envolvida e muitas formas de epilepsia podem incluir distúrbios de cognição ou consciência, movimentos involuntários, automatismos de comportamento ou manifestações autonômicas, sensoriais e psíquicas.
CANALOPATIAS
Os mecanismos celulares da excitabilidade neuronal e propagação dos sinas elétricos nos neurônios cerebrais são de grande importância funcional e patológica.
Os canais iônicos são considerados os novos alvos terapêuticos para drogas anti - epilépticas em estudo, tanto os controlados por voltagem como por ligantes.
Algumas síndromes epilépticas são consideradas como canalopatias, principalmente dos canais de cálcio, sódio, potássio e cloreto.
CANAIS DE Na+
Os canais de Na+ dependentes de voltagem são um dos principais responsáveis pela rápida despolarização da membrana neuronal presente amplamente e de forma desordenada nos processos epilépticos.
Algumas mutações em subunidades alfa formadora de poro e acessórias beta dos canais do sistema nervoso central contribuem para o aparecimento de algumas formas de epilepsias.
As mutações são heterogêneas e várias propriedades desses canais são modificadas, mas todas provocam ganho de função e aumento de corrente de Na+, provocando excitabilidade neuronal.
CANAIS DE Ca++
Reduções acentuadas na concentração extracelular desse íon pode criar atividade epiléptica em tecidos cerebrais como o giro denteado e outras estruturas hipocampais.
O aumento agudo do influxo de Ca++ é importante para a manutenção da hiperexcitabilidade reflexa que ocorre em processos convulsivos.
O bloqueio dos canais de Ca++ pode produzir vários efeitos no funcionamento neuronal: bloqueio dos canais tipo T (associado ao tratamento das crises de ausência); bloqueio dos canais tipo L (associado ao controle de crises parciais); bloqueio de canais de Ca++ pode prevenir a liberação de neurotransmissores excitatórios como o glutamato; bloqueio desses canais diminui a concentração dos íons Ca++ no citoplasma neuronal, reduzindo a possibilidade de dano celular excitotóxico.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE DROGAS ANTIEPILÉPTICAS (DAEs)
Uma droga antiepiléptica pode ser definida como uma substância que quando administrada por um determinado período, pode diminuir a incidência ou severidade das crises epilépticas.
As DAEs atuam principalmente por três mecanismos: limitação dos disparos neuronais repetitivos através do bloqueio de canais iônicos dependentes de voltagem; incremento da neurotransmissão inibitória mediada pelo GABA; bloqueio da transmissão glutamatérgica excitatória.
Mais utilizadas na clínica
Felbamato
Gabapentina
Lamotrogina
Oxicarbazepina
Tiagabina
Vigabatrina
CANAIS DE K+
Os canais de K+ estão envolvidos na modulação da atividade elétrica, no desencadeamento de crises epilépticas e sua importância como alvo de drogas anticonvulsivantes tem sido descritos na literatura.
Mutações nos canais de potássio provocam diminuição da repolarização, gerando uma hiperexcitabilidade.
Estudos mostram o envolvimento de canais K+ do tipo Maxi - K, em células GH3, e que sua ativação pode contribuir com a redução da excitabilidade neuronal e reduzir a capacidade de epileptogênica.
CANAIS DE Cl- associados a GABA
Mutações na subunidade y2 do receptor GABAa foram identificadas na epilepsia com crises de ausência na infância e convulsões febris generalizadas.
RECEPTORES IONOTRÓPICOS GLUTAMATÉRGICOS
Novos farmácos que são antagonistas dos receptores NMDA e AMPA, como o felbamato e o topiramato, respectivamente, têm mostrado resultados promissores em atenuar a epileptogênese apesar de apresentar efeitos adversos desagradáveis que dificultam suas indicações clínicas.
RECEPTORES DA ACETILCOLINA
A diminuição da acetilcolina por meio de mutações nos genes CHRNA4 e CHRNB2 promove a excitabilidade durante o sono, o que pode gerar crises epilépticas.