Please enable JavaScript.
Coggle requires JavaScript to display documents.
Sermões - Padre Antônio Vieira - Coggle Diagram
Sermões - Padre Antônio Vieira
Antônio Vieira (1608-1697)
Nasce em Lisboa, vem para o Brasil em 1614.
Ordenado como jesuíta em 1634
Fase Brasileira - 1624-1640: trabalho na Bahia. Domínio espanhol. Faz dos sermões um momento de atividade política. Discurso profético como poder político.
1640-1652- a serviço do Rei D, João IV. Sermão da sexagésima. Diplomata em vários países. Rota de colisão com a Inquisição. Termina com a morte do rei.
1661-1669: missionário no Pará e Maranhão. Pregação para os indígenas para protege-lo da inquisição. preso e julgado. 1669:mudnaças politicas.
1669- 1680: enviado a Roma. Chamado para ser confessor do Papa. Se relaciona com a Rainha da Suécia, uma mecenas. Grandes eventos (ARCADIA ROMANA). Discurso de Vieira abre o arcadismo.
1681-1697- volta para Bahia onde publica seus sermões em livros e morre.
Contexto histórico
Contrarreforma - concílio de Trento 1546
Doutrina Teológico-política do Estado: O rei é um instrumento de Deus para sua obra. Por isso, ele tem poder absoluto para governar. Teoria do Divino poder monárquico.
Barroco artístico
Doutrina da Fé: a bíblia deve ser interpretada pela Igreja, tradição exegética (tradição de interpretação da bíblia segundo teólogos do sec III, IV, V (St. Agostinho e São Tomás de Aquino). Tradição oral
Missa católica: rito religioso ordenado marcado por rezas introdutórias, leitura do velho testamento, salmos e novo testamento. Depois vem o Sermão ou comentário de interpretação do padre. Segue-se o sacrifício e a comunhão.
O sermão é a atualização do texto bíblico para o contexto atual após um esforço intelectual. Pregação retórico-teológica-politica. Assim, se torna um registro histórico político do momento da elaboração.
Retórica
Disciplina obrigatória da Antiguidade Clássica que objetiva fazer discursos efetivos (aquilo que convence)
Técnicas para um discurso que funcione. Se contrapõe à filosofia. Aquilo que é persuasivo.
Divisão do discurso em partes: 1-Invenção- criação e classificação dos argumentos; 2- Disposição: ordenação dos argumentos; 3- Elocução: escolha das palavras; 4- memória: decorar o discurso; 5- Ação: proferir o discurso
Partes do discurso: 1- Exórdio/Introdução: ganhar a atenção; 2- Proposição: tese; 3- Partição: aspectos da tese; 4- Narração: ilustrar com exemplos; 5- Argumentação: combate a objeções e prova da tese; 6- Conclusão
Conceitos fundamentais: Decoro/Adequação: ao publico e ao assunto; Engenho: conhecer muitas ideias; Agudeza: associar os assuntos; Mistério: teologia; Contraste: revelação da vontade de Deus pela aproximação de ideias opostas.
Sermões da Quarta-Feira de Cinzas
Feriado católico móvel que marca o fim do carnaval e o inicio da quaresma. Com base na astronomia. Penitência antes da Páscoa. Ocorre nessa missa a "Benção e imposição das cinzas".
Vanitas: as coisas que eu fiz não são tão importantes
memento mori: lembre-se da morte como fonte igualadora
a morte é um fato da vida e por isso ela deve ser vivida com humildade. (ESTOICISMO)
Os 3 textos falam sobre como morrer, assim, como viver a vida para ter uma morte digna. Filosofia ética.
São proferidos na Igreja de Santo Antônio de Pádua, em Roma. Um franciscano. Santo português em Roma. Quando Portugal fica independente, constrói-se essa igreja. Esse santo é citado nos textos.
1672- 1° sermão: Memento (lembre-se). O homem é pó levantado. Deve-se ter medo da eternidade. A morte não é o fim . A lição é: os vivos devem ser humildes, a salvação ocorre em vida, não na hora da morte.
1673 - Temos medo da hora da morte. Solução: morrer em vida. Como não ser pó futuro. Não ter medo da morte é aceitá-la e morrer em vida, desapegar da vida e de suas vaidades. Fim da angustia.
Terceiro Sermão: deve-se amar a morte, pois ela me liberta e ter medo da vida, que me engana. Um boa vida é sem ambições,o que garante uma morte digna.