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LEPTOSPIROSE/SÍNDROME DE WEIL - Coggle Diagram
LEPTOSPIROSE/SÍNDROME DE WEIL
DEFINIÇÃO
causada pela espiroqueta Leptospira interrogans
acomete praticamente todos os estados brasileiros
doença febril aguda
manifesta-se apenas como uma síndrome febril
pode-se apresentar com uma forma grave e potencialmente fatal
a doença de Weil: caracterizada pela tríade: icterícia, hemorragias e insuficiência renal aguda
comuns nas enchentes de verão
MODO DE TRANSMISSÃO
exposição direta/indireta a urina/sangue de animais
áreas urbanas - enchentes
transmissão inter-humana: desprezível
ocupacional - fazendeiros, veterinários
penetração: pele lesada - mucosas - pele íntegra
período de incubação: 7 - 14 dias
EPIDEMIOLOGIA
os animais domésticos, como cão e gato, podem transmitir a doença através da urina contamina
as enchentes e chuvas constituem um grande favorecedor do contato do ser humano com água contaminada
comuns em trabalhadores em colheita de arroz, em esgotos, minas e túneis, estábulos e abatedouros
surtos na estação chuvosa no verão
uma taxa de positividade na urina de ratos superior a 60%
acomete mais a faixa etária entre 30 e 40 anos
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS/FORMA ANICTÉRICA GRAVE
1° fase: septicêmica/leptospirêmica: 4 - 7 dias
cefaléia intensa
início abrupto
mialgias
febre alta
anorexia
náuseas/vômitos
diarréia/obstipação
artralgias
dor ocular
hiperemia/hemorragia conjuntival/fotofobia
manifestações cutâneas: exantemas maculares, hiperemia conjuntival
manifestações neurológicas: confusão, delírio, alucinações, sinais de irritação meníngea
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS/FORMA ANICTÉRICA GRAVE
2° fase: imune: 1 - 3 semanas
febre e sintomas gerais
alteração da concentração urinária
meningite: cefaléia intensa, vômitos, sinais de irritação meníngea, características liquóricas - meningite asséptica
uveítes
acometimento renal rara
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL/SÍNDROME DE WEIL
hepatite
febre amarela
malária
colangite
febre tifóide
riquetsioses
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL/ESPECÍFICO
sorologia (mais usados): macroaglutinação, microaglutinação: método de eleição, positivas a partir da segunda semana, necessidade de dois exames (1° e 4°semanas), título maior que 1:800
segunda semana (urina): visualização direta, cultura em meios apropriados, inoculação em cobaias
fase aguda (sangue/LCR): cultura em meios apropriados, inoculação em cobaias
CONDIÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS
maior vulnerabilidade: trabalhadores em colheita de arroz, em esgotos, minas e túneis, estábulos a abatedouros
maior vulnerabilidade: regiões ribeirinhas
maior vulnerabilidade: pessoas que moram em lugares sem saneamento básico
prevenção
controlar os animais portadores
uso de botas de borracha
rede de esgoto adequada
vacinação para animais (cães, bovinos,suínos) porém continuam eliminando as bactérias no meio ambiente
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS/SÍNDROME DE WEIL
fenômenos hemorrágicos: petéquias, equimoses, sangramentos nos locais de punção venosa, hemorragias gastro-intestinais
alterações hemodinâmicas: desidratação - necrose tubular - pior prognóstico
disfunção renal: IRA (oligúria vs poliúria)
manifestações pulmonares
dor abdominal: hepatomegalia (70%)
rebaixamento do nível de consciência
fase septicêmica: doença icterícia grave: início 3° a 7° dia da doença: icterícia rubínica
sinais e sintomas precedem icterícia: mais intensos e de maior duração
curso bifásico raro
DIAGNÓTICO LABORATORIAL/ INESPECÍFICO
aumento de VHS
plaquetopenia
anemia hipocrômica ( a partir da 2° semana)
hiperbilirrubinemia (maior de 20 mg/dl)
leucocitose, neutrofilia com desvio à esquerda
aumento das transaminases (TGO maior que TGP)
aumento da INR
aumento da uréia e creatinina
LCR: meningite asséptica
aumento de CPK
gasometria: acidose matabólica/hipoxemia
EVOLUÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL DA SÍNDROME DE WEIL
coração
miocardite mononuclear
insuficiência cardíaca
pulmão
insuficiência respiratória aguda
hemorragia maciça ou síndrome de angústia respiratória do adulto
rins
devido à inibição de reabsorção de sódio nos túbulos renais proximais, aumento no aporte distal de sódio e consequente perda de potássio
durante esse estágio inicial, o débito urinário é normal ou elevado, os níveis séricos de creatinina e uréia aumentam e o pcte. pode desenvolver hipocalemia moderada a grave
forma peculiar de insuficiência renal aguda, caracterizada geralmente por não ser oligúrica e hipocalêmica
com a perda progressiva do volume intravascular, os pctes. desenvolvem insuficiência renal oligúrica devido à azotemia pré-natal
nesse estágio, os níveis de potássio começam a subir para valores normais ou elevados
Devido à perda contínua de volume, os pacientes podem desenvolver necrose tubular aguda
músculos
necrose hialina focal
miócitos vacuolados
infiltrado mononuclear
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL/FORMA ANICTÉRICA
hantavirose
sepse por gram-negativos
influenza
colagenoses
dengue
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
tratamento antibiótico
(2) reduzir a morbimortalidade na forma grave (síndrome de Weil)
amoxicilina 500 mg VO 8/8h por 5-7 dias
(1) reduzir a intensidade e duração dos sintomas
forma grave: penicilina cristalina 1,5 milhões de UI IV de 6/6h ou ceftriaxona 1-2g IV a cada 24 horas
se houver alergia aos betalactâmicos, utilizar azitromicina 500 mg IV a cada 24 h
a doxiciclina é contra-indicada em gestantes, menores de 9 anos e pctes com insuficiência renal aguda ou insuficiência hepática
AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO EVOLUTIVO
mais de 250 sorotipos de leptospiras patogênicas
destacam-se a L. icterohaemorragiae e a L. pamona
o gênero Leptospira foi dividido em duas espécies|: L. interrogans e L. biflexa
Leptospira são microorganismos aeróbios obrigatórios, helicoidais, flexíveis e móveis
bactéria do gênero Leptospira
diversasespécies de mamíferos podem albergar essa espiroqueta
R. norvegicus: principal portador do sorovar Icterohaemorraghiae
cão, gato, cavalo, suíno: esses animais podem se infectar de forma assintomática ou desenvolver a doença
enchentes que colocam o ser em contato com as leptospiras
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS/FORMA ANICTÉRICA
anorexia
náuseas e vômitos
cefaléia
duração alguns dias: virose
febre
60 - 70% dos casos
FISIOPATOLOGIA
(1) a lesão direta do endotélio vascular; (2) adesão das leptospiras
síndrome febril decorrente da liberação de citocinas
movimentação helicoidal e pela produção de uma hialuronidase: atingindo o liquor e humor aquoso
alcançam a corrente sanguínea, se multiplicando e disseminando (fase da leptospiremia)
resistem à atividade bactericida do soro normal e, na ausência de anticorpos específicos
ocorre pela invasão do patógeno através de pequenas lesões na pele, como abrasões ou microcortes.
pode ocorrer por inalação de gotículas do meio e mucosas conjuntivas, nasofaringe
na forma grave (síndrome de weil) os órgãos mais afetados são fígado, o rim, o pulmão, o coração e o músculo esquelético