A dor, na fase aguda, é com característica de cólicas, podendo ser contínua ou intermitente, cuja duração persiste por 4-5 minutos, com intervalos variados de aproximadamente 20 minutos. Inicialmente a criança pode estar confortável e brincar normalmente entre as dores, mas com a progressão do quadro, o choro é mais frequente, e a criança tende a posicionar-se em flexão das pernas em direção ao abdome. A criança pode ficar progressivamente fraca e letárgica. Os paroxismos de dor costumam acompanhar-se de esforços para defecar e as fezes em “geléia-de- -framboesa”, de modo geral, aparecem nas primeiras 24 horas, mas em raras ocasiões surgem até dois dias após o início do quadro. O sintoma inicial mais frequente nas crianças menores é o vômito, ao contrário das crianças maiores, que é a dor abdominal. Em fases mais avançadas, o vômito pode estar machado de bile. Ao exame físico, o sinal mais consistente é a presença de massa palpável, de aspecto tubular, no quadrante superior direito do abdome, podendo ser subcostal. Esta pode ser mal definida e de consistência amolecida. Um achado deste tipo em crianças associado a outros sinais clínicos de intussuscepção praticamente confirmam o diagnóstico. Quando a invaginação ocorre no intestino delgado, situação mais rara, espera-se uma sintomatologia obstrutiva mais precoce, com dor, vômitos e enterorragia. Nesse caso, a massa abdominal é mais difícil de ser palpada assim como a realização do diagnóstico. Essa forma normalmente acomete crianças maiores de 2 anos, que, geralmente, apresentam alguma doença que sirva como ponto fixo para a intussuscepção.