O ataque de pânico não é um transtorno mental de per si, mas sim uma condição, que pode estar presente no contexto de outros transtornos como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), transtornos depressivos e os transtornos por uso de substâncias químicas lícitas ou ilícitas. O quadro caracteriza-se por início súbito, sem fator desencadeante obrigatório, durante o qual ocorrem pelo menos quatro dos seguintes sintomas: palpitações, sudorese, tremores ou abalos, sensação de falta de ar ou sufocamento, sensações de asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, instabilidade ou vertigem, calafrios ou ondas de calor, parestesias, desrealização ou despersonalização, medo de perder o controle ou enlouquecer e, principalmente, medo de estar infartando e/ou morrendo (DSM-V, 2014). Desmaios reais não são comuns (SAWCHUK; VEITENGRUBER, 2016). Esses sintomas atingem seu pico em até 10 minutos, diminuindo gradualmente sua intensidade em minutos ou até algumas horas (DEL PORTO, 2000). De todos os sintomas, a dor torácica é o mais relevante no contexto do Pronto Socorro. AP associado ou não com TP é a condição mais prevalente associada com dor torácica de causa não cardíaca, resultando em limitações funcionais e cronicidade do quadro