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FEBRE REUMÁTICA/ VALVOPATIAS - Coggle Diagram
FEBRE REUMÁTICA/ VALVOPATIAS
QUADRO CLÍNICO
Coréia: É a presença de movimentos involuntários, desordenados, mais evidentes em extremidades (braços e pernas) e no rosto. Esses movimentos, geralmente aumentam com as tensões emocionais e cessam com o repouso
Nódulos subcutâneos: São pouco comuns e geralmente estão associados a cardite. Caracterizam-se por nódulos duros, móveis, indolores localizados na pele
Cardite: uma inflamação em uma ou mais válvulas do coração e que é diagnosticada pela presença de sopro. A lesão pode ser leve ou grave, com insuficiência cardíaca
Eritema marginado: São lesões avermelhadas em tronco e membros que aparecem e desaparecem sem motivo. Este tipo de alteração cutânea está quase sempre associado a cardite
Artrite: É a manifestação mais comum da FR, caracterizada por uma inflamação das juntas, bastante dolorosa, com inchaço e vermelhidão
Artropatia de Jaccound: envolve o afrouxamento e o alongamento de estruturas periartuculares e tendões nas mãos e pés
Sequelas tardias: a doença cardíaca reumática é a mais comum e mais grave
Febre, artralgia, VHS e PCR elevados e intervalo PR prolongado no eletrocardiograma
FISIOPATOLOGIA
Faringoamigdalite
prévia
(Streptococcus
pyogenes)
Formação de linfócitos
T e B específicos
Eliminação do
estreptococo
Metabólitos e produtos
estreptocócicos
Efeitos tóxicos
Febre reumática
Fase Aguda
Coração aumentado de volume, flacido e globoso
Lesões inflamatórias focais em vários
tecidos
Lesões peculiares são encontradas no
coração, NÓDULOS DE ASCHOFF, consistindo em focos de linfócitos T
Evolução das lesões
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Na fase aguda,
há formação de granulomas com
macrófagos, indicando a existência de
resposta tipo Th1
Fase Cronica
Os folhetos valvares encontram-se
irregularmente espessados, encurtados e,
muitas vezes, calcificados;
sequelas do
comprometimento pelos surtos de
inflamação aguda
A fusão de comissuras é um dos principais
mecanismos de estenose das valvas
Estreptolisinas O e S
Mimetismo molecular
2 a 3 semanas
a infecção
Anticorpos atacando
tecidos do próprio
organismo
cardiomiócitos
(mimetismo com proteína N)
Reação Cruzada
ETIOLOGIA
Streptococcus pyofenes
Estreptococo beta-hemolítico do grupo A.
Infecção faríngea
Resposta imune ao EBGA.
Reação cruzada com as proteínas do hospedeiro.
Bactéria com características morfotintoriais de cocos Gram-positivo e catalase negativa.
Causa: faringite, tonsilite, escarlatina, fasciite necrosante, erisipela.
TRATAMENTO
Erradicação do estreptococo
Penicilina benzatina intramuscular de dose única
Ideal até o terceiro dia de infecção
Profilaxia primária
Alívio dos sintomas
Hospitalização
Cardite moderada a grave, artrite incapacitante e coréia grave
Repouso
Variável de acordo com o caso - período inicial de 2 semanas
Febre
Paracetamol, dipirona
Não recomendado AINES até que se confirme o diagnóstico
Artrite
AINES - AAS, naproxeno
Coréia
Leve/moderada
Repouso, ambiente calmo, benzodiazepínicos
Grave
Haloperidol, ácido valproico, carbamezapina
Cardite
Corticoide (prednisona)
Pulsoterapia- cardite grave ou refratária (prednisolona EV)
Controle da IC
Cirurgia cardíaca - nos casos refratários ou com grande lesão valvar
Profilaxia secundária - evitar reaparecimento
Penicilina benzatina intramuscular
De 15 em 15 dias por 2 anos e depois de 21 em 21 dias
Sem envolvimento cardíaco
Até os 21 anos ou 5 anos após o último surto
Com envolvimento cardíaco e sem sequelas
Até 25 anos ou 10 anos após o último surto
Com envolvimento cardíaco e com sequela
Por toda a vida ou até os 40 anos de idade
Link Title
Cirurgia valvar
Por toda a vida
VALVOPATIAS GRAVES
Decorrentes da Doença reumática
Estenose Mitral
Sopro diastólico após estalido de abertura
Obstrução do fluxo do AE para o VE
Aumento da pressão atrial e limitação do débito, simulando insuficiência do VE
Aumento do trabalho do ventrículo direito e consequente sobrecarga de VD com hipertrofia por compensação
Pode resultar congestão sistêmica e aumento da pressão pulmonar
Estenose Aórtical
Sobrecarga de pressão sobre o VE com hipertrofia por compensação
A medida que avança, há reserva reduzida de fluxo coronariano
Disfunção sistólica e diastólica do VE
Angina
Sopro diastólico de ejeção irradiando para o pescoço
** outras etiologias como calcificação das valvas e causas congênitas também podem ser causadoras dessas valvopatias
Decorrentes de outras etiologias
Insuficiência Mitral
Sopro apical holossistólico irradiando para a axila
Sobrecarga de volume sobre o VE
Hipertrofia excêntrica e dilatação, que possibilitam volume sistólico ventricular aumentado
Insuficiência Aórtica
Crônica ou aguda
Condição crônica
Volume total sistólico total causa circulação hiperdinâmica e causa sobrecarga de pressão e volume
A compensação por hipertrofia concêntrica e excêntrica
Condição aguda
Uma vez que não se desenvolve dilatação cardíaca, achados hiperdinâmicos estão ausentes
Alta pressão dilata o VE causa pré-fechamento da valva mitral e potencializa isquemia e insuficiência do VE
Sopro diastólico
Prolapso de valvas, endocardite, ruptura ou disfunção de músculo papilar, doença de colágeno, hipertensão = etiologias mais comuns dessas valvopatias
Estenose
Incapacidade de uma valva abrir completamente = sobrecarga de pressão
Insuficiência
Incapacidade de uma valva fechar completamente, permitindo refluxo sanguíneo = sobrecarga de volume
EPIDEMIOLOGIA
Maior frequência nas idades de 5 a 15 anos
Incidência mundial de 19 a cada 100 mil pessoas
Taxas maiores na Europa Oriental, Oriente Médio, África, Ásia, Nova Zelândia
Podem desenvolver uma cardiopatia reumática crônica mas a incidência é incerta.
Estimasse que no mundo haja 33 milhões de pacientes com doença cardíaca reumática
Resultando em 300 mil mortes anualmente
DIAGNÓSTICO
Exames complementares
Eletrocardiograma
Ecocardiograma
Avaliação de Infecção estreptocócica recente
1 - Cultura de orofaringe ou pesquisa de antígeno estreptocócico positivos para o estreptococo beta-hemolítico do grupo A
2 - Títulos elevados ou crescentes de anticorpos anti-estreptocócicos no soro
Provas de Atividade Inflamatória
Hemograma, perfil renal e eletrólitos, glicemia, provas de coagulação, sumário de urina e parasitológico de fezes
Clínico - Critérios de Jones
Diagnóstico é feito com a presença de dois critérios maiores ou um critério maior e dois menores
Maiores
Artrite
Cardite
Coréia
Eritema marginado
Nódulo subcutâneo
Menores
Artralgia
Febre
Elevação dos reagentes de fase aguda - PCR, VHS, concentração de mucoproteína sérica
Intervalo PR