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Postmetropolis (parte 1) - Coggle Diagram
Postmetropolis (parte 1)
Prefácio e Introdução
(Felipe)
A obra
Analisa como a reestruturação urbana nas metrópoles acarretou grande transição e transformação nas formas de compreender, experimentar e estudar as cidades.
O termo "pós-metrópole" é um título provisório para o que poderia ser chamado de novo urbanismo
Busca promover sinergia produtiva entre os estudos culturais críticos e a economia geopolítica
Revoluções Urbanas
Ocorreu nas regiões do planalto do sudoeste da Ásia há mais de dez milênios; deu origem a invenção inicial de base urbana da agricultura em grande escala.
ocorreu nas planícies aluviais do Crescente Fértil, estimulou uma revolução política que resultou na formação da cidade-estado e impérios baseados na cidade, monarquia, organização de classes poder social e social patriarcal
O planejamento urbano entrou em uma nova fase com o início da Revolução Industrial na Europa Ocidental, formando as bases do capitalismo especificamente urbano-industrial
Discursos sobre a pós-metrópole
uma metrópole industrial pós-fordista com flexibilidade especializada
uma região urbana globalizada ou cosmópole
uma exópole pós-suburbana ou megacidade
uma cidade fractal de intensificação das desigualdades e polarização social
um arquipélago de prisão de cidades fortificadas
uma coleção de simcidades hiperreais, onde a vida diária é jogada cada vez mais como um jogo de computador.
O sinecismo
Impulso para o desenvolvimento de habitats densamente povoados e do estímulo da aglomeração urbana
Impactou as primeiras cidades que incubaram o desenvolvimento da agricultura em grande escala e da pecuária organizada
Conduz nova cartografia da geo-história do espaço urbano
Deriva diretamente de synoikismos, literalmente, a condição que surge da convivência em uma casa, ou oikos
Conota as interdependências econômicas e ecológicas e as sinergias criativas, bem como destrutivas, que surgem do agrupamento e coabitação intencional e coletiva de pessoas no espaço, em um habitat
Conceito regional de espaço urbano, uma forma e processo de governo político, desenvolvimento econômico, ordem social e identidade cultural. Muitos nós articulados em uma malha intrincada de assentamentos nodais ou regiões centralizadas na cidade
Força ativa e motriz da geo-história, supõe a formação de uma rede regional de povoamentos nucleados e hierarquicamente aninhados, capazes de gerar inovação, crescimento e desenvolvimento social (e individual) a partir do seu domínio territorial definido.
Cidade-região.
Lefebvre
As relações sociais, relacionadas com classe, família, comunidade, mercado ou poder estatal, permanecem abstratas e infundadas até serem expressamente espacializadas,ou seja, convertidas em relações espaciais materiais e simbólicas
Produção (social) do espaço (social):
Teoria abrangente das relações entre espacialidade, sociedade e história num problema essencialmente urbano, numa dinâmica espacial e num enquadramento para ação política, cheia de tensão, que projetou sobre as especificidades mais sociais e históricas da vida urbana
A trialética do espaço urbano
Primeiro espaço: conjunto de práticas espaciais materializadas. Produzem e reproduzem as formas concretas e padrões específicos do urbanismo como forma de vida. Coisas do espaço
Segundo espaço: campo mais mental ou ideal, conceitualizado em imagens, pensamentos, representações reflexivas e simbólicas, um espaço concebido pela imaginação, imaginário urbano, utopia urbana. Reflexões sobre o espaço
Terceiro espaço: concepção que incorpora as perspectivas do primeiro e segundo espaços. Alarga a complexidade da imaginação espacial. Espaço inteiramente vivido. Simultaneamente real e imaginário, real e virtual, um lugar de experiência e de agência estruturada, individual e coletiva.
Capítulo 1 - As cidades primeiro
(Letícia)
Sequência convencional:
Caça e coleta
Agricultura
Adeias
Cidades
Estados
Características da sequência tradicional:
Cultivo de grãos (Ásia e Mesopotâmia)
Sedentarização
Transição da caça e coleta para agricultura e domesticação de animais
Surgimento de pequenas aldeias
Intensificação da agricultura (produção de excedente) e aumento da densidade urbana
Ordem social baseada no parentesto com posterior complexificação
Crescimento das trocas comerciais, de sistema de defesas e surgimento da cidade-estado
Inversão da sequência tradicional - as cidades primeiro:
Cidades como centro de inovação e copresença
Cidade produzida por caçadores, coletores e comerciantes
Domesticação de plantas e animais dentro da cidade
Do estímulo da aglomeração urbana é que surge a agricultura e a sociedade urbano-agrária
Revisão da geo-história
Aglomeração urbana como força motriz para o surgimento da agricultura e das aldeias agrícolas, e de processos como a escrita, o estado e as estratificações sociais
Aprender com Jericó:
Maior centro de inovação antigo
Primeiro assentamento urbano (sedentário) derivado de caçadores e coletores (Jericó não derivou de uma aldeia agrícola)
Local com primeiras evidências de agricultura e domesticação de plantas comestíveis
Articulação com diversas cidades para trocas comerciais
Sinecismo (inovação urbana) como elemento que produz a agricultura
Caça e coleta como origem do comércio e agricultura (cidade antes da era agrária)
Muro como elemento de proteção e delimitação (física e cultural)
Aprender com Çatal Hüyük:
Escavações demonstram inovações tecnológicas e artísticas
Sem evidência de muros mas a cidade devia integrar um sistema metropolitano
Densa aglomeração, casas unidas sem ruas, praça com mercado, centros religiosos descentralizados nas casas
Destaque para a figura feminina (religiosidade e possível sociedade matriarcal)
Aprender com Nova Obsidiana (a contribuição de Jane Jacobs):
Nova Obsidiana como cidade imaginária / construção de exemplo
Contraposição da visão de Mumford
Cidade pré-agrícola derivada de caçadores
Cidade cresce em torno de um centro comercial
Sinecismo na cidade: reúne aglomeração urbana capaz de gerar crescimento econômico a partir dos seus próprios recursos
Crescimento endógeno e desenvolvimento regional
Sistematização da origem urbana da revolução agrícola
Teoria espacial das economias de aglomeração (influência até os dias de hoje)
Capítulo 2 - A segunda revolução urbana
(Felipe)
A nova urbanização
Deslocamento da produção agrícola e dos assentamentos humanos de alta densidade para os vales férteis dos rios, primeiro na Mesopotâmia, que começou no sexto milênio aC.
Cidades-estados independente. Rede de assentamentos urbanos interconectados. Pontos nodais metropolitanos. Difusão de longo alcance do comércio, tecnologia, cultura, conhecimento e poder militar-governamental
Sinecismo provavelmente produziu mudanças revolucionárias em todas as esferas da vida, incluindo a invenção da escrita e seu uso eficaz na construção e administração do economia geopolítica urbana
A origem da Segunda Revolução Urbana está associada à região da Suméria, na foz dos rios Tigre e Eufrates
Maior vigilância e controle na força de trabalho, para uma otimização da organização da produção da agricultura, armazenamento e distribuição do produto social, e uma expansão da cultura urbana local
As cidades-estados da Suméria: locais permanentes, a cooperação e a competição foram capazes de estimular uma maior inventividade, especialmente no que diz respeito a tecnologias e convenções relacionadas com
controle e administração territorial
Espaço, conhecimento e poder na Suméria
governamentalidade social: reconstituição de longo alcance das relações de poder, dentro e fora da cidade
Ordem social mais estritamente patriarcal, remodelando a antiga divisão sexual do trabalho e iniciando a subordinação cultural das mulheres em diversas sociedades urbanas subsequentes
Cidades da Suméria consolidaram o poder político em uma classe dominante genealogicamente estabelecida, combinando esferas de autoridade: patriarcas-cidadãos e a nobreza-cidadã.
Lento processo de dissolução da 'ideologia da descendência patrilinear de origem divina'
Setores da população: (1) comerciantes-financiadores empreendedores, (2) força
armada de militares organizados, (3) burocracia municipal institucionalizada e a (4) subclasse empobrecido urbana
Ur e o novo urbanismo
Um dos primeiros centros que se tornaria um extenso mosaico de cidades-estado ligadas umas às outras de forma flexível
Novas relações de produção baseadas na propriedade privada, a posse de terra, patriarcado e formação de classe hierárquica organizada
Ampliação da divisão do trabalho social. Dialeticamente relacionada à geografia material e simbólica da cidade-estado mesopotâmica
Morfologia urbana em sintonia com o conhecimento astrológico, simbolismo cosmológico, poder secular e aspectos práticos da vida urbana cotidiana
Especificidade espacial do urbanismo girava em torno de uma centralização sagrada e secular. O espaço urbano profundamente centralizado
Criação de um novo centro para toda a população residente na cidade-estado que moldaria a vida cotidiana e o acesso aos fundamentos simbólicos do poder da cultura territorial local