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PROCESSO DE DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL EM SÃO PAULO - Coggle Diagram
PROCESSO DE DESCONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL EM SÃO PAULO
Investimentos públicos
Os investimentos públicos serviram de alicerce para a descentralização da indústria: serviram para a reorganização do território e promoveram a maior fluidez de competitividade territorial das empresas.
O estado organiza a infraestrutura regional, dando velocidade ao deslocamento de pessoas, mercadorias e informações.
Nas regiões administrativas que circundam a capital, os indicadores mostram que o crescimento em valor agregado foi maior que o número de unidades industriais, demonstrando um movimento de empresas mais capitalizadas e/ou de porte grande ou médio.
A desconcentração industrial se deu em paralelo e simultaneamente à intensificação do adensamento da indústria inovadora na Região Metropolitana de São Paulo e em seu entorno. Isso desencadeia a necessidade de condições apropriadas para o desenvolvimento de atividades de ponta como universidades, centros de pesquisa e apoio à pesquisa.
“A capacidade da indústria de ponta de gerar riqueza indica que, no bojo do processo de desconcentração da indústria paulista, o que parecia indicar um caminho para minimizar as disparidades regionais, criou diferenças de outra natureza que mantêm o quadro de desigualdade”, afirma a geógrafa Sandra Lencioni.
As cidades longe da macrometrópole são definidas principalmente por empresas de capital local e setores da indústria, do comércio e de serviços. O distanciamento de São Paulo é um obstáculo para a ampliação do parque industrial dessas cidades, porém proporciona o fortalecimento da centralidade dessas regiões.
A economia do estado de São Paulo não segue um caminho apenas: agentes do interior que criam empresas que se deslocam para São Paulo ao mesmo tempo que outros fazem o movimento oposto, da cidade em direção ao interior.
As EADIs são terminais diretamente ligados por estrada, via férrea ou área ao ponto de escoamento do produto. Os negócios da indústria exportadora instalada no interior com o mercado externo prescindem da metrópole e são dependentes das EADIs.
A desconcentração industrial em São Paulo se iniciou em torno de 1970 e provocou alterações na região, tais como a expansão da mancha metropolitana e dos conglomerados urbanos, assim promovendo a popularização das cidades de médio porte no mercado.
Eixos de desenvolvimento
A organização regional de São Paulo se caracteriza como desigual, configurando uma Macrometrópole. Tal organização se dá por um mapa baseado por linhas rodoviárias e infoviárias, rodeados de indústrias de grande porte.
A macrometrópole e o interior do estado formam o maior e mais diversificado parque industrial do país, com participação de 33% no Produto Interno Bruto Nacional (PIB).
Um dos principais fatores atuantes na nova configuração do mapa é a evolução da indústria, analisada a partir do materialismo histórico e transformações ocorridas nos séculos XX e XXI.
Assim, a desconcentração industrial resulta da passagem de um
sistema fordista de produção
para um
sistema de acumulação flexível do capital (toyotismo)
.
Fordismo - baseado na estratégia de linha de montagem e produção em massa, em que é forte a relação entre empresas e território
Toyotismo - onde os investimentos não reconhecem fronteiras e que também norteiam o processo de globalização de empresas.
Disjunção produtiva
A Disjunção Produtiva refere-se ao distanciamento dos meios de produção e de gestão de fábricas, assim as fábricas dirigem-se para o interior enquanto suas sedes se mantém em São Paulo.