A Condição Pós-Moderna

Capítulo 3: Pós-modernismo (Letícia)

Pós-modernismo:

mudança em relação ao modernismo:

sensibilidade

práticas

formações discursivas

Na arquitetura:

a partir da dinamitação da habitação Pruitt-Igoe habitação Pruitt-Igoe

tenta se aproximar de formas populares e comerciais, construindo para pessoas

No planejamento urbano:

sai do planejamento em larga escala e de regiões metropolitanas

busca estratégias estratégias mais pluralistas e orgânicas

passagem da renovação urbana para a revitalização urbana

incorporação de ideias de pensadoras como Jane Jacobs

Ideais pós-modernos:

nega as premissas do iluminismo de uma emancipação humana universal através da tecnologia, ciência e razão.

não está bem construído e delimitado

parte do labirinto e da interrogação

continuidade do modernismo? ruptura? se integra ou nega a política neoconservadora? é mais uma estratégia de reestruturação do capital?

efêmero, fragmentário e nômade

O que o pós-modernismo nega?

se opõe a construções de metanarrativas e metalinguagens (conexões totalizantes).

destaque para Foucault e Lyotard

O que o pós-modernismo busca?

pluralidade de poderes-discursos

Foucault aborda a micropolítica e Lyotard os jogos da linguagem

Pós-modernismo e a alteridade:

Aponta para o lugar de fala e o reconhecimento do outro como válido

Cada grupo tem o direito de falar por si próprio e sua voz tem que ser aceita como legítima

pluralismo

abrange diversos grupos e movimentos sociais como mulheres, gays, negros, ecologistas, autonomistas regionais, mesmo nem todos esses grupos assumindo seu pensamento como pós-moderno

heterotopia (Foucault)

Pós-modernismo e a transmissão de conhecimento:

novas possibilidades de informação e novas tecnologias de comunicação

a linguagem opera através de nós

a mensagem não é única

considera a colagem e a montagem como modalidade de discurso

ênfase no processo, na performance, na participação

minimização da autoridade do produtor cultural

narrativa conjunta e contínua

Pragmatismo e pós-modernismo:

não existe consenso e de certa forma abraça um relativismo e derrotismo

fragmentação e a instabilidade

desordem linguística, ou esquizofrenia

corte no tempo

sem a perspectiva de projeto de futuro

rejeita a ideia de progresso e a continuidade histórica

busca aproximar a história do presente

Pós-modernismo e a aparência:

busca do instantâneo por vezes traz a falta de profundidade

eventos espetáculos e imagens da mídia

interações com as novas tecnologias multimídias

mudança na forma de produção do conteúdo

Aproximação entre cultura popular e pós-modernidade:

se aproxima da visão da massa e da classe média

visões estéticas arquitetônicas criticadas emergem como Las Vegas e a Disney

Seria o pós-modernismo a lógica cultural do capitalismo avançado?

integração entre a lógica cultural e a produção de mercadorias

publicidade é a arte oficial do capitalismo

cultura de massa busca disseminar sua visão através de meios diversos (moda, pop arte, televisão, estilos de dia urbana)

Capítulo 5: Modernização (Letícia)

Questionamento da natureza de modernização do pós-modernismo:

reação diferente a um mesmo processo de modernização?

ruptura na modernização e início de uma sociedade pós-industrial ou pós-capitalista?

Perspectiva de Marx

Modernização capitalista:

burguesia criou um novo internacionalismo através do mercado mundial com a sujeição da natureza ao ser humano

resultados de violência, destruição das tradições, opressão, avaliações pautadas no dinheiro e no lucro

Mercadoria, valor de uso e valor de troca:

condições cotidianas como comida, abrigo, roupa

valor de uso (desejo ou necessidade)

valor de troca (objeto de barganha e de valor)

Economia pautada no dinheiro:

dissolve os vínculos e relações que compõem comunidades "tradicionais"

passagem de vínculos e dependências sociais para vínculos impessoais e objetivos

Fetichismo da mercadoria:

Supervalorização da mercadoria

Apagamento do processo de produção e exploração

A metateoria de Marx busca derrubar o fetichismo e entender as relações sociais

Qual a relação do pós-modernismo com o dinheiro?

o pós-modernismo reforça o papel do dinheiro como objeto próprio do desejo?

reforço e não transformação do papel do dinheiro. Aplicação do dinheiro em todos os âmbitos (prazer, lazer, sedução)

A linguagem universal do dinheiro:

dinheiro e mercadoria fornecem bases universais do capitalismo

reprodução da vida social através de um sistema objetivo de ligação social

Fragmentação e divisão necessárias ao capitalismo:

divisão do trabalho e alienação do produtor em relação ao produto ajudam no sistema de acumulação

Separação entre a massa de produtores e o controle da produção

assalariamento como extintora de outros modos de produção mais antigos

O capitalismo e o uso do outro:

compra da força de trabalho

não considera o pensamento, as necessidades e o sentimento

onipresença do domínio de classe

reprodução da ideia de alteridade

ocultação do outro pelo fetichismo da mercadoria

criação de figuras "subalternizadas" como mulheres, negros, povos colonizados, e todas as consideradas minorias

Trabalhador como apêndice da máquina:

fragmentação técnica e social

inteligência é objetificada na máquina separando o trabalho manual do mental

Criação de necessidades:

manutenção da lucratividade

busca criar novos produtos, ressignificar desejos e necessidades

Dimensão geográfica:

o capitalismo busca:

novos espaços

novas fontes de matéria prima

novas forças de trabalho

locais mais lucrativos e vantajosos

Conclusão sobre o pós-modernismo:

condições de modernização capitalista formam a base para modernos e pós-modernos (sensibilidade, princípios e práticas)

a virada para o pós-modernismo não representa nenhuma mudança fundamental na condição social

a condição pós-moderna reflete um afastamento dos modos de pensar sobre essa condição social

o pós-modernismo consiste em uma mudança na maneira de operação do capitalismo

Capítulo 1 - tese, prefácio e introdução (Felipe)

Soft city (Jonathan Raban)

Rejeita a concepção de cidade rigidamente estratificada por ocupação e classe

Em oposição: a imagem da cidade como uma enciclopédia ou empório de estilos em que todo sentido de hierarquia e até de homogeneidade de valores estavam em vias de dissolução

A cidade é um lugar demasiado complexo para se disciplinar; labirintos, enciclopédia, empório, teatro, a cidade é um lugar em que o fato e a imaginação simplesmente tem de se fundir

Nem tudo corria bem na vida urbana. Por trás de tudo isso estava a nervosa ameaça da violência inexplicável, a companhia inevitável da onipresente tendência a dissolução da vida social no caso absoluto

Fala sobre o individualismo e o empreendimentismo disseminados. As marcas da distinção social eram conferidas em larga medida pelas posses e pela aparência

A cidade era como um labirinto, formado, como uma colmeia, por redes tão diversas de interação social orientadas para metas tão diversas

A influência pós-modernista

Pós Modernismo vem determinando os padrões do debate, definindo o modo do “discurso” e estabelecendo parâmetros para a crítica Cultural de política e intelectual

Há uma relação necessária entre a ascensão de formas culturais pós-modernas, a emergência de modos mais flexíveis de acumulação do capital e o novo ciclo de ‘’compressão do tempo-espaço’’ na organização do capitalismo

Tais mudanças, quando confrontadas com as regras básicas de acumulação capitalista, mostram-se mais como transformações da aparência superficial do que como sinais do surgimento de alguma sociedade pós capitalista ou mesmo pós-industrial inteiramente nova

Discurso pós-modernista

Pós-modernismo representa alguma espécie de reação ao modernismo ou de afastamento dele

Privilegia a heterogeneidade e a diferença como forças libertadoras na redefinição do discurso cultural. A fragmentação, a indeterminação e a intensa desconfiança de todos os discursos universais ou totalizantes são o marco do pensamento pós-moderno.

A rejeição das metanarrativas (Interpretações teóricas de larga escala pretensamente de aplicação Universal). Cuja função terrorista secreta era fundamentar e legitimar a ilusão de uma história humana Universal

É o processo de Despertar para o pluralismo retornado do pós-moderno, essa gama heterogênea de estilos de vida e jogos de linguagem que renunciou ao impulso nostálgico de totalizar e legitimar assim mesmo.

Capítulo 6: PÓS-modernISMO ou pós-MODERNismo (Felipe)

Contradições

Atua como um movimento determinado e deveras caótico voltado para resolver todos os supostos males do modernismo. Mas, exageram quando descreve o moderno de maneira tão grosseira

É igualmente errado apagar com tanta facilidade as realizações materiais das práticas modernistas

A ênfase na efemeridade, sua insistência na impenetrabilidade do outro, sua concentração antes no texto do que na obra, sua inclinação pela desconstrução que beira o nilismo, sua preferência pela estética, em vez da ética, leva as coisas longe demais

Conduz para além da política coerente, enquanto a corrente que busca uma acomodação pacífica com o mercado o envereda pelo caminho de uma cultura empreendimentista, marco do neoconservadorismo reacionário

Obsessão pela desconstrução e pela deslegitimação de toda espécie de argumento que encontra, assim, condena suas próprias reivindicações de validade, não restando nada semelhante a uma base para a ação racional.

Nega metateorias capazes de apreender os processos político-econômicos (fluxo de dinheiro, divisões internacionais do trabalho, mercados financeiros etc)

Veda vozes ao acesso a fontes mais universais de poder, circunscrevendo-as no gueto de alteridade opaca, da especificidade de um outro jogo de linguagem.

Priva de poder essas vozes (de mulheres, de minorias étnicas e radicais, de povos colonizados, de desempregados, de jovens etc) no mundo de relações de poder assimétricas

A retórica do pós-modernismo é perigosa, já que evita o enfrentamento das realidades da economia política e das circunstâncias do Poder global.


Características

click to edit

A máscara pós-moderna de um novo autoritarismo na direção das formas da cidade

Mas a crescente afluência, poder e autoridade que emergem na outra extremidade
da escala social produzem um ethos inteiramente distinto (exemplos arquitetônicos de
exuberância e luxo: o trabalho do prédio pós-moderno de AT & T, de Philip Johnson)

Prevalecem relações
com a crescente favelização, enfraquecimento isolamento da pobreza e das populações
minoritárias no centro ampliado das cidades britânicas e norte-americanas

O pós-modernismo também deve ser considerado algo
que imita as práticas sociais econômicas e políticas da sociedade

Reconhece "as múltiplas formas de alteridade que emergem
das diferenças de subjetividade, de gênero e sexualidade, de raça, de classe, de configurações de sensibilidade
temporal e de localizações e deslocamentos geográficos espaciais e temporais’’

Há mais continuidade do que diferença entre a ampla história do modernismo e o movimento denominado pós-modernismo.
Uma crise do modernismo

Capítulo 4: O pós-modernismo na cidade: arquitetura e projeto urbano (Romario)

Ruptura com o modernismo

Modernismo: planejamento em larga escala, austeridade formal e funcional. "Moderno internacional". Espaço para propósitos sociais, um projeto social.

Pós-modernismo: tecido urbano fragmentado, formas superpostas, “colagens”. Comandar a metrópole aos pedaços. O projeto urbano sensível às tradições vernáculas, às históricas locais, e desejos particulares. Princípios e objetivos estéticos.

Contexto no pós-guerra

O modernismo “dominante” na organização urbana.

Evitar a condição de precariedade para população, como, no entre guerras (recessão e desemprego, habitações deterioradas, etc.)

Atender às aspirações de povos que tinha participado da guerra (prosperidade, um futuro melhor e mais seguro, etc.).

Planejamento em massa como programa de reconstrução e reorganização.

A reconstrução, reformulação e renovação do tecido urbano.

Aceitação das ideias de Le Corbusier, Mies van der Rohe, do CIAM, etc.

INGLATERRA: planejamento bastante rigorosos; restringiu a suburbanização. Novas cidades (à lá Ebenezer Howard). Mão forte do Estado. Planejamento racional e racionalização de padrões espaciais. Produção em massa e sistema de produção industrial.

EUA: suburbanização; construções particulares, subsidiadas pelo governo. Reconstrução de centros urbanos mais antigos, contexto de Robert Moses e NY. Produção em massa e industrial.

Melhores condições de abrigo da população.

Reconstituição do tecido urbano: bem-estar social e preservação da ordem capitalista (p. 72).

Estilos modernistas hegemônicos.

Especulação da terra e propriedades: acumulação do capital.

Modernismo para construção de monumentos símbolos do poder capitalista, ex.: prédio do Chicago Tribune e o Rockfeller Center.

Críticos pós-modernistas citados

Leon Krier (1987)

Crítico do P.U. modernista e o do seu zoneamento funcional, da sua pobreza simbólica e da sua monotonia funcionalista.

Recriação e restruturação de valores urbanos clássicos tradicionais. Restauração do tecido urbano para novos usos.

Recuperar de modo direto os valores urbanos clássicos.

Janes Jacobs (vida e morte das grandes cidades, 1961)

Tratados antimodernista. Abordagem para a compreensão da vida urbana. Processos sociais de interação. Processos de mercado tendiam ir contra a diversidade e produziam uma rígida conformidade dos usos da terra; os planejadores eram inimigos da diversidade.

Charles Jencks (1984)

Há um novo internacionalismo com diferenciações locais (“fragmentação). Diversificação da forma espacial.

Novas tecnologias permitem a produção em massa flexível, que permitem grande variedade de estilos. Mais flexibilidade para se comunicar com grupos distintos, de maneira personalizada e elaboram produtos para diferentes situações, funções e “gostos culturais”.

A esquizofrenia como característica geral da mentalidade pós-moderna.

O pós-modernismo na arquitetura e no projeto urbano tende a ser orientado para o mercado, que atenda às necessidades do consumidor rico e privado.

Aldo Rossi

Permanência em monumentos urbanos: signos da vontade coletiva e pontos fixos das dinâmicas urbanas. Eles preservam e exprimem a memória coletiva. O papel do arquiteto é participar da produção de monumentos.

A problemática: evitar que a sua postura teórica se reduza a produção estética do mito através da arquitetura.

Ele leva a sério a questão das referências históricas.

Características do pós-modernismo

Exprimir essa estética da diversidade. Mas é importante considerar como ele o faz (p. 76).

Uma visão construída da continuidade histórica e da memória coletiva (p. 83).

Acumula toda espécie de referências a estilos passados (p. 86).

A diferenciação dos produtos de projeto urbano (exploração de gostos e preferencias estéticas diferenciadas).

"Capital simbólico".

Outros conceitos

"Capital Simbólico"

”(Bourdieu,1977:) o acúmulo de bens de consumo suntuosos que atestam o gosto e a distinção de quem os possui” (p. 80).

O gosto não é estático, precisa-se preencher os caprichos da moda.

Embelezamento, ornamentação, decoração = códigos de distinção social (p. 83).

Funções ideológicas: a reprodução da ordem estabelecida e para a perpetuação da dominação.

Comunicar as distinções sociais e símbolos de status através da arquitetura.

Fenômenos urbanos como gentrificação, produção da comunidade, reabilitação de paisagens urbanas e a recuperação da história

Industria da herança (Hewison, 1987)

Passado é o fundamento da identidade individual e coletiva.

Para ele, a Inglaterra estava a ponto de substituir a manufatura de bens para a manufatura da herança como a sua principal indústria.

É uma criação contemporânea, um drama, uma re-representação de costumes. (p. 86).

Ecletismo

Citação de imagens e forma urbanas e arquitetônicas presentes em diferentes partes do mundo.

Reconstruções no tecido urbano: minorias – ilatlias, havanas, chinatowns, barrios latinos, etc.).

Esse mascaramento, superfície (p. 87)

Conflito: historicismo de ter raízes num lugar e o internacionalismo (uma fantasia, “museu imaginário” [o que se acha que é]).

Construções de imagens sobre a geografia real.

Espetáculo urbano

Blatimore

Piazza D'Italia