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Segundo Reinado - Coggle Diagram
Segundo Reinado
A imigração
Os debates sobre a substituição da mão de obra escrava começaram bem antes da abolição. Uma das soluções propostas era a vinda de imigrantes para o país,
Os cafeicultores do Oeste Paulista passaram a financiar a vinda de imigrantes para suas fazendas, estabelecendo um sistema de parceria no qual cada família recebia determinado número de mudas de café pelas quais seria responsável e todos tinham de trabalhar.
Lucros e prejuízos eram divididos entre o imigrante e o fazendeiro, mas o primeiro deveria trabalhar obrigatoriamente para o segundo até saldar as despesas da viagem.
O sistema de parceria no início funcionou, mas os constantes atritos entre fazendeiros e imigrantes europeus minaram o projeto.
O governo estabeleceu uma política de imigração subvencionada (a administração provincial arcava com parte dos custos da vinda de imigrantes europeus). A imigração em massa já era vista como solução para o trabalho nas fazendas de café.
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A província de São Paulo foi a que mais investiu na subvenção da imigração para substituir a mão de obra escrava nas fazendas de café.
A imigração foi incentivada desde o governo de dom João VI, porém as primeiras políticas nesse sentido visavam povoar as regiões desabilitadas do território brasileiro.
Parte da elite econômica e intelectual defendia o incentivo à imigração porque enxergava a possibilidade de contar com trabalhos disciplinados e "civilizar" a sociedade brasileira.
Isso tinha relação com as teorias raciais em voga naquele momento na Europa que defendiam a superioridade dos europeus em relação a outros povos.
A Guerra do Paraguai
O Brasil esteve envolvido na maior guerra da América do Sul, que colocou a Argentina, Uruguai e Brasil contra o Paraguai e marcou o processo de consolidação dos Estados nacionais na região.
Causas do conflito: disputas pelo controle da bacia do rio da Prata e a interferência do Paraguai, da Argentina e do Brasil na política interna do Uruguai.
O Império Brasileiro invadiu o Uruguai e promoveu a destituição do presidente do país, que fazia parte do partido blanco. Isso contrariou o governo paraguaio, que temia que o Brasil dominasse o Uruguai e assumisse o controle da embocadura do rio da Prata. Então, o Paraguai declarou guerra ao Império Brasileiro.
Inicialmente, a Argentina era neutra, mas acabou entrando na guerra devido à invasão de seus territórios pelo Paraguai. O grupo dos colorados, no Uruguai, derrotou os blancos e assumiu o controle do governo do país.
Os dois países, Argentina e Uruguai, se aliaram ao Império Brasileiro formando a Tríplice Aliança.
A guarda do Brasil, juntamente com a da Argentina e do Uruguai, era mínima comparada à guarda do Paraguai. Surgiu então a chamada política dos voluntários da pátria. No qual aqueles que se voluntariassem para auxiliar na guerra, seriam beneficiados se saíssem vivos.
A guerra acabou em 1870 e arrasou o Paraguai, que perdeu quase a metade de sua população, entre militares e civis.
Revoltas liberais
O ministério conservador adotou medidas que contrariaram os liberais, como a restauração do Conselho de Estado. Revoltas liberais eclodiram em São Paulo e em Minas Gerais em resposta à destituição da Câmara dos Deputados.
São Paulo e Minas Gerais se recusaram a acatar as novas medidas e não reconheceram a autoridade dos presidentes de província nomeados pelo governo imperial.
Ambos os movimentos, paulista e mineiro, tinham como objetivo estabelecer governos provinciais mais autônomos, porém foram rapidamente reprimidos por tropas militares vindas do Rio de Janeiro.
Revolução Praieira
Em Pernambuco ocorreu uma revolta de liberais mais radicais contra o poder imperial. O Partido da Praia era uma ala dissidente do Partido Liberal.
Os praieiros conseguiram assumir o governo pernambucano, derrotando os representantes dos liberais e dos conservadores. Mas, o imperador afastou o presidente da província que era membro do Partido da Praia.
A interferência do governo imperial em Pernambuco tornou tensa a política local. A nomeação de um conservador mineiro para presidente foi o que faltava para o confronto armado.
Os praieiros obtiveram algumas vitórias no início. Mas sofreram as primeiras derrotas para as forças do governo imperial e então, os últimos líderes do movimento se renderam.
Império do Café
O café se tornou o principal produto de exportação brasileiro, o que provocou várias mudanças econômicas e sociais no país.
A colônia francesa de São Domingo foi um dos principais produtores mundiais de café até o final do século XVIII. Porém, a guerra de independência e as dificuldades ligadas à reestruturação econômica no Haiti levaram à diminuição da produção.
No Brasil começou a ter mais lavouras de café do que de cana-de-açúcar, que era o principal produto agrícola de exportação. O café correspondia a praticamente metade das exportações do país. A produção cafeeira se organizava com base na cultura extensiva com mão de obra escrava.
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Modernização do Brasil
A Elite cafeeira assumiu um papel importante no cenário político ao longo da segunda metade do século XIX. Os cafeicultores pressionavam as autoridades públicas para que subsidiassem a construção de ferrovias, que eram planejadas com base na localização das fazendas.
Foram construídos milhares de quilômetros de estradas de ferro. Com a expansão ferroviária, se levava cada vez menos tempo para ir de um lugar a outro. As ferrovias foram o principal meio de transporte utilizado no sudeste brasileiro.
A pressão dos fazendeiros também impulsionou uma reforma bancária que expandiu o crédito rural para os próprios cafeicultores, os quais se aplicavam na modernização das lavouras.
Cidades próximas às fazendas também se transformaram com o aumento de população e com a construção ou reforma de casarões e de outros edifícios.
Os dois partidos
Partido Conservador: acreditavam que o Poder Executivo deveria ser centralizador e zelar pela unidade da nação.
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Ambos concordavam quando se tratava de manter a estrutura social vigente, na qual estava incluída a escravidão.
Golpe da Maioridade
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A Elite política resolveu antecipar a maioridade de dom Pedro de Alcântara para coroar um monarca nascido em território brasileiros
Os deputados ligados ao Partido Liberal tomaram a frente desse projeto. Pedro de Alcântara, com 14 anos, se tornou legalmente dom Pedro II, imperador do Brasil. Com essa nomeação, iniciava-se no país o Segundo Reinado.
Abolição da Escravidão
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A abolição
As províncias do Ceará e do Amazonas se anteciparam ao restante do Brasil e aboliram a escravidão. Várias cidades do Sul também já não mantinham mão de obra escrava.
O movimento abolicionista havia se fortalecido e se espalhado. Escravizados e ex-escravizados figuram entre os protagonistas do processos de abolição no Brasil.
A Câmara e o Senado aprovaram a lei que extinguiu definitivamente a escravidão, isso porque não tinham como resistir às pressões da sociedade. Isabel, a princesa regente, assinou a Lei Áurea pois dom Pedro II estava fora do país.
A Lei Áurea significou o direito dos ex-escravizados à igualdade civil, porém não se garantiu a inserção dos libertos na sociedade brasileira no período pós-abolição.
A elite brasileira não teve interesse em empregar os ex-escravizados que eram considerados inferiores, mas sabemos que isso não é verdade. Entre os seres humanos, não existe diferenciação de capacidade ou de personalidade definida por origem ou cor de pele, porém essas concepções equivocadas serviram ideologicamente à elite branca, que se julgava superior.
Os afrodescendentes não tiveram nenhum apoio do Estado brasileiro para se inserirem na vida do país como cidadãos com direitos. Eles se tornaram pessoas livres sem recursos financeiros, sem trabalho e sem moradia. Nenhum deles tinham condições mínimas para a sobrevivência.
Era Mauá
Período de industrialização que coincidiu com o período do fim do Império na História do Brasil. Foi indo de meados da década de 1850 até o falecimento do Barão de Mauá, um importante industrial, banqueiro e político brasileiro do século XIX, em 1889
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