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Aula 67 Independência da América espanhola I., Iluminismo e liberalismo…
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INTERESSES PARTICULARES DA ELITE "CRIOLLA": o projeto independentista defendido pelos líderes latino-americanos não tocava nas questões sociais, não pretendia discutir questões ligadas a liberdade e à igualdade. A proposta era consolidar o poder da elite local na economia e na política dos novos países, para aumentar os seus lucros, com maior liberdade no comércio externo, sem a interferência da metrópole.
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O suporte ideológico usado pela liderança "CRIOLLA" para combater obstáculos mercantilistas e preparar a independência foi o pensamento liberal, importado da Europa e até exaltavam os mais elevados ideais iluministas. Porém, ao contrário do velho continente, sem tocar em questões sociais.
As sociedades coloniais espanholas não eram homogêneas, o que resultou em diferentes projetos de emancipação: o CRIOLLO e o POPULAR, expressando uma LUTA DE CLASSES.
Teve como pano de fundo a Revolução Francesa. A revolução iniciou-se em 1791 e em 1794, quando o governo francês da Convenção aboliu a escravidão nas colônias, os haitianos já haviam conquistado a sua liberdade. Em 1801, o líder haitiano Toussaint - Louverture, libertou os escravos da porção espanhola da ilha (atual República Dominicana).
José Gabriel Condorcanquí passou a reclamar por justiça nas relações entre autoridade espanhola e a população local. Criticava a "mita" e a violência dos funcionários espanhóis e a cobrança de altos impostos. Tupac Amaro iniciou uma revolta armada, partindo da cidade de Cuzco ao sul do Perú, chegando até a Bolívia.
As diferenças sociais mantiveram-se praticamente inalteradas: regime de exploração do trabalho, violência contra os indígenas, cobrança de altos impostos e a miséria. As elites "criollas" republicanas locais não pouparam esforços para manter esse contexto desumano.
Suas reivindicações populares provocaram o temor das elites que, mais uma vez, se aliaram as autoridades espanholas para reprimir o movimento. Era a REALIZAÇÃO DO PRÍNCÍPIO REVOLUCIONÁRIO DE JOHN LOCKE: se fosse necessário o uso da força para derrubar um governante, tal medida seria legítima, uma vez que a resistência a opressão é um dos direitos do homem.
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