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Oxigenoterapia - Coggle Diagram
Oxigenoterapia
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Sistemas de Baixo Fluxo:
Fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de 8 l/min ou menos. Como o fluxo inspiratório de um indivíduo adulto é superior a este valor, o oxigênio fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído com o ar, resultando numa FiO2 baixa e variável.
Cânula nasal ou óculos
Geralmente, utilizam-se fluxos superiores a 8l/min, mas podem causar desconforto e ressecamento nasal, mesmo com dispositivos de umidificação acoplados. As cânulas podem ter reservatórios. O paciente utiliza esse suprimento do reservatório de oxigênio sempre que seu fluxo inspiratório for superior ao fluxo de oxigênio do dispositivo. Estes reservatórios evitam a diluição aérea do oxigênio.
Estas cânulas com reservatórios devem ser substituídas a cada 3 semanas para evitar o desgaste da membrana, uma vez que o paciente deve ser treinado a uma expiração nasal e não bucal.
Cateter nasal
Este dispositivo deveria atingir a úvula; no entanto, sua inserção geralmente se faz às cegas até uma profundidade igual à distância entre o nariz e o lóbulo da orelha. Como este cateter afeta a produção de secreção, deverá ser removido e substituído por um novo pelo menos a cada 8 horas e preferencialmente, na narina oposta. A concentração de oxigênio através deste dispositivo varia conforme a quantidade de fluxo de oxigênio fornecido por minuto, o tamanho dos seios da face e a freqüência e volume respiratório do paciente, tendo valores aproximados de:
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Máscara Facial
Existem três tipos de máscaras: a simples, a de reinalação parcial e a de não-reinalação. A máscara facial simples deve cobrir a boca e o nariz. O corpo da máscara em si coleta e armazena oxigênio entre as inspirações do paciente e, a expiração se faz através de orifícios laterais ou pela própria borda da máscara. A variação de entrada de ar de uma máscara simples é de 5 a 12 l/min para se obter uma oxigenação satisfatória.
Com fluxos inferiores a 5l/min, o volume da máscara atua como espaço morto e provoca a reinalação do CO2. A magnitude da variação da FiO2 depende do fluxo de entrada de oxigênio, do volume da máscara, da extensão do escape de ar (saída) e da freqüência e volume respiratório do paciente
Já as máscaras de reinalação parcial e não-reinalação possuem uma bolsa reservatório flexível de 1 litro fixada à entrada de oxigênio, produzindo FiO2 mais elevada que a máscara simples. A diferença fundamental entre estes dois modelos de máscaras é o dispositivo de válvulas.
A máscara de reinalação parcial não contém válvulas. Durante a inspiração, o oxigênio flui para o interior da máscara e passa diretamente ao paciente e durante a expiração parte do ar é armazenado na bolsa. Como não existe válvula separando a máscara da bolsa, parte do gás expirado pelo paciente também entra nesta, o que não acontece com as máscaras que possuem válvulas.
A máscara de não-reinalação impede a reinalação através de válvulas unidirecionais. Uma válvula inspiratória se encontra no topo da bolsa, enquanto as válvulas expiratórias cobrem as portas de expiração sobre o corpo da máscara. Durante a inspiração, uma leve pressão negativa fecha as válvulas expiratórias, impedindo a diluição aérea; ao mesmo tempo, a válvula inspiratória localizada no topo da bolsa se abre fornecendo oxigênio ao paciente.
Sistemas de Alto Fluxo:
Os sistemas de alto fluxo fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superiores ao fluxo inspiratório máximo do paciente, assim asseguram uma FiO2 conhecida.
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A toxicidade do oxigênio afeta os pulmões e o sistema nervoso central, dependendo da quantidade e tempo de exposição à oxigenoterapia. Os efeitos neurológicos centrais incluindo tremores, contrações e convulsões tendem a ocorrer somente quando o paciente for submetido às pressões superiores a uma atmosfera (oxigenoterapia hiperbárica), no entanto, as respostas pulmonares ocorrem entre 12 a 72 horas de exposição a 100% de O2 inspirado.
12-24 hr = Traqueobronquite; tosse seca;dor torácica subesternal; diminuição da clearence mucociliar; diminuição da capacidade vital.
24-30hr = Parestesias; náuseas; vômitos; alteração da síntese protéica nas células endoteliais; alterações na função celular;
30-48 hr = Diminuição da complacência pulmonar; aumento da P(A-a)O2; diminuição da capacidade de difusão.
48-60 = Inativação do surfactante; edema alveolar por aumento da permeabilidade.
60 = SDRA: morte
Vale ressaltar que o paciente exposto a uma O2 elevada durante um período prolongado apresenta sinais clínicos de broncopneumonia, com aparecimento de infiltrados irregulares presentes na radiologia torácica, evidenciando lesão alveolar conseqüente a lesão do endotélio capilar, edema intersticial e espessamento da membrana alvéolo-capilar.
No que concerne à variação de administração de oxigênio, podemos classificar os sistemas de liberação do gás em sistemas destinados a liberar concentrações baixas (<35%), moderadas (35 a 60%) ou altas (>60%).
No entanto, estas concentrações dependerão da profundidade inspiratória de cada paciente. Quanto maior for uma inspiração, maior a diluição do oxigênio fornecido e menor a fração inspiratória de oxigenio(FiO2)
A oxigenoterapia consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás ambiental normal (21%), com o objetivo de manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e conseqüentemente, promover a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio