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SISTEMA NERVOSO E MEDULA, VIAS EXTEROCEPTIVAS E PROPRIOCEPTIVAS, Divisão…

- - - - A via aferente apresenta a característica da sensibilidade. As fibras sensitivas transpor tamimpulsos originados a partir de vários receptores na pele, músculos e órgãos dos sentidos especiais para o SNC , onde os impulsos são interpretados
- - - - As projeções para vários segmentos adjacentes (divergência multissegmentar) dificultam a localização precisa da dor.
        
        Os axônios desses neurônios localizados no corno posterior, por sua vez, constituirão as vias ascendentes da dor, que se dividem em espinotalâmica lateral (neoespinotalâmica) e espinorreticulotalâmica (paleoespinotalâmica).
        
        Via NEOESPINOTALÂMICA
        
        também denominada via “clássica” da dor.
        
        O prolongamento central do neurônio pseudounipolar, ao penetrar na medula por meio do grupo lateral, emite dois ramos que terminam na coluna posterior da medula para fazer sinapse com neurônios localizados em várias lâminas
        
        Os axônios desses, por sua vez, cruzam a linha média pela comissura branca localizada anteriormente e defletem-se cranialmente no funículo lateral para formar o trato espinotalâmico lateral
        
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        Via PALEOESPINOTALÂMICA
        
        O prolongamento central do neurônio pseudounipolar, ao penetrar na medula por meio do grupo lateral, emite dois ramos que terminam na coluna posterior da medula para fazer sinapse com neurônios localizados, principalmente, na lâmina V de Rexed.
        
        Parte dos axônios desses neurônios cruza para o lado contralateral pela comissura branca, porém, parte segue ipsolateralmente. Ambos defletem-se cranialmente no funículo lateral acompanhando o trato espinotalâmico lateral, mas não seguem diretamente até o tálamo; em vez disso fazem sinapse com neurônios localizados em diversos níveis craniocaudais da formação reticular
        
        Ainda no tronco encefálico, há ramificações dessas projeções ascendentes que fazem sinapse com neurônios da substância cinzenta periaquedutal do mesencéfalo, importantes na modulação da sensação dolorosa.
        
        Na formação reticular, existe uma circuitaria intrínseca importante e dela parte uma projeção talâmica para os núcleos intralaminares do tálamo. Os axônios dos neurônios desses núcleos talâmicos, por sua vez, projetam para diversas regiões do córtex cerebral.
        
        VIA INTEROCEPTIVA
        
        Essa via veicula informações referentes ao estado funcional do nosso corpo (mecânica, térmica, química e hormonal de pele, músculos, articulações, dentes e vísceras).
        
        Constituem também informações dessa via aquelas metabólicas e de integridade dos tecidos (concentração de ácido láctico nos músculos, pH, O2, CO2 e glicose sanguíneos, substâncias inflamatórias etc.).
        
        Todas essas informações chegam por meio de fibras finas e pouco ou nada mielínicas do tipo Ag e C à lâmina I medular, na qual fazem sinapse. Os axônios desses neurônios aí localizados ascendem junto aos axônios do trato espinotalâmico lateral e, por meio de ramos colaterais, fazem sinapse ao longo da via com neurônios pré-ganglionares da divisão simpática do sistema nervoso autônomo na medula espinal.
        
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- - - - Há, então, três pontos possíveis de sinapse:
        
        com neurônios situados proximalmente na coluna posterior ou na substância cinzenta intermediária, originam axônios que cruzam dentro da substância cinzenta para o funículo lateral contralateral, constituem o feixe espinocerebelar anterior.
        
        Esse feixe penetra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar superior, porém recruza para o lado de origem antes de fazê-lo, trazendo, portanto, informações ipsilaterais.
        
        finalmente, quando os axônios provêm de regiões altas do corpo (membros superiores e pescoço), a sinapse ocorre no núcleo cuneiforme acessório do bulbo e os axônios aí originados constituirão o trato cuneocerebelar que penetra o cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior.
        
        com neurônios situados no corno posterior da medula, que formam o trato espinocerebelar posterior, o qual penetra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior
  - - - Já a propriocepção consciente é gerada pela ativação dos fusos neuromusculares e dos órgãos tendinosos de Golgi que apresentam fibras de condução mais lenta: Ib (órgãos tendinosos de Golgi) e Ia (fusos neuromusculares).
        
        Ambos os fascículos são topograficamente organizados e aumentam de volume em direção à região cranial, pois recebem, progressivamente, axônios provenientes de regiões mais superiores do corpo.
        
        O fascículo grácil se localiza medialmente no funículo posterior e veicula informações dos membros inferiores e da região inferior do tronco (fibras que penetram nos níveis mais inferiores da medula: raízes coccígea, sacrais, lombares e torácicas baixas).
        
        Enquanto isso, o fascículo cuneiforme localiza-se lateralmente ao grácil e veicula informações de regiões superiores do tronco e dos membros superiores (fibras que penetram na medula pelas raízes torácicas altas e cervicais).
- - - - Os sinais que percorrem a medula espinhal são conhecidos como impulsos nervosos. A medula inclui um feixe de fibras nervosas, que são longos prolongamentos de células nervosas. Elas se estendem da base do encéfalo até a região inferior da medula espinhal.
        
        A medula espinhal leva e traz informações do encéfalo e de todas as partes do corpo com exceção da cabeça que é suprida pelos nervos cranianos.
      - A medula espinal, também envia informação motora como os comandos de movimentos do cérebro para o corpo, que de novo é transmitida via rede nervosa espinhal. A medula espinhal se localiza dentro da coluna vertebral. Seus limites estruturais são dois: Superior, pelo bulbo após o forame magno e após a segunda vertera lombar (L2).
        
        A medula é praticamente da largura de um lápis afunilando-se na base de um agrupamento estreito de fibras. Os dados provenientes dos orgãos do sentidos nas diferentes partes do corpo são coletados via nervos espinhais e transmitidos via medula espinhal ao cérebro.
      - Os nervos espinhais:
        
        São 31 pares de nervos espinhais. Eles se ramificam a partir da medula espinhal, dividindo-se e subdividindo-se para formar uma rede que conecta a medula espinhal a todas as partes do corpo. Todos os 31 pares de nervos pertencem as quatro regiões da medula espinhal, que são:
        
        Região cervical: Oito pares de nervos cervicais enervam o tórax, a cabeça, o pescoço, os ombros, os braços e as mãos.
        
        Região torácica: Doze pares de nervos torácicos conectam-se aos musculos abdominais das costas e intercostais.
        
        Região lombar: Cinco pares de nervos lombares formam uma rede para servir o abdome inferior, coxas e pernas.
        
        Região sacral: Seis pares de nervos sacrais conectam-se as pernas, aos pés e às áreas anal e genital.
      - Meninges:
        
        Além dos osso do crânio e as vertebras que protegem o cérebro e a medula como uma armadura contra impactos externos, entre os ossos e essas estruturas temos as meninges. As meninges funcionam como uma pelicula protetora que se adere a essas estruturas. Elas se dividem em três tipos:
        
        ► Aracnóide: Lembra uma teia de aranha, intermediária e vascularizada.
        
        ► Pia-máter: A mais interna e fina, adere ao sistema nervoso central.
        
        ► Dura-máter: A mais externa e mais grossa.
        
        Espaço entre as meninges.
        
        Entre as meninges há espaços que são de grande importância no diagnóstico de hemorragias, lesões e traumas.
        
        ► Sub-dural:
        Espaço entre a dura-máter e a aracnoide.
        
        ► Subaracnóide:
        Espaço entre aracnóide e a pia-máter com maior concentração de líquor.
        
        ► Extradural ou epidural:
        Espaço que se localiza entre o osso do crânio e a dura-máter.
        
        ► Intraparênquimatoso:
        Espaço entre a pia-máter e o cérebro.
      - Líquido cefalorraquidiano:
        
        Também conhecido como líquor ou LCR, é um liquido de aparência clara que se localiza no espaço subaracnóide. Tem a função de agir como um amortecedor ao impactos que a cabeça ou a coluna vertebral estão sujeitos. Devido ser um liquido claro, auxilia no diagnóstico de doenças causadas por vírus e bactérias que afetam o sistema nervoso ou uma possível hemorragia, graças ao exame de punção lombar para recolher uma amostra a ser analisada. A obstrução dos ventrículos do cérebro por onde o LCR circula é responsável por uma manifestação conhecida como hidrocefalia.
- - - - O prolongamento central do neurônio pseudounipolar penetra posteriormente na medula, constituindo parte do grupo medial da raiz dorsal e faz sinapse com os neurônios do corno posterior
        
        Os axônios desses cruzam a linha média pela comissura branca localizada ventralmente e defletem-se cranialmente no funículo anterior para formar o trato espinotalâmico anterior.
        
        Na ponte, unemse aos axônios do trato espinotalâmico lateral, para originar o lemnisco espinal e seguir para o núcleo VPL no tálamo, fazendo sinapse com os neurônios talâmicos.
        
        Os axônios dos neurônios talâmicos ascendem pela cápsula interna para inervar somatotopicamente S1. Essa via, semelhante à via espinotalâmica lateral, também é cruzada, porém traz informação de tato grosseiro e de pressão.