Aspectos relevantes da história clínica da pessoa com HAS.
• Identificação: sexo, idade, raça e condição socioeconômica.
• História atual: duração conhecida de HAS e níveis pressóricos; adesão e reações adversas aos
tratamentos prévios; sinais e sintomas sugestivos de insuficiência cardíaca; doença vascular
encefálica; doença arterial periférica; doença renal; diabetes mellitus; indícios de hipertensão
secundária; gota.
• Investigação sobre diversos aparelhos e fatores de risco: dislipidemia, tabagismo, sobrepeso
e obesidade, sedentarismo, perda de peso, características do sono, função sexual, dificuldades
respiratórias.
• História pregressa: gota, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca. Nas mulheres,
deve-se investigar a ocorrência de hipertensão durante a gestação, que é um fator de risco
para hipertensão grave (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO; SOCIEDADE BRASILEIRA
DE CARDIOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2011).
• História familiar: A história familiar positiva para HAS é usualmente encontrada em
pacientes hipertensos. Sua ausência, especialmente em pacientes jovens, é um alerta para a
possibilidade da presença de HAS secundária. Pesquisar também história familiar de acidente
vascular encefálico, doença arterial coronariana prematura (homens <55 anos, mulheres <65
anos); morte prematura e súbita de familiares próximos.
• Perfil psicossocial: fatores ambientais e psicossociais, sintomas de depressão, ansiedade e
pânico, rede familiar, condições de trabalho e grau de escolaridade.
• Avaliação de consumo alimentar: incluindo consumo de sal, gordura saturada e cafeína.
• Consumo de álcool: Alguns estudos apontam que a partir do consumo diário médio de 30 g
de etanol, quantidade presente em duas doses de destilados, em duas garrafas de cerveja ou
em dois copos de vinho, há aumento difuso e exponencial da pressão arterial em homens.
Para mulheres, as quantidades de risco correspondem a metade destes valores (MOREIRA et
al., 1998).
• Medicações em uso: Consumo de medicamentos ou drogas que podem elevar a pressão
arterial ou interferir em seu tratamento (corticosteroides, anti-inflamatórios, anorexígenos,
antidepressivos, hormônios). A indagação sobre o uso de anticoncepcionais hormonais
combinados não deve ser esquecida, dada a frequente associação entre seu uso e a elevação
da pressão arterial (LUBIANCA; FACCIN; FUCHS et al., 2003).
• Práticas corporais/atividade física.